Aracytin® CS
WYETH INDÚSTRIA FARMACÊUTICA LTDA
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Aracytin® CS
citarabina
Injetável 20 mg/mL e 100 mg/mL
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Solução injetável 20 mg/mL em embalagens contendo 5 frascos-ampola de 5 mL (100 mg) ou 1 frasco-ampola de 25 mL (500 mg)
Solução injetável 100 mg/mL em embalagens contendo 1 frasco-ampola de 10 mL (1 g)
VIA DE ADMINISTRAÇÃO: USO INJETÁVEL POR VIA INTRAVENOSA, SUBCUTÂNEA1, INTRATECAL OU INFUSÃO INTRAVENOSA
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
CUIDADO: AGENTE CITOTÓXICO2
COMPOSIÇÃO:
Cada mL de Aracytin® CS contém:
citarabina | 20 mg |
veículo q.s.p. | 1 mL |
Veículo: cloreto de sódio, hidróxido de sódioa, ácido clorídrico3a e água para injetáveis.
a para ajuste de pH, quando necessário
Cada mL de Aracytin® CS 1 g contém:
citarabina | 100 mg |
veículo q.s.p. | 1 mL |
Veículo: hidróxido de sódioa, ácido clorídrico3a e água para injetáveis.
a para ajuste de pH, quando necessário
INFORMAÇÕES AO PACIENTE
PARA QUE ESTE MEDICAMENTO É INDICADO?
Aracytin® CS (citarabina) é principalmente indicado para o tratamento de leucemias agudas não linfocíticas (câncer4 da medula óssea5, também conhecido como “tutano do osso”, que é o órgão responsável pela produção do sangue6) em adultos e crianças. É também útil no tratamento de outras leucemias, como leucemia7 linfocítica aguda e leucemia7 mielocítica crônica (fase blástica). Aracytin® CS pode ser utilizado sozinho ou em combinação com outros agentes antineoplásicos (que combatem o câncer4). Frequentemente, os melhores resultados são obtidos com a terapia combinada8.
Têm sido curtas as remissões (desaparecimento temporário da doença) induzidas por Aracytin® CS quando não acompanhadas por terapias de manutenção.
Em regimes de altas doses com ou sem agentes quimioterápicos adicionais, Aracytin® CS mostrou-se efetivo para o tratamento de leucemia7 de alto risco, leucemia7 refratária (que não responde ao tratamento padrão) e leucemia7 recidivante9 aguda (doença que se ativa novamente).
Aracytin® CS sozinho ou em combinação com outros fármacos (metotrexato, succinato sódico de hidrocortisona) é utilizado por via intratecal (injeção10 de substâncias diretamente no espaço onde circula o líquido espinhal) para prevenção e tratamento da leucemia7 com infiltração meníngea11 (leucemia7 que acomete as meninges12: membranas que recobrem o cérebro13 e a medula14).
COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?
Aracytin® CS é um agente antineoplásico (que combate o câncer4) que inibe a formação do DNA (ácido desoxirribonucleico - substância ou material genético que forma os seres vivos). Também apresenta propriedades antivirais (que combatem vírus15) e imunossupressoras (que diminuem a resposta do sistema de defesa do organismo).
QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Aracytin® CS é contraindicado a pacientes hipersensíveis (alérgicos) à citarabina ou a qualquer componente do produto.
O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Aracytin® CS deve ser utilizado apenas sob a supervisão de médicos experientes em quimioterapia16 antineoplásica (que combate o câncer4).
Na terapia de indução (primeira tentativa de diminuir a quantidade de células17 cancerosas no sangue6), devem estar à disposição do paciente e da equipe médica, recursos laboratoriais e de suporte adequados para monitorar a tolerabilidade ao fármaco18, proteger e manter pacientes comprometidos pela toxicidade19 da medicação.
Para avaliar a adequação da terapia com Aracytin® CS, o médico deve considerar os possíveis benefícios ao paciente em relação aos conhecidos efeitos tóxicos do mesmo. Antes de decidir quanto à terapia ou iniciar o tratamento, o médico deve se familiarizar com as informações seguintes:
Efeitos hematológicos: Aracytin® CS é um potente supressor20 (inibidor) da medula óssea5; o grau da supressão depende da dose e do esquema terapêutico adotado. A terapia deve ser iniciada com cautela em pacientes com supressão da medula óssea5 preexistente induzida por medicamentos. Pacientes que receberem este fármaco18 devem estar sob rigorosa supervisão médica e, durante a terapia de indução, a contagem de leucócitos21 (células17 de defesa do sangue6) e plaquetas22 (células17 responsáveis pela coagulação23 do sangue6) deve ser feita diariamente. Devem ser realizados, frequentemente, exames da medula óssea5 após o desaparecimento dos blastos (células17 do sangue6 que são muito jovens, indicando um aumento da divisão celular, o que é um indicativo de câncer4) da circulação24 sanguínea. Deve-se considerar a suspensão ou modificação do tratamento se a depressão da medula óssea5 induzida por medicamento resultar em contagem plaquetária inferior a 50.000, ou se a contagem dos granulócitos25 polimorfonucleares26 (tipo de células17 de defesa presentes no sangue6) chegar a níveis inferiores a 1.000/mm3. As contagens de elementos figurados (todos os vários tipos de células17 presentes no sangue6) do sangue6 podem continuar diminuindo após a suspensão do medicamento e alcançar valores mais baixos após períodos de 12 a 24 dias da interrupção do tratamento. Caso seja indicado, deve-se, reiniciar a terapia quando aparecerem sinais27 definitivos de recuperação medular. Devem estar à disposição do paciente os recursos para o tratamento de eventuais complicações, possivelmente fatais, consequentes da supressão da medula óssea5 (infecção28, hemorragia29 devido à trombocitopenia30 - diminuição das células17 de coagulação23 do sangue6: plaquetas22).
Ocorreram reações anafiláticas31 (reações alérgicas graves) durante o tratamento com Aracytin® CS. Relatou-se anafilaxia32 que resultou em parada cardiopulmonar (do coração33 e do pulmão34) aguda e exigiu ressuscitação. Esse fato ocorreu imediatamente após a administração intravenosa de Aracytin® CS.
Terapia com altas doses: após terapia com altas doses de Aracytin® CS (2–3 g/m2) relatou-se toxicidade19 pulmonar, gastrintestinal (do estômago35 e do intestino) e do sistema nervoso central36 (cérebro13 e medula espinhal37) grave, diferente daquela observada com os regimes terapêuticos convencionais de Aracytin® CS, e por vezes fatal. Essas reações incluem toxicidade19 reversível da córnea38 (membrana transparente da frente do olho39) e conjuntivite40 hemorrágica41 (inflamação42 ou infecção28 da membrana que cobre o olho39 com presença de sangue6), que podem ser evitadas ou diminuídas através da administração profilática de colírio43 de corticosteroide; disfunção cerebral e cerebelar (região do sistema nervoso central36 responsável pelo equilíbrio e coordenação dos movimentos), geralmente reversível, incluindo alterações de personalidade, sonolência, convulsão44 e coma45; ulceração46 gastrintestinal grave (ferimento no estômago35 e intestino), incluindo pneumatose cistoide intestinal (presença de ar na parede do intestino) levando à peritonite47 (inflamação42 do peritônio48 – camada que recobre o abdome49 internamente), sepse50 (infecção28 generalizada) e abscesso51 hepático (formação de uma cavidade com acúmulo de pus52 no fígado53); edema pulmonar54 (acúmulo de líquido nos pulmões55); lesão56 hepática57 com hiperbilirrubinemia aumentada (excesso de bilirrubina58 no sangue6); necrose59 (destruição) de alças intestinais e colite60 necrosante61 (inflamação42 grave e fulminante do intestino grosso62).
Ocorreram casos graves e alguns fatais de toxicidade19 pulmonar, síndrome63 da angústia respiratória em adultos (mau funcionamento grave dos pulmões55 por acúmulo de líquido) e edema pulmonar54 (líquido nos pulmões55) com esquemas terapêuticos com altas doses de Aracytin® CS. Foi observada uma síndrome63 de angústia respiratória súbita, que progrediu rapidamente a edema pulmonar54 com cardiomegalia64 (aumento do coração33) evidente radiologicamente (por exame de imagem) após terapia experimental com altas doses de Aracytin® CS empregada no tratamento da recaída (volta) de leucemia7.
Casos de cardiomiopatia (lesão56 do músculo do coração33) com morte subsequente foram relatados após terapia experimental com altas doses de Aracytin® CS em combinação com ciclofosfamida, na preparação para transplante de medula óssea5. Isso pode ser dependente do esquema posológico (da dose).
Ocorreram neuropatias periféricas motoras e sensoriais (lesões65 dos nervos periféricos responsáveis pelos movimentos e pela sensibilidade, respectivamente) após a combinação de altas doses de Aracytin® CS, daunorrubicina e asparaginase em pacientes adultos com leucemia7 não-linfocítica aguda. Deve-se observar o surgimento de neuropatias em pacientes tratados com altas doses de Aracytin® CS uma vez que alterações no esquema terapêutico podem ser necessárias para evitar disfunções neurológicas irreversíveis.
Raramente, erupção66 cutânea67 (vermelhidão da pele68) grave levando à descamação69 foi relatada. Alopecia70 (perda de cabelo71) total é mais comumente observada com terapia de altas doses do que com esquemas convencionais de tratamento com Aracytin® CS.
Quando o medicamento é administrado rapidamente em altas doses por via intravenosa (na veia), os pacientes frequentemente sentem náuseas72 (enjoos) e podem vomitar por várias horas após a injeção10. Esse problema tende a ser menos grave quando o medicamento é administrado por infusão.
Terapias com doses convencionais: Dor abdominal por inflamação42 do peritônio48 (peritonite47) e colite60 guáiaco positiva (colite60 em que há sangue6 oculto nas fezes, detectado pelo teste de guáiaco), com neutropenia73 (diminuição de um tipo de células17 de defesa no sangue6: neutrófilos74) e trombocitopenia30 (diminuição das células17 de coagulação23 do sangue6: plaquetas22) concomitantes, foram relatadas em pacientes tratados com doses convencionais de Aracytin® CS em combinação com outros medicamentos. Estes pacientes responderam às medidas terapêuticas não cirúrgicas. Foram relatados casos de paralisia75 ascendente progressiva tardia (perda dos movimentos que se inicia nos membros inferiores e vai acometendo as partes mais altas do corpo) resultando na morte de crianças com leucemia7 mieloide aguda, tratadas com Aracytin® CS, em doses convencionais, por via intratecal (injeção10 de substâncias diretamente no espaço onde circula o líquido da medula espinhal37) e intravenosa em combinação com outros medicamentos.
Função hepática57 (do fígado53) e/ou renal76 (dos rins77): o fígado53 humano, aparentemente, metaboliza (elimina) parte substancial da dose administrada de Aracytin® CS. Especialmente pacientes com função renal76 ou hepática57 prejudicada podem apresentar uma probabilidade mais alta de toxicidade19 do sistema nervoso central36 após tratamento com altas doses de Aracytin® CS. Este medicamento deve ser utilizado com cautela e, se possível, em doses reduzidas, nos pacientes com função hepática57 ou renal76 prejudicada.
Devem-se realizar avaliações periódicas das funções medular (da medula óssea5) hepática57 e renal76 em pacientes sob tratamento com Aracytin® CS.
Neurológicos: casos de reações adversas neurológicas graves que variaram de cefaleia78 (dor de cabeça79) à paralisia75, coma45 e episódios semelhantes a AVC (derrame80) foram relatados, principalmente em jovens e adolescentes aos quais foi administrado Aracytin® CS por via intravenosa em combinação com metotrexato (outro medicamento) por via intratecal (administração diretamente no sistema nervoso central36).
Síndrome63 da lise81 tumoral: como outros medicamentos citotóxicos82, Aracytin® CS pode induzir hiperuricemia (aumento do ácido úrico no sangue6) secundária à rápida lise81 (destruição) de células17 neoplásicas83 (cancerosas). O clínico deve monitorar os níveis sanguíneos de ácido úrico em seu paciente e estar alerta para o uso das medidas de suporte e farmacológicas necessárias para controlar o problema.
Pancreatite84: foi relatada pancreatite84 aguda (inflamação42 do pâncreas85) em pacientes tratados com Aracytin® CS em combinação com outros fármacos.
Efeitos imunossupressores/aumento da suscetibilidade às infecções86: a administração de vacinas com antígenos87 (patógenos) vivos ou atenuados em pacientes imunocomprometidos (com diminuição da função do sistema de defesa do organismo) por agentes quimioterápicos, incluindo Aracytin® CS, pode resultar em infecções86 graves ou fatais. A vacinação com antígenos87 vivos deve ser evitada em pacientes recebendo Aracytin® CS. Vacinas com antígenos87 mortos ou inativos podem ser administradas, no entanto a resposta à vacina88 pode estar diminuída.
Populações especiais
Uso em Crianças: As advertências e precauções para as crianças são as mesmas daquelas descritas para pacientes89 adultos.
Gravidez90 e Lactação91
Não existem estudos sobre o uso de Aracytin® CS em mulheres grávidas. Aracytin® CS é teratogênico92 (causa malformações93 no feto94) em algumas espécies animais. O uso do medicamento em mulheres que estão grávidas ou que podem engravidar deve ser realizado apenas após serem considerados o benefício potencial e os danos potenciais tanto para mãe quanto para o feto94. Mulheres potencialmente férteis devem ser orientadas para evitar a gravidez90.
Filhos de mães expostas ao Aracytin® CS durante a gravidez90 (como terapia única ou em combinação com outros medicamentos) nasceram normais; alguns deles nasceram prematuros ou com baixo peso. Algumas das crianças normais foram acompanhadas desde a 6ª semana até 7 anos após a exposição, não mostrando qualquer anormalidade. Uma criança aparentemente normal faleceu aos 90 dias de vida devido à gastroenterite95 (inflamação42 do estômago35 e do intestino).
Anormalidades congênitas96 (de nascimento) foram relatadas, particularmente em casos nos quais o feto94 foi exposto ao Aracytin® CS durante o primeiro trimestre (3 primeiros meses) da gravidez90. Isso inclui defeitos nos membros distais97 superiores (antebraços) e inferiores (pernas) e deformidades nas extremidades (mãos98 e pés) e nas orelhas99.
Relatos de pancitopenia100 (diminuição de todas as células17 do sangue6), leucopenia101 (redução de células17 de defesa no sangue6), anemia102 (diminuição da quantidade de células17 vermelhas do sangue6: hemácias103), trombocitopenia30 (diminuição das células17 de coagulação23 do sangue6: plaquetas22), anormalidades nos eletrólitos104 (componentes minerais do sangue6), eosinofilia105 (aumento do número de um tipo de célula106 de defesa do sangue6: eosinófilo107) transitória, aumento nos níveis de IgM (tipo de componente de defesa do sangue6) e hiperpirexia (aumento da temperatura do corpo), sepse50 e morte ocorreram durante o período neonatal com crianças expostas ao Aracytin® CS in útero108. Algumas destas crianças também eram prematuras.
Foram realizados abortos terapêuticos em mulheres em terapia com Aracytin® CS. Foram relatados casos de fetos normais e de fetos com baço109 aumentado e trissomia de cromossomo110 C no tecido111 coriônico (doença genética relacionada a componentes da placenta).
Devido ao perigo potencial de ocorrer anomalias durante a terapia citotóxica (de combate ao câncer4), principalmente durante o primeiro trimestre de gravidez90, a paciente que estiver grávida ou engravidar durante o tratamento com Aracytin® CS deve ser orientada quanto ao risco potencial para o feto94 e a conveniência da continuidade da gravidez90. Existe um risco definido, embora consideravelmente reduzido, se o tratamento é iniciado durante o segundo ou terceiro trimestre da gravidez90. Embora tenham nascido crianças normais de pacientes tratadas com Aracytin® CS durante os três trimestres de gravidez90, recomenda-se o acompanhamento dessas crianças.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez90.
Não se sabe se Aracytin® CS é excretado (eliminado) no leite materno. Como muitos fármacos são excretados no leite materno e considerando-se o risco potencial de reações adversas graves em lactentes112, deve-se decidir entre descontinuar a amamentação113 ou a medicação, levando-se em conta a importância da medicação para a mãe.
Efeitos na habilidade de dirigir e usar máquinas
O efeito de Aracytin® CS na habilidade de dirigir ou operar máquinas não foi avaliado sistematicamente.
Interações medicamentosas
Sempre avise ao seu médico todas as medicações que você toma quando ele for prescrever uma medicação nova. O médico precisa avaliar se as medicações reagem entre si alterando suas ações: isso se chama interação medicamentosa.
digoxina: foram observadas diminuições reversíveis nas concentrações plasmáticas (no sangue6) no estado de equilíbrio de digoxina(remédio para o coração33) e na excreção renal76 de glicosídeos (remédio para o coração33) em pacientes recebendo beta-acetildigoxina e esquemas quimioterápicos contendo ciclofosfamida, vincristina e prednisona com ou sem Aracytin® CS ou procarbazina. Não houve alterações aparentes nas concentrações plasmáticas de digitoxina(remédio para o coração33) no estado de equilíbrio. Portanto, recomenda-se o monitoramento dos níveis plasmáticos de digoxina em pacientes recebendo esquemas quimioterápicos combinados similares ao acima descrito. A utilização de digitoxina por tais pacientes pode ser uma alternativa. gentamicina: um estudo de interação in vitro entre gentamicina e Aracytin® CS mostrou um antagonismo (reação oposta) relacionado ao Aracytin® CS quanto à susceptibilidade114 (sensibilidade ou capacidade de sofrer a ação lesiva do antibiótico) de cepas115 de K. pneumoniae. Esse estudo sugere que, em pacientes tratados com Aracytin® CS e recebendo gentamicina devido a uma infecção28 por K. pneumoniae, a ausência de uma resposta terapêutica116 imediata pode indicar a necessidade de uma reavaliação do tratamento antibacteriano (tratamento com antibiótico).
fluorocitosina: evidências clínicas mostraram uma possível inibição da eficácia da terapia com fluorocitosina pelo Aracytin® CS, possivelmente devido à potencial inibição competitiva de sua captação.
metotrexato: Aracytin® CS administrado via intravenosa concomitantemente com metotrexato via intratecal pode aumentar o risco de reações adversas neurológicas severas como dor de cabeça79, paralisia75, coma45 e episódios semelhantes a AVC.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento. Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde117.
ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?
Cuidados de conservação
Aracytin® CS deve ser conservado em temperatura ambiente (abaixo de 25°C), protegido da luz.
A infusão deve ser completada dentro de 24 horas após a preparação, armazenada a temperaturas entre 2°C e 8°C, protegida da luz.
Como regra geral, antes de sua administração, as medicações para uso parenteral devem ser inspecionadas visualmente quanto a partículas em suspensão e descoloração, quando a solução e o frasco o permitirem.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem. Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas do produto
Solução límpida e incolor, estéril, isotônica118, sem conservantes.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Este produto é de uso restrito a hospitais ou ambulatórios especializados, com emprego específico em neoplasias119 malignas (cânceres) e deve ser manipulado apenas por pessoal treinado.
Aracytin® CS sempre será preparado e administrado por um médico ou por um profissional de saúde117 especializado.
Aracytin® CS não é ativo por via oral. A posologia e o método de administração variam de acordo com o esquema terapêutico a ser utilizado. Aracytin® CS pode ser administrado por infusão ou por injeção10 intravenosa, por via subcutânea1 ou intratecal.
Em alguns pacientes ocorreu tromboflebite120 no local da injeção10 ou da infusão; raramente relatou-se dor e inflamação42 nos locais da injeção subcutânea121. Na maioria dos casos, entretanto, a medicação foi bem tolerada.
Os pacientes podem tolerar doses totais maiores quando recebem o medicamento por injeção10 intravenosa rápida quando comparado por infusão lenta. Esse fenômeno está relacionado com a rápida inativação do Aracytin® CS e com a curta exposição das células17 normais e neoplásicas83 susceptíveis a níveis significativos do medicamento, após injeção10 rápida. Células17 normais e neoplásicas83 respondem aparentemente de modo paralelo a esses diferentes modos de administração; nenhuma vantagem clínica expressiva foi demonstrada para qualquer um deles.
Doses Convencionais: na terapia de indução de leucemia7 não-linfocítica aguda, a dose habitual de Aracytin® CS em combinação com outros agentes quimioterápicos antineoplásicos é de 100 mg/m2/dia por infusão intravenosa contínua (dias 1 - 7) ou 100 mg/m 2 IV a cada 12 horas (dias 1 - 7).
Doses Altas: 2–3 g/m2 por infusão intravenosa a cada 12 horas por 1–3 horas durante 2–6 dias com ou sem agentes quimioterápicos adicionais.
Doses Subcutâneas: em geral a dose é 20–100 mg/m2 dependendo da indicação do tratamento e do regime posológico utilizado.
A literatura deve ser consultada sobre as recomendações atuais para o uso em leucemia7.
Uso intratecal para leucemia7 meníngea11
Aracytin® CS tem sido utilizado por via intratecal em leucemia7 aguda em doses que variam de 5 mg/m2 a 75 mg/m2 de superfície corpórea. A frequência de administração variou de uma vez ao dia por 4 dias a uma vez a cada 4 dias. A dose mais frequentemente usada foi de 30 mg/m² a cada 4 dias até que os achados no líquido cérebro13-espinhal fossem normais, seguida por um tratamento adicional.
O regime de doses é usualmente determinado pelo tipo e gravidade das manifestações no sistema nervoso central36 e pela resposta à terapia prévia.
Aracytin® CS tem sido utilizado por via intratecal em associação com succinato sódico de hidrocortisona e metotrexato, ambos como profilaxia em crianças recém-diagnosticadas com leucemia7 linfocítica aguda, bem como no tratamento de leucemia7 com infiltração meníngea11. Sullivan reportou que a terapia profilática tripla preveniu doenças do sistema nervoso central36 tardias apresentando índices de cura e sobrevida122 global similares aos daqueles pacientes nos quais a radiação no sistema nervoso central36 e o metotrexato por via intratecal foram usados com profilaxia inicial do sistema nervoso central36. As doses utilizadas nesta terapia foram 30 mg/m2 de citarabina, 15 mg/m2 de succinato sódico de hidrocortisona e 15 mg/m2 de metotrexato (uma dose única máxima absoluta de 15 mg de metotrexato). O médico deve estar ciente deste regime de dose e notar que a dosagem de metotrexato em pacientes pediátricos é diferente, com base na idade ao invés de área de superfície corporal.
A terapia profilática tripla após tratamento bem-sucedido do episódio meníngeo agudo123 pode ser útil. O médico deve estar familiarizado com a literatura atual antes de instituir este programa.
O uso de Aracytin® CS por via intratecal pode causar toxicidade19 sistêmica, recomendando-se um cuidadoso monitoramento do sistema hemopoiético. Pode ser necessária a alteração da terapia antileucêmica. Raramente ocorre toxicidade19 significativa (vide item “4. O que devo saber antes de usar este medicamento?” e “8. Quais os males que este medicamento pode me causar?”). Quando Aracytin® CS é administrado por ambas as vias intratecal e intravenosa num período de poucos dias, existe um risco aumentado de toxicidade19 espinal; entretanto, quando existe doença associada a risco de morte, o médico deve, a seu critério, decidir sobre o uso concomitante de Aracytin® CS por via intratecal e intravenosa.
O envolvimento leucêmico focal do sistema nervoso central36 pode não responder ao Aracytin® CS por via intratecal, podendo ser melhor o tratamento com radioterapia124.
Compatibilidades a medicamentos
O Aracytin® CS é compatível com os seguintes medicamentos, em concentrações específicas, em glicose125 5% em água durante 8 horas: citarabina 0,8 mg/mL e cefalotina sódica 1,0 mg/mL; citarabina 0,4 mg/mL e fosfato sódico de prednisolona 0,2 mg/mL; citarabina 16 mcg/mL e sulfato de vincristina 4 mcg/mL. Aracytin® CS também é fisicamente compatível com metotrexato.
Populações especiais
Uso em Crianças: Semelhante ao uso em adultos.
Uso em Idosos: Não são conhecidas até o momento recomendações especiais para os pacientes idosos, aplicando-se as informações técnicas já descritas.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Como Aracytin® CS é um medicamento de uso exclusivamente hospitalar, o plano de tratamento é definido pelo médico que acompanha o caso. Caso o paciente falte a uma sessão programada de quimioterapia16 com esse medicamento, ele deve procurar o seu médico para redefinição da programação de tratamento. O esquecimento da dose pode comprometer a eficácia do tratamento.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?
O principal efeito tóxico de Aracytin® CS é supressão (diminuição da função) da medula óssea5, com leucopenia101 (redução de células17 de defesa no sangue6), trombocitopenia30 (diminuição das células17 de coagulação23 do sangue6: plaquetas22) e anemia102 (diminuição da quantidade de células17 vermelhas do sangue6: hemácias103). A toxicidade19 menos grave inclui náuseas72 (enjoos), vômitos126, diarreia127 e dor abdominal, ulceração46 oral (feridas na mucosa128 da boca129) e disfunção hepática57 (do fígado53).
Resumo do Perfil de Segurança (vide item “4. O que devo saber antes de usar este medicamento?”)
Distúrbios sanguíneo e linfático130
Como Aracytin® CS é um supressor20 da medula óssea5, podem ocorrer anemia102, leucopenia101 (redução de células17 de defesa do sangue6), trombocitopenia30 (diminuição das células17 de coagulação23 do sangue6: plaquetas22), megaloblastose (presença de células17 grandes e imaturas no sangue6) e redução de reticulócitos (células17 vermelhas jovens) como resultado de sua administração. A gravidade dessas reações depende da dose e do esquema terapêutico. Pode-se esperar, a ocorrência de alterações celulares na morfologia em esfregaços de medula óssea5 e de sangue6 periférico (exames feitos para avaliar a aparência das células17 do sangue6).
Infecções86 e infestações
Infecções86 virais, bacterianas, fúngicas131, parasitárias ou saprofíticas (família de bactérias), em qualquer local do corpo, podem estar associadas ao uso de Aracytin® CS sozinho ou combinado com outros agentes imunossupressores após doses imunossupressoras (que afetam as células17 de defesa) ou humoral132 (substâncias de defesa: anticorpos133). Essas infecções86 podem ser leves, mas também podem ser graves e até fatais.
Distúrbios dos tecidos musculoesquelético e conjuntivo
Síndrome63 da citarabina: caracteriza-se por febre134, mialgia135 (dor muscular), dor óssea, ocasionalmente dor torácica, rash136 maculopapular137 (com formação de manchas vermelhas e lesões65 elevadas na pele68), conjuntivite40 (inflamação42 ou infecção28 da membrana que cobre o olho39) e mal-estar. Geralmente ocorre 6–12 horas após a administração do medicamento. Os corticosteroides mostraram ser benéficos no tratamento ou prevenção dessa síndrome63. Se os sintomas138 forem considerados tratáveis, o uso de corticosteroides deve ser considerado, assim como a continuação da terapia com Aracytin® CS.
As reações adversas relatadas são listadas abaixo por frequência.
Reações Adversas (Terapia convencional139 e em altas doses)
Reações muito comuns (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): sepse50 (infecção28 grave), pneumonia140, infecção28 (pode ser leve, mas pode ser severa e por vezes fatal), insuficiência141 da medula óssea5 (mau funcionamento do órgão do corpo responsável pela produção de células17 do sangue6), trombocitopenia30 (diminuição das células17 de coagulação23 do sangue6: plaquetas22), anemia102 (diminuição da quantidade de células17 vermelhas do sangue6: hemácias103), anemia megaloblástica142 (tipo de anemia102 em que tamanho das células17 vermelhas do sangue6 é maior que o normal), leucopenia101 (redução de células17 de defesa no sangue6), diminuição na contagem de reticulócitos (células17 vermelhas jovens), estomatite143 (inflamação42 da mucosa128 da boca129), ulceração46 oral (ferida na boca129 ou língua144), inflamação42 ou úlcera145 (ferida) anal (do ânus146), diarreia127, vômitos126, náuseas72, dor abdominal, disfunção hepática57 (funcionamento anormal do fígado53), alopecia70 (perda de cabelo71), rash136 (erupção66) cutâneo147, síndrome63 da citarabina, febre134, biópsia148 de medula óssea5 anormal (exame do órgão do corpo que produz as células17 do sangue6), teste de esfregaço sanguíneo anormal (tipo de exame de sangue6 obtido diretamente do órgão produtor das células sanguíneas149).
Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): ulceração46 cutânea67 (ferida na pele68).
Reações com frequência não conhecida (não podem ser estimadas a partir dos dados disponíveis): celulite150 (inflamação42 da pele68 e do tecido subcutâneo151 – abaixo da pele68) no local da injeção10, reação anafilática152 (reação alérgica153 grave), edema154 (inchaço155) alérgico, diminuição do apetite, neurotoxicidade (efeito tóxico sobre o sistema nervoso156), neurite157 (inflamação42 de um nervo), tonturas158, cefaleia78 (dor de cabeça79), conjuntivite40 (inflamação42 ou infecção28 da membrana que cobre o olho39, que pode ocorrer com erupções (manchas) ou pode ser hemorrágica41 com terapia em alta dose), pericardite159 (inflamação42 do pericárdio160 – membrana que recobre o coração33), bradicardia161 sinusal (ritmo cardíaco em repouso abaixo do normal), tromboflebite120 (formação de um coágulo162 dentro de uma veia, com inflamação42 desta veia), falta de ar, dor de garganta163, pancreatite84 (inflamação42 no pâncreas85), ulceração46 esofágica (formação de úlceras164 no esôfago165), esofagite166 (inflamação42 do esôfago165), icterícia167 (coloração amarelada da pele68 e mucosas168 por acúmulo de pigmentos biliares), síndrome63 eritrodisestesia palmo- plantar (vermelhidão das mãos98 e pés com alteração da sensibilidade), urticária169 (alergia170 da pele68), prurido171 (coceira), sardas, disfunção renal76 (função anormal dos rins77), dor torácica (dor na região do tórax172), reações no local da injeção10 (dor e inflamação42 nos locais de injeções subcutâneas).
Reações adversas relatadas em associação com terapia em altas doses
(vide também item 4. O que devo saber antes de usar este medicamento)
Reações muito comuns (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): disfunções cerebrais e cerebelares (no cerebelo173), sonolência, distúrbios da córnea38 (membrana transparente da frente do olho39), síndrome63 de angústia respiratória aguda (doença dos pulmões55 que causa falta de ar intensa), edema pulmonar54 (presença de liquido no tecido111 pulmonar que leva a falta de ar intensa).
Reações comuns (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): colite60 necrosante61 (inflamação42 grave e fulminante do intestino grosso62), esfoliação da pele68 (descamação69 da pele68).
Reações com frequência não conhecida (não podem ser estimadas a partir dos dados disponíveis): abscesso51 (coleção de pus52) no fígado53, mudanças na personalidade (mudança de personalidade foi relatada em associação com disfunção cerebral e cerebelar), coma45, convulsão44 (ataque epiléptico), neuropatia periférica174 (disfunção dos neurônios175 que pode levar a perda sensorial, atrofia176 e fraqueza muscular, e decréscimos nos reflexos profundos) motora e sensorial, cardiomiopatia (lesões65 do músculo do coração33) seguidas de morte, bradicardia161 sinusal (ritmo cardíaco em repouso abaixo do normal), necrose59 gastrintestinal (falta de oxigênio para os tecidos do estomago35 e intestinos177 que leva a morte desses tecidos), úlcera145 (ferida) gastrintestinal, pneumatose intestinal (presença de gás na parede do intestino), peritonite47 (inflamação42 do tecido111 que recobre os órgãos do abdômen), dano hepático (no fígado53), hiperbilirrubinemia (grande quantidade de substâncias biliares no sangue6).
Outras Reações Adversas
Uma pneumonite178 intersticial179 difusa (inflamação42 dos pulmões55), sem causa evidente, que pode ter sido relacionada ao uso de Aracytin® CS, foi relatada por pacientes tratados com doses experimentais intermediárias de Aracytin® CS (1 g/m2) com e sem outros agentes quimioterápicos (meta-AMSA, daunorrubicina, VP-16). Relatou-se uma síndrome63 de angústia respiratória súbita rapidamente progredindo para edema pulmonar54 e cardiomegalia64 (aumento do coração33) evidente radiologicamente (por exame de imagem), após a administração experimental de Aracytin® CS em altas doses, no tratamento de recidiva180 de leucemia7; resultados fatais foram relatados para esta síndrome63.
Uso Intratecal
As reações adversas mais frequentemente reportadas após a administração intratecal (uso direto no líquido que recobre a medula14) foram náusea181, vômito182 e febre134; estas reações foram leves e autolimitadas (que desaparecem espontaneamente). Foi reportado ainda paraplegia183 (perda de controle e sensibilidade nos membros inferiores). A leucoencefalopatia necrosante61 (doença caracterizada por inflamação42 progressiva em várias áreas do cérebro13) com ou sem convulsão44 foi relatada; em alguns destes casos os pacientes estavam sendo tratados com metotrexato e/ou hidrocortisona também por via intratecal e através de irradiação do sistema nervoso central36. Neurotoxicidade isolada foi relatada. Ocorreu cegueira em 2 pacientes em remissão, cujos tratamentos consistiam da combinação sistêmica de quimioterápicos, irradiação profilática do sistema nervoso central36 e uso de Aracytin® CS por via intratecal.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA QUANTIDADE MAIOR DO QUE A INDICADA DESTE MEDICAMENTO?
Não existe antídoto184 para uma superdose de Aracytin® CS.
A administração de 12 doses de 4,5 g/m2, por infusão intravenosa, durante 1 hora, a cada 12 horas, causou um aumento inaceitável e toxicidade19 irreversível do sistema nervoso central36 e morte.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
USO RESTRITO A HOSPITAIS
CUIDADO: AGENTE CITOTÓXICO2
MS - 1.2110.0394
Farmacêutica Responsável: Edina S. M. Nakamura – CRF-SP n? 9258
Registrado por:
Wyeth Indústria Farmacêutica Ltda.
Rua Alexandre Dumas, 1.860
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