INTERAÇÕES COM MEDICAMENTOS OU ALIMENTOS ACETOFEN

Atualizado em 18/05/2016

Alimentos: A administração de paracetamol conjuntamente com alimentos retarda sua absorção.
Barbitúricos, carbamazepina, hidantoína, rifampicina e sulfimpirazona: a hepatotoxicidade1 potencial do paracetamol pode ser aumentada por grandes doses ou administração prolongada destes fármacos. Isto se deve à conhecida indução do sistema microssômico hepático pelos fármacos acima.
Álcool, medicamentos hepatotóxicos, indutores de enzimas hepáticas2: o risco de hepatotoxicidade1 com doses tóxicas únicas ou com o uso prolongado de doses elevadas do paracetamol pode aumentar nos pacientes que se utilizam dessas substâncias.
Anticoagulantes3 derivados da cumarina ou da indandiona: a administração simultânea crônica de doses elevadas de paracetamol pode aumentar o efeito do anticoagulante4, possivelmente devido à diminuição da síntese hepática5 dos fatores que favorecem a coagulação6.
Analgésicos7 antiinflamatórios não-esteróides, ácido acetilsalicílico ou outros salicilatos: não se recomenda o uso prolongado e simultâneo do paracetamol com salicilatos, uma vez que estudos recentes demonstraram que a administração crônica de doses elevadas de ambos analgésicos7 (1,35 gramas ao dia, ou ingestão cumulativa de 1 kg anualmente, por 3 anos ou mais) aumenta significativamente o risco de aparecimento de nefropatia8, necrose9 papilar renal10, enfermidade renal10 terminal e câncer11 de rim12 ou de bexiga13 produzidos por analgésicos7. Também recomenda-se que a dose combinada de paracetamol e salicilato quando utilizada em curto período de tempo, não exceda a dose recomendada para o paracetamol ou para o salicilato quando administrados separadamente. O uso simultâneo e prolongado de paracetamol com outros analgésicos7 antiinflamatórios não-esteroides pode aumentar o risco de se produzir efeitos renais adversos.
Diflunisal: o uso concomitante pode aumentar a concentração plasmática de paracetamol em 50%, aumentando o risco de hepatotoxicidade1 induzida pelo paracetamol.
Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Hepatotoxicidade: É um dano no fígado causado por substâncias químicas chamadas hepatotoxinas.
2 Enzimas hepáticas: São duas categorias principais de enzimas hepáticas. A primeira inclui as enzimas transaminasas alaninoaminotransferase (ALT ou TGP) e a aspartato aminotransferase (AST ou TOG). Estas são enzimas indicadoras do dano às células hepáticas. A segunda categoria inclui certas enzimas hepáticas como a fosfatase alcalina (FA) e a gamaglutamiltranspeptidase (GGT) as quais indicam obstrução do sistema biliar, quer seja no fígado ou nos canais maiores da bile que se encontram fora deste órgão.
3 Anticoagulantes: Substâncias ou medicamentos que evitam a coagulação, especialmente do sangue.
4 Anticoagulante: Substância ou medicamento que evita a coagulação, especialmente do sangue.
5 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
6 Coagulação: Ato ou efeito de coagular(-se), passando do estado líquido ao sólido.
7 Analgésicos: Grupo de medicamentos usados para aliviar a dor. As drogas analgésicas incluem os antiinflamatórios não-esteróides (AINE), tais como os salicilatos, drogas narcóticas como a morfina e drogas sintéticas com propriedades narcóticas, como o tramadol.
8 Nefropatia: Lesão ou doença do rim.
9 Necrose: Conjunto de processos irreversíveis através dos quais se produz a degeneração celular seguida de morte da célula.
10 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
11 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
12 Rim: Os rins são órgãos em forma de feijão que filtram o sangue e formam a urina. Os rins são localizados na região posterior do abdômen, um de cada lado da coluna vertebral.
13 Bexiga: Órgão cavitário, situado na cavidade pélvica, no qual é armazenada a urina, que é produzida pelos rins. É uma víscera oca caracterizada por sua distensibilidade. Tem a forma de pêra quando está vazia e a forma de bola quando está cheia.

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