PRECAUÇÕES E ADVERTÊNCIAS CELESTONE SOLUSPAN
CELESTONE* Soluspan não é para uso intravenoso ou subcutâneo1.
Técnica assética rigorosa é essencial para o uso de CELESTONE Soluspan.
CELESTONE Soluspan contém 2 ésteres de betametasona, um dos quais, o fosfato dissódico de betametasona, é rapidamente absorvido após a injeção2. O potencial para efeito sistêmico3 produzido por esta fração solúvel do produto deve ser considerado pelo médico quando da sua utilização.
Uma vez que o uso profilático de corticosteróides, após a 32a semana de gestação, é ainda discutível, a relação risco/benefício deve ser considerada para a mãe e o feto4 quando do seu uso após este período gestacional.
Os corticosteróides não estão indicados no tratamento da síndrome5 da membrana hialina após o nascimento e não devem ser administrados às grávidas com pré-eclâmpsia6, eclâmpsia7 ou com evidência de lesão8 na placenta.
CELESTONE Soluspan deve ser administrado por via intramuscular e com cautela em pacientes com púrpura9 trombocitopênica idiopática10.
A administração de corticosteróides por via intramuscular deve ser profunda e em músculos11 grandes para evitar atrofia12 do tecido13.
A administração intra-articular, intralesional14 e em tecidos moles pode produzir efeitos tanto locais quanto sistêmicos15.
Para se excluir a possibilidade de processos infecciosos é necessária a realização de exame do líquido sinovial16. A injeção2 local em uma articulação17 infectada deve ser evitada. Um marcado aumento da dor e inchaço18 local, restrição de movimento articular, febre19 e mal-estar sugerem a presença de artrite20 infecciosa. Caso a infecção21 se confirme, um tratamento antimicrobiano adequado deverá ser instituído.
Não se deve injetar corticosteróides em articulações22 instáveis, regiões infectadas e espaços intervertebrais. Injeções repetidas em articulações22 com osteoartrite23 podem aumentar a destruição articular. Deve-se evitar as injeções com corticosteróides diretamente nas substâncias dos tendões24 devido a relatos de rupturas tardias do tendão25.
Após terapia corticosteróide intra-articular, cuidados devem ser tomados pelo paciente para evitar o uso excessivo da articulação17 no qual o efeito benéfico tenha sido obtido.
Em raras ocasiões têm ocorrido reações anafiláticas26 em pacientes recebendo corticoterapia parenteral. Medidas de precauções adequadas devem ser adotadas antes da administração, especialmente quando o paciente apresentar histórico de alergia27 a qualquer outro fármaco28.
Em casos de corticoterapia prolongada, a transferência da terapêutica29 parenteral para oral deve ser considerada depois de se avaliar os possíveis benefícios contra os riscos potenciais do fármaco28.
Ajustes posológicos poderão ser necessários com a remissão ou exacerbação da doença, a resposta individual do paciente ao tratamento e exposição a estresse emocional e/ou físico, como infecção21 grave, cirurgia ou traumatismo30. Acompanhamento médico poderá ser necessário por até um ano após o término de tratamento prolongado ou com doses elevadas.
Os corticosteróides podem mascarar alguns sinais31 de infecção21 e novas infecções32 podem ocorrer durante seu uso. Quando os corticosteróides são usados, pode ocorrer diminuição da resistência e incapacidade em localizar a infecção21 .
O uso prolongado de corticosteróides pode causar catarata33 subcapsular posterior (principalmente em crianças), glaucoma34 com possibilidade de dano no nervo óptico e ativação de infecções32 oculares secundárias por fungos e vírus35.
Doses médias e elevadas de corticosteróides podem causar elevação da pressão arterial36, retenção de sal e água e aumento da excreção de potássio. Estes efeitos são observados com menor freqüência com derivados sintéticos, exceto quando usados em altas doses. Deve-se considerar uma dieta de restrição de sal e suplementação37 de potássio. Todos os corticosteróides aumentam a excreção de cálcio.
Durante a corticoterapia, os pacientes não deverão ser vacinados contra varicela38. Outras formas de imunização39 também não deverão ser realizadas, especialmente quando em uso de altas doses de corticosteróides, devido ao risco de complicações neurológicas e deficiência na resposta imunológica. Entretanto, os processos de imunização39 podem ser realizados nos pacientes que estão fazendo uso de corticosteróides como terapia substitutiva, por exemplo na doença de Addison.
Pacientes que estejam fazendo uso de doses imunossupressoras de corticosteróides devem ser alertados para evitar exposição a varicela38 (catapora40) ou sarampo41 e, se expostos, devem procurar atendimento médico; aspecto de particular importância em crianças.
A corticoterapia na tuberculose42 ativa deve ser restrita aos casos de tuberculose42 fulminante ou disseminada, nos quais o corticosteróide é associado a esquema antituberculoso adequado.
Se houver prescrição de corticosteróides para pacientes43 com tuberculose42 latente ou reatividade à tuberculina, torna-se necessária observação criteriosa para o risco de reativação da doença. Durante tratamentos prolongados com corticosteróides, os pacientes devem receber quimioprofilaxia.
Se a rifampicina for usada na terapia quimioprofilática, seu efeito de aumento da depuração hepática44 dos corticosteróides deve ser considerado. Pode ser necessário ajuste de dose do corticosteróide.
Deve-se utilizar a menor dose possível de corticosteróide para controlar a doença sob tratamento. Quando for possível uma diminuição da dose, esta deverá ser gradual.
Insuficiência45 adrenal secundária, de origem medicamentosa, pode resultar da retirada rápida do corticosteróide, podendo ser minimizada mediante a redução gradativa da posologia. Esta insuficiência45 relativa pode persistir por meses após descontinuação da terapia. Portanto, caso ocorra estresse durante este período, a corticoterapia deve ser reinstituída. Se o paciente já se encontra sob este tratamento, pode haver necessidade de elevação da dose. Uma vez que a secreção de mineralocorticóides pode estar comprometida, deve-se administrar concomitantemente sal e/ou mineralocorticóides.
O efeito corticosteróide acha-se potencializado nos pacientes com hipotireoidismo46 ou cirrose47.
Recomenda-se precaução no uso de corticosteróides em pacientes com herpes simples ocular, devido ao risco de perfuração de córnea48.
Problemas psicológicos podem aparecer com terapia corticosteróide, que pode agravar quadros prévios de instabilidade emocional ou tendências psicóticas.
Os corticosteróides devem ser usados com cautela em colite49 ulcerativa inespecífica, se houver probabilidade iminente de perfuração, abscessos50 ou outra infecção21 piogênica; diverticulite51; anastomoses52 intestinais recentes; úlcera péptica53 ativa ou latente; insuficiência renal54; hipertensão55; osteoporose56 e miastenia57 gravis.
Como as complicações das terapias glicocorticóides dependem da dose, do tipo e da duração do tratamento, a relação risco/benefício deverá ser analisada para cada paciente.
A administração de corticosteróides pode prejudicar a média de crescimento e inibir a produção endógena de corticosteróides em bebês58 e crianças. Portanto o crescimento e o desenvolvimento desses pacientes sob terapia corticosteróide prolongada devem ser monitorados.
O tratamento com corticosteróides pode alterar a motilidade e o número de espermatozóides59 em alguns pacientes.