POSOLOGIA CELESTONE SOLUSPAN

Atualizado em 19/05/2016

AS NECESSIDADES POSOLÓGICAS SÃO VARIÁVEIS E DEVEM SER INDIVIDUALIZADAS SEGUNDO A DOENÇA ESPECÍFICA,  SUA GRAVIDADE E RESPOSTA DO PACIENTE AO TRATAMENTO.

Administração sistêmica   O tratamento das afecções1 que necessitam dos efeitos dos corticosteróides sistêmicos2 pode ser cuidadosamente controlado por injeções intramusculares de CELESTONE* Soluspan. Sua ação rápida e prolongada torna-o adequado para o início do tratamento em afecções1 agudas nas quais o controle da inflamação3 deve ser rapidamente atingido e mantido. A ação prolongada do medicamento colabora na prevenção da recrudescência decorrente da manutenção irregular dos efeitos corticosteróides.

O tratamento é iniciado com uma injeção intramuscular4 de 1 ml de CELESTONE Soluspan na maioria dos casos e repetida semanalmente ou mais freqüentemente, quando necessário. Em doenças menos graves, em geral doses menores são suficientes. Em doenças graves, como estado de mal asmático ou lúpus5 eritematoso6 sistêmico7, inicialmente poderão ser necessários 2 ml.

A dose inicial deve ser mantida ou ajustada até que uma resposta satisfatória seja observada. Caso não ocorra uma resposta clínica satisfatória após razoável período de tempo, o tratamento com CELESTONE Soluspan deverá ser descontinuado e substituído por outro tratamento adequado.

Administração local   Caso haja necessidade de co-administração, CELESTONE Soluspan pode ser misturado (na seringa8 e não no frasco) com lidocaína a 1% ou 2%, cloridrato de procaína ou anestésicos locais similares, com fórmulas que não contenham parabenos. Anestésicos que contenham metilparabeno, fenol etc., devem ser evitados. A dose necessária de CELESTONE Soluspan é inicialmente retirada do frasco para a seringa8, em seguida o anestésico local é aspirado para a seringa8 e esta é, então, ligeiramente agitada.

Em bursites (subdeltóide, subacromial e pré-patelar), uma injeção9 intrabúrsica de 1 ml promove alívio da dor e restaura a amplitude do movimento em poucas horas. Injeções intrabúrsicas em  intervalos de 1 a 2 semanas em geral são necessárias na bursite10 aguda recorrente e nas exacerbações de bursites crônicas.

Em tendinites, miosites, fibrosites, tenossinovites, peritendinites e estados inflamatórios periarticulares, recomendam-se três ou quatro injeções locais de 1 ml cada, a intervalos de uma ou duas semanas na maioria dos casos. A injeção9 deve ser aplicada nas bainhas dos tendões11 afetados e não no interior destes.

Em condições inflamatórias periarticulares, a região dolorosa deve ser infiltrada. Em gânglios12 de cápsulas articulares13, injeta-se 0,5 ml diretamente nos cistos.

Na artrite reumatóide14 e osteoartrite15, o alívio da dor, do edema16 e da rigidez pode ser atingido em 2 a 4 horas após a injeção9 intra-articular. A dose varia de 0,25 ml a 2 ml, de acordo com o tamanho da articulação17: articulações18 muito grandes (quadril): 1 ml a 2 ml; articulações18 grandes (joelhos, tornozelos e ombros): 1 ml; articulações18 médias (cotovelo e punho): 0,5 ml a 1ml; e pequenas articulações18 (mão19 e tórax20): 0,25 ml a 0,5 ml. O alívio em geral se estende de 1 a 4 ou mais semanas. Utiliza-se técnica estéril com agulha de calibres 24 a 29 em seringa8 vazia para aspiração e introdução na cavidade sinovial. Retiram-se algumas gotas do líquido sinovial21 para confirmar se a agulha está na articulação17. A seringa8 de aspiração é substituída pela seringa8 que contém CELESTONE Soluspan e a injeção9 é então aplicada na articulação17.

No tratamento intralesional22, injeta-se 0,2 ml de CELESTONE Soluspan por via intradérmica (não subcutânea23), utilizando-se seringa8 de tuberculina com agulha de calibre 25 x 1,27 cm. Deve-se ter o cuidado de injetar um depósito uniforme do medicamento por via intradérmica. A quantidade semanal total injetada em todas as áreas não deve exceder a 1 ml.

CELESTONE Soluspan também é eficaz no tratamento das afecções1 do pé responsivas aos corticosteróides. Bursite10 sob calo24 durum (corno cutâneo25) tem sido controlada com duas injeções sucessivas de 0,25 ml cada. Em condições como o hálux26 rigidus (deformidade  na flexão do grande artelho27), digiti quinti varus (desvio interno do quinto dedo) e artrite28 gotosa aguda; o início do alívio é rápido. Uma seringa8 de tuberculina com agulha de calibre 25 x 1,90 cm é adequada para a maioria das injeções nos pés. Nesses casos, recomendam-se doses de 0,25 ml a 0,5 ml a intervalos de 3 a 7 dias. Na artrite28 gotosa aguda, podem ser necessárias doses de até 1 ml.

Após a obtenção de resposta favorável, a dose de manutenção adequada deve ser determinada por decréscimo da dose inicial em pequenas frações a intervalos de tempo adequados, até que a dose mais baixa para manter uma resposta clínica ideal seja determinada.

A exposição do paciente a situações de estresse não relacionadas à doença pode implicar em aumento da dose de CELESTONE Soluspan. Caso o medicamento seja descontinuado após tratamento prolongado, a dose deve ser reduzida gradativamente.

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Afecções: Quaisquer alterações patológicas do corpo. Em psicologia, estado de morbidez, de anormalidade psíquica.
2 Sistêmicos: 1. Relativo a sistema ou a sistemática. 2. Relativo à visão conspectiva, estrutural de um sistema; que se refere ou segue um sistema em seu conjunto. 3. Disposto de modo ordenado, metódico, coerente. 4. Em medicina, é o que envolve o organismo como um todo ou em grande parte.
3 Inflamação: Conjunto de processos que se desenvolvem em um tecido em resposta a uma agressão externa. Incluem fenômenos vasculares como vasodilatação, edema, desencadeamento da resposta imunológica, ativação do sistema de coagulação, etc.Quando se produz em um tecido superficial (pele, tecido celular subcutâneo) pode apresentar tumefação, aumento da temperatura local, coloração avermelhada e dor (tétrade de Celso, o cientista que primeiro descreveu as características clínicas da inflamação).
4 Injeção intramuscular: Injetar medicamento em forma líquida no músculo através do uso de uma agulha e seringa.
5 Lúpus: 1. É uma inflamação crônica da pele, caracterizada por ulcerações ou manchas, conforme o tipo específico. 2. Doença autoimune rara, mais frequente nas mulheres, provocada por um desequilíbrio do sistema imunológico. Nesta patologia, a defesa imunológica do indivíduo se vira contra os tecidos do próprio organismo como pele, articulações, fígado, coração, pulmão, rins e cérebro. Essas múltiplas formas de manifestação clínica, às vezes, podem confundir e retardar o diagnóstico. Lúpus exige tratamento cuidadoso por médicos especializados no assunto.
6 Eritematoso: Relativo a ou próprio de eritema. Que apresenta eritema. Eritema é uma vermelhidão da pele, devido à vasodilatação dos capilares cutâneos.
7 Sistêmico: 1. Relativo a sistema ou a sistemática. 2. Relativo à visão conspectiva, estrutural de um sistema; que se refere ou segue um sistema em seu conjunto. 3. Disposto de modo ordenado, metódico, coerente. 4. Em medicina, é o que envolve o organismo como um todo ou em grande parte.
8 Seringa: Dispositivo usado para injetar medicações ou outros líquidos nos tecidos do corpo. A seringa de insulina é formada por um tubo plástico com um êmbolo e uma agulha pequena na ponta.
9 Injeção: Infiltração de medicação ou nutrientes líquidos no corpo através de uma agulha e seringa.
10 Bursite: Doença ortopédica caracterizada pela inflamação da bursa, uma bolsa cheia de líquido, existente no interior das articulações, cuja finalidade é amortecer o atrito entre ossos, tendões e músculos. A bursite pode acontecer em qualquer articulação (joelhos, cotovelos, quadris, etc.), mas é mais comum no ombro.
11 Tendões: Tecidos fibrosos pelos quais um músculo se prende a um osso.
12 Gânglios: 1. Na anatomia geral, são corpos arredondados de tamanho e estrutura variáveis; nodos, nódulos. 2. Em patologia, são pequenos tumores císticos localizados em uma bainha tendinosa ou em uma cápsula articular, especialmente nas mãos, punhos e pés.
13 Cápsulas articulares: São membranas conjuntivas que envolvem as articulações sinoviais, sendo constituídas por duas camadas, uma externa ou fibrosa e outra interna ou sinovial.
14 Artrite reumatóide: Doença auto-imune de etiologia desconhecida, caracterizada por poliartrite periférica, simétrica, que leva à deformidade e à destruição das articulações por erosão do osso e cartilagem. Afeta mulheres duas vezes mais do que os homens e sua incidência aumenta com a idade. Em geral, acomete grandes e pequenas articulações em associação com manifestações sistêmicas como rigidez matinal, fadiga e perda de peso. Quando envolve outros órgãos, a morbidade e a gravidade da doença são maiores, podendo diminuir a expectativa de vida em cinco a dez anos.
15 Osteoartrite: Termo geral que se emprega para referir-se ao processo degenerativo da cartilagem articular, manifestado por dor ao movimento, derrame articular, etc. Também denominado artrose.
16 Edema: 1. Inchaço causado pelo excesso de fluidos no organismo. 2. Acúmulo anormal de líquido nos tecidos do organismo, especialmente no tecido conjuntivo.
17 Articulação: 1. Ponto de contato, de junção de duas partes do corpo ou de dois ou mais ossos. 2. Ponto de conexão entre dois órgãos ou segmentos de um mesmo órgão ou estrutura, que geralmente dá flexibilidade e facilita a separação das partes. 3. Ato ou efeito de articular-se. 4. Conjunto dos movimentos dos órgãos fonadores (articuladores) para a produção dos sons da linguagem.
18 Articulações:
19 Mão: Articulação entre os ossos do metacarpo e as falanges.
20 Tórax: Parte superior do tronco entre o PESCOÇO e o ABDOME; contém os principais órgãos dos sistemas circulatório e respiratório. (Tradução livre do original Sinônimos: Peito; Caixa Torácica
21 Líquido sinovial: Gel viscoso e transparente que lubrifica as estruturas que banha, minorando o atrito entre elas. Ele é encontrado na cavidade da cápsula articular.
22 Intralesional: Dentro da lesão.
23 Subcutânea: Feita ou situada sob a pele; hipodérmica.
24 Calo: Pequena região da pele, geralmente localizada nos pés, que se torna grossa e dura em decorrência de pressão ou fricções nesta área.
25 Cutâneo: Que diz respeito à pele, à cútis.
26 Hálux: Dedo Grande do Pé, vulgo dedão do pé.
27 Grande Artelho: Dedo Grande do Pé, vulgo dedão do pé.
28 Artrite: Inflamação de uma articulação, caracterizada por dor, aumento da temperatura, dificuldade de movimentação, inchaço e vermelhidão da área afetada.

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