INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS ANACYCLIN

Atualizado em 19/05/2016

Em altas doses (no mínimo 1g/dia) a vitamina1 C inibe competitivamente a conjugação sulfato do etinilestradiol na parede intestinal, aumentando sua biodisponibilidade de 50% ou mais. Isto pode levar a um aumento de efeitos estrogênicos indesejados e, com a supressão da vitamina1 C, uma redução considerável na concentração de etinilestradiol inalterado no plasma2.Certos fármacos, particularmente em terapias de longo-prazo, podem afetar a eficácia dos contraceptivos orais (especialmente os microdosados). O primeiro sinal3 disto é um sangramento por ruptura. Assim, uma vez que a contracepção4 não está mais assegurada, devem-se tomar medidas contraceptivas não-hormonais adicionais. Os seguintes fármacos podem afetar a ação contraceptiva: agentes enzima5-indutores tais como anticonvulsivantes (barbitúricos, carbamazepina, etosuximida, hidantoínas, primidona), fenilbutazona, rifampicina (adicionalmente deve-se continuar utilizando métodos não-hormonais por várias semanas após a retirada da rifampicina), griseofulvina, antibióticos/quimioterápicos administrados oralmente (ampicilina, penicilina V, tetraciclina, neomicina, sulfonamidas, nitrofurantoína); laxantes6.
Contraceptivos orais (especialmente os de dose alta) podem afetar a ação dos seguintes fármacos, devendo as doses destes ser ajustadas adequadamente:

Efeito reduzido:

·  Antidiabéticos orais7  ·  Anticoagulantes8 orais  ·     Clofibrate
·     Anti-hipertensivos  ·     Hormônios tireoideanos (o aumento da  dose pode ser necessário em pacientes sem tireóide funcionante  ·     Benzodiazepínicos (para os conjugados no fígado9: lorazepam, oxazepam, temazepam    

Efeito aumentado:

 ·     Benzodiazepínicos (para os hidroxilados no fígado9: clordiazepóxido, diazepam, nitrazepam)
·     Corticosteróides  ·     Metoprolol
·     Teofilina  ·     Antidepressivos tricíclicos

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Vitamina: Compostos presentes em pequenas quantidades nos diversos alimentos e nutrientes e que são indispensáveis para o desenvolvimento dos processos biológicos normais.
2 Plasma: Parte que resta do SANGUE, depois que as CÉLULAS SANGÜÍNEAS são removidas por CENTRIFUGAÇÃO (sem COAGULAÇÃO SANGÜÍNEA prévia).
3 Sinal: 1. É uma alteração percebida ou medida por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida. 2. Som ou gesto que indica algo, indício. 3. Dinheiro que se dá para garantir um contrato.
4 Contracepção: Qualquer processo que evite a fertilização do óvulo ou a implantação do ovo. Os métodos de contracepção podem ser classificados de acordo com o seu objetivo em barreiras mecânicas ou químicas, impeditivas de nidação e contracepção hormonal.
5 Enzima: Proteína produzida pelo organismo que gera uma reação química. Por exemplo, as enzimas produzidas pelo intestino que ajudam no processo digestivo.
6 Laxantes: Medicamentos que tratam da constipação intestinal; purgantes, purgativos, solutivos.
7 Antidiabéticos orais: Quaisquer medicamentos que, administrados por via oral, contribuem para manter a glicose sangüínea dentro dos limites normais. Eles podem ser um hipoglicemiante, se forem capazes de diminuir níveis de glicose previamente elevados, ou um anti-hiperglicemiante, se agirem impedindo a elevação da glicemia após uma refeição.
8 Anticoagulantes: Substâncias ou medicamentos que evitam a coagulação, especialmente do sangue.
9 Fígado: Órgão que transforma alimento em energia, remove álcool e toxinas do sangue e fabrica bile. A bile, produzida pelo fígado, é importante na digestão, especialmente das gorduras. Após secretada pelas células hepáticas ela é recolhida por canalículos progressivamente maiores que a levam para dois canais que se juntam na saída do fígado e a conduzem intermitentemente até o duodeno, que é a primeira porção do intestino delgado. Com esse canal biliar comum, chamado ducto hepático, comunica-se a vesícula biliar através de um canal sinuoso, chamado ducto cístico. Quando recebe esse canal de drenagem da vesícula biliar, o canal hepático comum muda de nome para colédoco. Este, ao entrar na parede do duodeno, tem um músculo circular, designado esfíncter de Oddi, que controla o seu esvaziamento para o intestino.

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