PROPRIEDADES EPHYNAL
A vitamina1 E participa da formação de todos os tecidos de origem mesodérmica (substância fundamental, fibras colágenas e elásticas do tecido conjuntivo2, musculatura lisa e estriada, vasos,
etc.), e da manutenção de suas funções. A nível celular, a vitamina1 E participa do metabolismo3
dos ácidos nucléicos, bem como na cadeia respiratória.
Sendo um antioxidante biológico, a vitamina1 E impede a oxidação espontânea dos compostos
poliinsaturados, responsáveis pela formação de radicais livres nocivos, impedindo assim a
formação de nitrosaminas cancerígenas. Diminui o efeito tóxico do oxigênio e reduz as
necessidades de seu uso nas reações metabólicas. Devido às suas propriedades lipofílicas, a
vitamina1 E acumula-se nas membranas celulares, protegendo-as sob o aspecto funcional,
principalmente quanto à inibição que exerce na peroxidação dos lipídios. A vitamina1 E contribui,
de forma especial, para a estabilização das membranas lisossomiais, mitocondriais e dos capilares4
e, conseqüentemente, para a manutenção da resistência normal dos eritrócitos5. Ainda baseada
nessa ação, a vitamina1 E promove um aumento da atividade fagocitária.
A deficiência dessa vitamina1 conduz, através da peroxidação dos lipídios, ao acúmulo de
lipofucsina ou pigmento de desgaste dos tecidos.
A carência acentuada de vitamina1 E, em conseqüência de grave síndrome6 de mal-absorção
(redução da superfície de absorção do intestino, atresia7 das vias biliares8, insuficiência9 pancreática,
etc.), provoca o aparecimento de sintomas10 de miopatia11 e neuropatia12.
A abetalipoproteinemia é uma causa bastante rara de carência de vitamina1 E.
A vitamina1 E intervém em diferentes fases da síntese do ácido araquidônico e, portanto, atua no
metabolismo3 das prostaglandinas13.
Em doses elevadas, observa-se inibição da agregação plaquetária.
Em prematuros colocados em incubadora, a vitamina1 E impede a formação da fibroplasia
retrolenticular e displasia broncopulmonar14.
Alguns achados levam a pensar que, após a administração de vitamina1 E, ocorre uma
redistribuição dos lipídios sangüíneos, possivelmente devido à estimulação da hidrólise do
colesterol15 esterificado16. Em caso de dislipoproteinemia (índices baixos de HDL17, com nítido
aumento do índice de LDL18), a vitamina1 E provocaria uma redistribuição do colesterol15, no sentido
de aumento da fração HDL17-colesterol15, antiaterogênico, e diminuição do LDL18-colesterol15,
aterogênico.