PRECAUÇÕES GLAUTIMOL

Atualizado em 24/05/2016

Geral: Devido aos efeitos potenciais dos bloqueadores beta-adrenérgicos1 sobre a pressão sangüínea2 e pulso, estes agentes devem ser usados com precaução em pacientes com insuficiência3 cerebrovascular. Se aparecerem sinais4 e sintomas5 de redução do fluxo sangüíneo cerebral, após o início do tratamento com GLAUTIMOL, deve ser considerada uma terapia alternativa.

Tem sido relatada a ocorrência de ceratite bacteriana associada ao uso de frasco multidose de solução oftálmica tópica contaminado inadvertidamente por pacientes com doença corneana concomitante ou rompimento da superfície epitelial ocular.

Descolamento de coróide após procedimentos de filtração foi relatado com a administração de terapia supressora de humor aquoso6 (ex.: timolol).

Glaucoma7 de ângulo fechado: GLAUTIMOL possui pouco ou quase nenhum efeito sobre a pupila. Portanto, no tratamento do glaucoma7 de ângulo fechado, GLAUTIMOL deve ser usado com um miótico e não isoladamente, onde o objetivo imediato é a reabertura do ângulo, o que requer a constrição8 da pupila.

Anafilaxia9: Os pacientes com histórico de atopia ou com histórico de reações anafiláticas10 severas a diversos alérgenos11, enquanto estiverem usando beta-bloqueadores, tornam-se mais responsivos a repetidas exposições a estes alérgenos11, sejam estas acidentais, para diagnóstico12 ou terapêuticas. Tais pacientes podem não responder às doses usuais de epinefrina no tratamento de reações anafiláticas10.

Fraqueza muscular: Tem sido relatado que os bloqueadores beta-adrenérgicos1 potencializam a fraqueza muscular consistente com certos sintomas5 miastênicos (ex.: diplopia13, ptose14 e fraqueza generalizada). Entretanto, o maleato de timolol raramente aumenta a fraqueza muscular em pacientes com miastenia15 gravis ou sintomas5 miastênicos.

Gravidez16 e Efeitos Teratogênicos17: Estudos de teratogenicidade com timolol em camundongos, ratos e coelhos com doses orais de até 50 mg/kg/dia (7000 vezes a exposição sistêmica seguindo a máxima dose oftálmica humana recomendada) não demonstraram evidências de malformação18 fetal. Embora tenha sido observada uma ossificação fetal retardada nesta dose em ratos, não ocorreram efeitos adversos no desenvolvimento pós-natal da prole. Doses de 1000 mg/kg/dia (142000 vezes a exposição sistêmica seguindo a máxima dose oftálmica humana recomendada) levaram à toxicidade19 materna em camundongos e resultaram em um aumento no número de reabsorção fetal. Foi também observada reabsorção fetal aumentada em coelhos a doses de 14000 vezes a exposição sistêmica seguindo a máxima dose oftálmica humana recomendada, neste caso sem aparente toxicidade19 materna.

Não existem estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas. GLAUTIMOL Solução Oftálmica deve ser usado durante a gravidez16 somente quando o benefício potencial justificar o risco potencial para o feto20.

Lactantes21: Maleato de timolol tem sido detectado no leite materno após a administração oral ou oftálmica. Deve-se, portanto, decidir suspender a amamentação22 ou o produto levando-se em consideração a importância do tratamento para a mãe.

Uso pediátrico: A segurança e eficácia do uso em crianças não foram estabelecidas.

Carcinogênese, mutagênese, diminuição da fertilidade: Em um estudo de dois anos onde maleato de timolol foi administrado por via oral em ratos, ocorreram aumentos estatisticamente significantes na incidência23 de feocromocitomas supra-renais em ratos machos aos quais se administraram 300 mg/kg/dia (aproximadamente 42000 vezes a exposição sistêmica seguindo a máxima dose oftálmica humana recomendada). Não foram observadas diferenças similares em ratos aos quais foram administradas doses por via oral eqüivalentes a aproximadamente 14000 vezes a máxima dose oftálmica humana recomendada.
Em um estudo por via oral durante o período de vida dos camundongos houve um aumento estatisticamente significante na incidência23 de tumores pulmonares benignos e malignos, pólipos24 uterinos benignos e adenocarcinomas mamários em camundongos fêmeas a 500 mg/kg/dia (aproximadamente 71000 vezes a exposição sistêmica seguindo a máxima dose oftálmica humana recomendada) , mas não a 5 ou 50 mg/kg/dia (aproximadamente 700 ou 7000 vezes, respectivamente, a exposição sistêmica seguindo a máxima dose oftálmica humana recomendada). Em um estudo subseqüente em camundongos fêmeas, nas quais exames pós-morte foram limitados ao útero25 e pulmões26, foi observado novamente um aumento estatisticamente significante na incidência23 de tumores pulmonares a 500 mg/kg/dia.
O aumento da ocorrência de adenocarcinomas mamários foi associado com elevações na prolactina27 sérica que ocorreu em camundongos fêmeas às quais se administrou por via oral timolol a 500 mg/kg, não ocorrendo o mesmo a doses de 5 ou 50 mg/kg/dia. O aumento da incidência23 de adenocarcinomas mamários em roedores foi associado com a administração de vários outros agentes terapêuticos que elevam a prolactina27 sérica, porém nenhuma correlação entre níveis de prolactina27 sérica e tumores mamários foi estabelecida em humanos. Além disso, em mulheres às quais foram administradas por via oral doses de até 60 mg de maleato de timolol ( máxima dose oral humana recomendada) não ocorreram mudanças clinicamente significativas na prolactina27 sérica.
O maleato de timolol foi desprovido de potencial mutagênico no teste in vivo (camundongo) de micronúcleos e teste citogenético ( doses até 800 mg/kg) e no teste in vitro de transformação de célula28 neoplásica29 (até 100 mg/ml). No teste de Ames as maiores concentrações de timolol empregadas, 5000 ou 10000 mg/placa30, foram associadas com elevações estatisticamente significantes de mutantes observados com cepas31 teste TA100 (testes em 7 replicatas), mas não em 3 cepas31 remanescentes. Nos ensaios com cepas31 teste TA100 não foi observada nenhuma relação dose resposta consistente e a proporção do teste para mutantes controle não alcançou 2. Uma proporção 2 é normalmente considerada o critério para teste de Ames positivo.
Estudos de reprodução32 e fertilidade em ratos não mostraram efeitos adversos na fertilidade de machos ou fêmeas com doses até 21000 vezes a exposição sistêmica seguindo a máxima dose oftálmica humana recomendada.

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Adrenérgicos: Que agem sobre certos receptores específicos do sistema simpático, como o faz a adrenalina.
2 Pressão sangüínea: Força exercida pelo sangue arterial por unidade de área da parede arterial. É expressa como uma razão (Exemplo: 120/80, lê-se 120 por 80). O primeiro número é a pressão sistólica ou pressão máxima. E o segundo número é a presão diastólica ou mínima.
3 Insuficiência: Incapacidade de um órgão ou sistema para realizar adequadamente suas funções.Manifesta-se de diferentes formas segundo o órgão comprometido. Exemplos: insuficiência renal, hepática, cardíaca, respiratória.
4 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
5 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
6 Humor aquoso: Fluido aquosa e claro que preenche as câmaras anterior e posterior do olho. Apresenta um índice de refração menor que o cristalino, o qual está envolvido pelo humor aquoso, e está relacionado com o metabolismo da córnea e do cristalino.
7 Glaucoma: É quando há aumento da pressão intra-ocular e danos ao nervo óptico decorrentes desse aumento de pressão. Esses danos se expressam no exame de fundo de olho e por alterações no campo de visão.
8 Constrição: 1. Ação ou efeito de constringir, mesmo que constrangimento (ato ou efeito de reduzir). 2. Pressão circular que faz diminuir o diâmetro de um objeto; estreitamento. 3. Em medicina, é o estreitamento patológico de qualquer canal ou esfíncter; estenose.
9 Anafilaxia: É um tipo de reação alérgica sistêmica aguda. Esta reação ocorre quando a pessoa foi sensibilizada (ou seja, quando o sistema imune foi condicionado a reconhecer uma substância como uma ameaça ao organismo). Na segunda exposição ou nas exposições subseqüentes, ocorre uma reação alérgica. Essa reação é repentina, grave e abrange o corpo todo. O sistema imune libera anticorpos. Os tecidos liberam histamina e outras substâncias. Esse mecanismo causa contrações musculares, constrição das vias respiratórias, dificuldade respiratória, dor abdominal, cãimbras, vômitos e diarréia. A histamina leva à dilatação dos vasos sangüíneos (que abaixa a pressão sangüínea) e o vazamento de líquidos da corrente sangüínea para os tecidos (que reduzem o volume de sangue) o que provoca o choque. Ocorrem com freqüência a urticária e o angioedema - este angioedema pode resultar na obstrução das vias respiratórias. Uma anafilaxia prolongada pode causar arritmia cardíaca.
10 Reações anafiláticas: É um tipo de reação alérgica sistêmica aguda. Esta reação ocorre quando a pessoa foi sensibilizada (ou seja, quando o sistema imune foi condicionado a reconhecer uma substância como uma ameaça ao organismo). Na segunda exposição ou nas exposições subseqüentes, ocorre uma reação alérgica. Essa reação é repentina, grave e abrange o corpo todo. O sistema imune libera anticorpos. Os tecidos liberam histamina e outras substâncias. Esse mecanismo causa contrações musculares, constrição das vias respiratórias, dificuldade respiratória, dor abdominal, cãimbras, vômitos e diarréia. A histamina leva à dilatação dos vasos sangüíneos (que abaixa a pressão sangüínea) e o vazamento de líquidos da corrente sangüínea para os tecidos (que reduzem o volume de sangue) o que provoca o choque. Ocorrem com freqüência a urticária e o angioedema - este angioedema pode resultar na obstrução das vias respiratórias. Uma anafilaxia prolongada pode causar arritmia cardíaca.
11 Alérgenos: Substância capaz de provocar reação alérgica em certos indivíduos.
12 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
13 Diplopia: Visão dupla.
14 Ptose: Literalmente significa “queda” e aplica-se em distintas situações para significar uma localização inferior de um órgão ou parte dele (ptose renal, ptose palpebral, etc.).
15 Miastenia: Perda das forças musculares ocasionada por doenças musculares inflamatórias. Por ex. Miastenia Gravis. A debilidade pode predominar em diferentes grupos musculares segundo o tipo de afecção (debilidade nos músculos extrínsecos do olho, da pelve, ou dos ombros, etc.).
16 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
17 Teratogênicos: Agente teratogênico ou teratógeno é tudo aquilo capaz de produzir dano ao embrião ou feto durante a gravidez. Estes danos podem se refletir como perda da gestação, malformações ou alterações funcionais ou ainda distúrbios neurocomportamentais, como retardo mental.
18 Malformação: 1. Defeito na forma ou na formação; anomalia, aberração, deformação. 2. Em patologia, é vício de conformação de uma parte do corpo, de origem congênita ou hereditária, geralmente curável por cirurgia. Ela é diferente da deformação (que é adquirida) e da monstruosidade (que é incurável).
19 Toxicidade: Capacidade de uma substância produzir efeitos prejudiciais ao organismo vivo.
20 Feto: Filhote por nascer de um mamífero vivíparo no período pós-embrionário, depois que as principais estruturas foram delineadas. Em humanos, do filhote por nascer vai do final da oitava semana após a CONCEPÇÃO até o NASCIMENTO, diferente do EMBRIÃO DE MAMÍFERO prematuro.
21 Lactantes: Que produzem leite; que aleitam.
22 Amamentação: Ato da nutriz dar o peito e o lactente mamá-lo diretamente. É um fenômeno psico-sócio-cultural. Dar de mamar a; criar ao peito; aleitar; lactar... A amamentação é uma forma de aleitamento, mas há outras formas.
23 Incidência: Medida da freqüência em que uma doença ocorre. Número de casos novos de uma doença em um certo grupo de pessoas por um certo período de tempo.
24 Pólipos: 1. Em patologia, é o crescimento de tecido pediculado que se desenvolve em uma membrana mucosa (por exemplo, no nariz, bexiga, reto, etc.) em resultado da hipertrofia desta membrana ou como um tumor verdadeiro. 2. Em celenterologia, forma individual, séssil, típica dos cnidários, que se caracteriza pelo corpo formado por um tubo ou cilindro, cuja extremidade oral, dotada de boca e tentáculos, é dirigida para cima, e a extremidade oposta, ou aboral, é fixa.
25 Útero: Orgão muscular oco (de paredes espessas), na pelve feminina. Constituído pelo fundo (corpo), local de IMPLANTAÇÃO DO EMBRIÃO e DESENVOLVIMENTO FETAL. Além do istmo (na extremidade perineal do fundo), encontra-se o COLO DO ÚTERO (pescoço), que se abre para a VAGINA. Além dos istmos (na extremidade abdominal superior do fundo), encontram-se as TUBAS UTERINAS.
26 Pulmões: Órgãos do sistema respiratório situados na cavidade torácica e responsáveis pelas trocas gasosas entre o ambiente e o sangue. São em número de dois, possuem forma piramidal, têm consistência esponjosa e medem cerca de 25 cm de comprimento. Os pulmões humanos são divididos em segmentos denominados lobos. O pulmão esquerdo possui dois lobos e o direito possui três. Os pulmões são compostos de brônquios que se dividem em bronquíolos e alvéolos pulmonares. Nos alvéolos se dão as trocas gasosas ou hematose pulmonar entre o meio ambiente e o corpo, com a entrada de oxigênio na hemoglobina do sangue (formando a oxiemoglobina) e saída do gás carbônico ou dióxido de carbono (que vem da célula como carboemoglobina) dos capilares para o alvéolo.
27 Prolactina: Hormônio secretado pela adeno-hipófise. Estimula a produção de leite pelas glândulas mamárias. O aumento de produção da prolactina provoca a hiperprolactinemia, podendo causar alteração menstrual e infertilidade nas mulheres. No homem, gera impotência sexual (por prejudicar a produção de testosterona) e ginecomastia (aumento das mamas).
28 Célula: Unidade funcional básica de todo tecido, capaz de se duplicar (porém algumas células muito especializadas, como os neurônios, não conseguem se duplicar), trocar substâncias com o meio externo à célula, etc. Possui subestruturas (organelas) distintas como núcleo, parede celular, membrana celular, mitocôndrias, etc. que são as responsáveis pela sobrevivência da mesma.
29 Neoplásica: Que apresenta neoplasia, ou seja, que apresenta processo patológico que resulta no desenvolvimento de neoplasma ou tumor. Um neoplasma é uma neoformação de crescimento anormal, incontrolado e progressivo de tecido, mediante proliferação celular.
30 Placa: 1. Lesão achatada, semelhante à pápula, mas com diâmetro superior a um centímetro. 2. Folha de material resistente (metal, vidro, plástico etc.), mais ou menos espessa. 3. Objeto com formato de tabuleta, geralmente de bronze, mármore ou granito, com inscrição comemorativa ou indicativa. 4. Chapa que serve de suporte a um aparelho de iluminação que se fixa em uma superfície vertical ou sobre uma peça de mobiliário, etc. 5. Placa de metal que, colocada na dianteira e na traseira de um veículo automotor, registra o número de licenciamento do veículo. 6. Chapa que, emitida pela administração pública, representa sinal oficial de concessão de certas licenças e autorizações. 7. Lâmina metálica, polida, usualmente como forma em processos de gravura. 8. Área ou zona que difere do resto de uma superfície, ordinariamente pela cor. 9. Mancha mais ou menos espessa na pele, como resultado de doença, escoriação, etc. 10. Em anatomia geral, estrutura ou órgão chato e em forma de placa, como uma escama ou lamela. 11. Em informática, suporte plano, retangular, de fibra de vidro, em que se gravam chips e outros componentes eletrônicos do computador. 12. Em odontologia, camada aderente de bactérias que se forma nos dentes.
31 Cepas: Cepa ou estirpe é um termo da biologia e da genética que se refere a um grupo de descendentes com um ancestral comum que compartilham semelhanças morfológicas e/ou fisiológicas.
32 Reprodução: 1. Função pela qual se perpetua a espécie dos seres vivos. 2. Ato ou efeito de reproduzir (-se). 3. Imitação de quadro, fotografia, gravura, etc.

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