SUPERDOSAGEM MERIONAL
Os efeitos de uma superdosagem com Merional são desconhecidos. Contudo, pode-se considerar os efeitos da síndrome1 de hiperestimulação ovariana como possíveis sintomas2 de superdosagem.
Os sinais3 clínicos de hiperestimulação ovariana, nos casos de hiperestimulação leve, são dores abdominais ou tensões abdominais com aumento do ovário4; e nos casos de hiperestimulação de moderada a grave, hipertrofia5 ovariana repentina e acentuada, ascite6 com ou sem efusão7 pleural e/ou distúrbios hemodinâmicos, e ruptura de cistos ovarianos seguida de peritonite8.
Os sintomas2 de hiperestimulação aparecem geralmente de 4 a 8 dias após a administração da Gonadotrofina Coriônica. Por esse motivo, a paciente deve ser monitorada durante pelo menos duas semanas após a última injeção9.
Entretanto, se sintomas2 semelhantes aos sintomas2 de hiperestimulação só ocorrem três semanas, ou mais, após o final da terapia, sua origem deve ser atribuída a um aborto iminente ou gravidez10 extra-uterina.
No caso de hiperestimulação de médio grau, um exame cuidadoso da paciente será suficiente. Por outro lado, no caso de ascite6 ou complicações graves, a paciente deverá ser hospitalizada e submetida a um teste eletrolítico e hemodinâmico.
Raramente uma Síndrome1 de Hiperestimulação Ovariana com hipertrofia5 aguda do ovário4 é acompanhada de acúmulo de fluidos no abdômen e tórax11 ou de eventos tromboembólicos mais graves. Este pode ocorrer em casos raros, independentemente da Síndrome1 da Hiperestimulação Ovariana.
Mulheres submetidas a tratamento de superovulação correm maior risco de desenvolver a hiperestimulação em razão de sua resposta estrogênica excessiva ou desenvolvimento multifolicular.
Em certas pacientes, especialmente aquelas com amenorréia12 decorrente da síndrome1 de Stein-Leventhal, é possível a formação de cistos. Eles provocam dores abdominais de intensidade variada e requerem a interrupção do tratamento.
A fim de evitar a formação de cistos, a paciente deve ser submetida a um exame ginecológico em dias alternados no início do tratamento e diariamente a partir do décimo dia de tratamento.
Os riscos de hiperestimulação e formação de cistos ovarianos são reduzidos se a dose recomendada e as precauções forem estritamente seguidas.
Segundo Lunenfeld, uma pequena hiperestimulação ocorre em menos de 4 dos tratamentos, ao passo que uma hiperestimulação moderada ou grave ocorre em menos de 1 dos tratamentos.