ALTERAÇÕES EM EXAMES LABORATORIAIS MICROVLAR

Atualizado em 24/05/2016

O uso de esteróides presentes nos contraceptivos pode influenciar os resultados de certos exames laboratoriais, incluindo parâmetros bioquímicos das funções hepática1, tiroidiana, adrenal e renal2; níveis plasmáticos de proteínas3 (transportadoras), por exemplo, globulina4 de ligação a corticosteróides e frações lipídicas/lipoprotéicas; parâmetros do metabolismo5 de carboidratos e parâmetros da coagulação6 e fibrinólise7. As alterações geralmente permanecem dentro do intervalo laboratorial considerado normal.


- POSOLOGIA E MODO DE USAR

As drágeas8 devem ser ingeridas na ordem indicada na cartela, por 21 dias consecutivos, mantendo-se

aproximadamente o mesmo horário e, se necessário, com pequena quantidade de líquido. Cada nova cartela é iniciada após um intervalo de pausa de 7 dias sem a ingestão de drágeas8, durante o qual deve ocorrer sangramento por privação hormonal (em 2-3 dias após a ingestão da última drágea9). Este sangramento pode não haver cessado antes do início de uma nova cartela.


Início do uso de Microvlar®

Quando nenhum outro contraceptivo hormonal foi utilizado no mês anterior:

No caso da usuária não ter utilizado contraceptivo hormonal no mês anterior, a ingestão deve ser iniciada no 1º dia do ciclo (1º dia de sangramento menstrual).

Mudando de outro contraceptivo oral combinado, anel vaginal ou adesivo transdérmico (contraceptivo) para Microvlar®:

A usuária deve começar o uso de Microvlar® preferencialmente no dia posterior à ingestão do último comprimido ativo (último comprimido contendo substância ativa) do contraceptivo usado anteriormente ou, no máximo, no dia seguinte ao último dia de pausa ou de tomada de comprimidos inativos. Se estiver mudando de anel vaginal ou adesivo transdérmico, deve começar preferencialmente no dia da retirada ou, no máximo, no dia previsto para a próxima aplicação.

Mudando de um método contraceptivo contendo somente progestógeno (minipílula, injeção10, implante11 ou

Sistema Intra-Uterino (SIU) com liberação de progestógeno) para Microvlar®:

A usuária poderá iniciar o uso de Microvlar® em qualquer dia no caso da minipílula ou no dia da retirada do implante11 ou do SIU ou no dia previsto para a próxima injeção10. Nesses três casos (uso anterior de minipílula, injeção10, implante11 ou Sistema Intra-Uterino com liberação de progestógeno), recomenda-se usar adicionalmente um método de barreira nos 7 primeiros dias de ingestão de Microvlar®.

Após abortamento12 de primeiro trimestre:

Pode-se iniciar o uso de Microvlar® imediatamente, sem necessidade de adotar medidas contraceptivas adicionais.

Após parto ou abortamento12 no segundo trimestre:

Para amamentação13, veja o item “Gravidez e lactação”.

Após parto ou abortamento12 no segundo trimestre, a usuária deve ser aconselhada a iniciar o COC no período entre o 21º e 28º dia após o procedimento. Se começar em período posterior, deve-se aconselhar o uso adicional de um método de barreira nos 7 dias iniciais de ingestão. Se já tiver ocorrido relação sexual, deve-se certificar de que a mulher não esteja grávida antes de iniciar o uso do COC ou, então, aguardar a primeira menstruação14.

Drágeas8 esquecidas

Se houver transcorrido menos de 12 horas do horário habitual de ingestão, a proteção contraceptiva não será reduzida. A usuária deve tomar imediatamente a drágea9 esquecida e continuar o restante da cartela no horário habitual.

Se houver transcorrido mais de 12 horas, a proteção contraceptiva pode estar reduzida neste ciclo. Neste caso, devese ter em mente duas regras básicas: 1) a ingestão das drágeas8 nunca deve ser interrompida por mais de 7 dias; 2) são necessários 7 dias de ingestão contínua das drágeas8 para conseguir supressão adequada do eixo hipotálamo15-hipófiseovário. Conseqüentemente, na prática diária, pode-se usar a seguinte orientação:

Esquecimento na 1ª semana:

A usuária deve ingerir imediatamente a última drágea9 esquecida, mesmo que isto signifique a ingestão simultânea de duas drágeas8. As drágeas8 restantes devem ser tomadas no horário habitual. Adicionalmente, deve-se adotar um método de barreira (por exemplo, preservativo) durante os 7 dias subseqüentes. Se tiver ocorrido relação sexual nos 7 dias anteriores, deve-se considerar a possibilidade de gravidez16. Quanto mais drágeas8 forem esquecidas e mais perto estiverem do intervalo normal sem tomada de drágeas8 (pausa), maior será o risco de gravidez16.

Esquecimento na 2ª semana:

A usuária deve ingerir imediatamente a última drágea9 esquecida, mesmo que isto signifique a ingestão simultânea de duas drágeas8 e deve continuar tomando o restante da cartela no horário habitual. Se nos 7 dias precedentes à primeira drágea9 esquecida, todas as drágeas8 tiverem sido tomadas conforme as instruções, não é necessária qualquer medida contraceptiva adicional. Porém, se isto não tiver ocorrido, ou se mais do que uma drágea9 tiver sido esquecida, deve-se aconselhar a adoção de precauções adicionais (por exemplo, uso de preservativo) por 7 dias.

Esquecimento na 3ª semana:

O risco de redução da eficácia é iminente pela proximidade do intervalo sem ingestão de drágeas8 (pausa). No entanto, ainda se pode minimizar a redução da proteção contraceptiva ajustando o esquema de ingestão das drágeas8. Se nos 7 dias anteriores à primeira drágea9 esquecida a ingestão foi feita corretamente, a usuária poderá seguir qualquer uma das duas opções abaixo, sem precisar usar métodos contraceptivos adicionais. Se não for este o caso, ela deve seguir a primeira opção e usar medidas contraceptivas adicionais (por exemplo, uso de preservativo) durante os 7 dias seguintes.

1) Tomar a última drágea9 esquecida imediatamente, mesmo que isto signifique a ingestão simultânea de duas drágeas8 e continuar tomando as drágeas8 seguintes no horário habitual. A nova cartela deve ser iniciada assim que acabar a cartela atual, isto é, sem o intervalo de pausa habitual entre elas. É pouco provável que ocorra sangramento por privação até o final da segunda cartela, mas pode ocorrer gotejamento ou sangramento de escape durante os dias de ingestão das drágeas8.

2) Suspender a ingestão das drágeas8 da cartela atual, fazer um intervalo de pausa de até 7 dias sem ingestão de drágeas8 (incluindo os dias em que se esqueceu de tomá-las) e, a seguir, iniciar uma nova cartela.

Se não ocorrer sangramento por privação no primeiro intervalo normal sem ingestão de drágea9 (pausa), deve-se considerar a possibilidade de gravidez16.

Procedimento em caso de distúrbios gastrintestinais

No caso de distúrbios gastrintestinais graves, a absorção pode não ser completa e medidas contraceptivas adicionais devem ser tomadas.

Se ocorrerem vômitos17 dentro de 3 a 4 horas após a ingestão de uma drágea9, deve-se seguir o mesmo procedimento usado no item “Drágeas esquecidas”. Se a usuária não quiser alterar seu esquema habitual de ingestão, deve retirar a(s) drágea9(s) adicional(is) de outra cartela.


- SUPERDOSE

Não há relatos de efeitos deletérios graves decorrentes da superdose. Os sintomas18 que podem ocorrer nestes casos são: náuseas19, vômitos17 e, em usuárias jovens, sangramento vaginal discreto. Não existe antídoto20 e o tratamento deve ser sintomático21.

Venda sob prescrição médica

MS-1.0020.0026

Farm. Resp.: Dr. Paulo Camossa

CRF–SP nº 15.927

Lote, data de fabricação e validade: vide cartucho.

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Atendimento ao Consumidor 0800 7021241


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Complementos

1 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
2 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
3 Proteínas: Um dos três principais nutrientes dos alimentos. Alimentos que fornecem proteína incluem carne vermelha, frango, peixe, queijos, leite, derivados do leite, ovos.
4 Globulina: Qualquer uma das várias proteínas globulares pouco hidrossolúveis de uma mesma família que inclui os anticorpos e as proteínas envolvidas no transporte de lipídios pelo plasma.
5 Metabolismo: É o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos. São essas reações que permitem a uma célula ou um sistema transformar os alimentos em energia, que será ultilizada pelas células para que as mesmas se multipliquem, cresçam e movimentem-se. O metabolismo divide-se em duas etapas: catabolismo e anabolismo.
6 Coagulação: Ato ou efeito de coagular(-se), passando do estado líquido ao sólido.
7 Fibrinólise: Processo de dissolução progressiva da fibrina e assim do coágulo, que posteriormente à sua formação deve ser dissolvido.
8 Drágeas: Comprimidos ou pílulas contendo preparado farmacêutico.
9 Drágea: Comprimido ou pílula contendo preparado farmacêutico.
10 Injeção: Infiltração de medicação ou nutrientes líquidos no corpo através de uma agulha e seringa.
11 Implante: 1. Em cirurgia e odontologia é o material retirado do próprio indivíduo, de outrem ou artificialmente elaborado que é inserido ou enxertado em uma estrutura orgânica, de modo a fazer parte integrante dela. 2. Na medicina, é qualquer material natural ou artificial inserido ou enxertado no organismo. 3. Em patologia, é uma célula ou fragmento de tecido, especialmente de tumores, que migra para outro local do organismo, com subsequente crescimento.
12 Abortamento: Interrupção precoce da gravidez, espontânea ou induzida, seguida pela expulsão do produto gestacional pelo canal vaginal (Aborto). Pode ser precedido por perdas sangüíneas através da vagina.
13 Amamentação: Ato da nutriz dar o peito e o lactente mamá-lo diretamente. É um fenômeno psico-sócio-cultural. Dar de mamar a; criar ao peito; aleitar; lactar... A amamentação é uma forma de aleitamento, mas há outras formas.
14 Menstruação: Sangramento cíclico através da vagina, que é produzido após um ciclo ovulatório normal e que corresponde à perda da camada mais superficial do endométrio uterino.
15 Hipotálamo: Parte ventral do diencéfalo extendendo-se da região do quiasma óptico à borda caudal dos corpos mamilares, formando as paredes lateral e inferior do terceiro ventrículo.
16 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
17 Vômitos: São a expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca. Podem ser classificados em: alimentar, fecalóide, biliar, em jato, pós-prandial. Sinônimo de êmese. Os medicamentos que agem neste sintoma são chamados de antieméticos.
18 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
19 Náuseas: Vontade de vomitar. Forma parte do mecanismo complexo do vômito e pode ser acompanhada de sudorese, sialorréia (salivação excessiva), vertigem, etc .
20 Antídoto: Substância ou mistura que neutraliza os efeitos de um veneno. Esta ação pode reagir diretamente com o veneno ou amenizar/reverter a ação biológica causada por ele.
21 Sintomático: 1. Relativo a ou que constitui sintoma. 2. Que é efeito de alguma doença. 3. Por extensão de sentido, é o que indica um particular estado de coisas, de espírito; revelador, significativo.

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