PROPRIEDADES PROEPA
Quando os ácidos ÔMEGA-3 (EPA e DHA) são incluídos na dieta, competem com
o ácido araquidônico de várias formas: inibem a síntese do ácido araquidônico a
partir do ácido linoléico e competem com o ácido araquidônico pela posição-2 dos
fosfolipídios da membrana, reduzindo portanto, os níveis plasmáticos e celulares
do ácido araquidônico. O EPA e DHA competem com o ácido araquidônico como
substrato para a enzima1 ciclooxigenase e, ao invés da produção do Tromboxane
A2 (potente vasoconstritor e agregante plaquetário) pelas plaquetas2, produz-se
apenas pequenas quantidades de Tromboxane A3, fisiologicamente inativo. Nas
células3 endoteliais, a produção de prostaglandina4 I2 (potente vasodilatador e
antiagregante plaquetário) não é significativamente inibida e a atividade fisiológica5
de uma nova prostaglandina4, a prostaglandina4 I3, que é sintetizada a partir dos
ácidos ÔMEGA-3, é acrescentada à da prostaglandina4 I2.
O resultado é uma alteração do equilíbrio hemostático em direção a uma condição
mais vasodilatadora, com menos agregação plaquetária.
Os leucotrienos6 são substâncias derivadas da reação do ácido araquidônico com
a enzima1 lipoxigenase, estando os do tipo B4 (LTB 4) envolvidos em doenças
como a artrite reumatóide7, psoríase8, etc.
Quando o ácido araquidônico é substituído pelos ácidos ÔMEGA-3 (EPA e DHA)
e estes sofrem a ação da enzima1 lipoxigenase, formam-se consequentemente
leucotrienos6 do tipo B5 (LTB 5) que possuem menor efeito sobre os processos
inflamatórios/quimiostáticos melhorando desta forma a artrite9 e a psoríase8.