PRECAUÇÕES STREPTASE

Atualizado em 24/05/2016
o risco da terapia deve ser considerado contra os perigos da doença e deve particularmente ser reconsiderado nos seguintes casos: qualquer condição na qual a hemorragia1 constitui um risco significativo ou possa ser de manejo particularmente difícil, tendo em vista sua localização, como: hemorragia1 gastrintestinal severa recente; punção de artérias2 de grosso calibre ou outros vasos não compressíveis; injeções intramusculares; sondagem vesical3 de demora ou entubação; cirurgias recentes (até o décimo dia pós-operatório); trauma recente severo, inclusive reanimação cardiopulmonar; aborto ou parto recente; doenças do trato urogenital4 potencialmente hemorrágicas5; suspeita de degeneração6 aterosclerótica severa. Condições que conduzem a um risco de embolia7 cerebral como: endocardite8 bacteriana subaguda9; defeitos da válvula mitral ou fibrilação atrial. Doença cerebrovascular10. Hipertensão arterial11 grave com valores sistólicos acima de 200 mm Hg ou diastólicos acima de 100 mmHg ou alterações hipertensivas retinianas Grau III/IV. Insuficiência renal12 ou hepática13 grave. Doenças pulmonares cavitárias (por exemplo, tuberculose14 aberta) ou bronquite grave. Pancreatite15 aguda ou diabete mellito grave. Gravidez16, principalmente durante as primeiras 18 semanas. Doença trombótica17 séptica. Por existir uma probabilidade aumentada de resistência devido a anticorpos18 antiestreptoquinase, o uso de Streptase pode não ser efetivo se administrado num prazo superior a 5 dias da primeira administração de estreptoquinase ou produtos que contenham estreptoquinase, particularmente entre 5 dias a 12 meses da última administração. Da mesma maneira, o efeito pode ser reduzido em pacientes com infecções19 estreptocócicas recentes, tais como, faringite20 estreptocócica, febre reumática21 aguda e glomerulonefrite22 aguda. Pode-se usar uroquinase ou t-PA quando a terapia trombolítica for necessária e uma alta concentração de anticorpos18 contra estreptoquinase estiver presente ou ainda quando foi administrada recente terapia com estreptoquinase (mais que 5 dias ou menos que 12 meses previamente). Se o tempo de trombina23 ou algum outro parâmetro de fibrinólise24 após 4 horas de tratamento não for significativamente diferente do nível de controle normal, deve-se descontinuar a estreptoquinase, pois uma excessiva resistência esta presente. Além disso, se o tempo de trombina23 após 16 horas ainda estiver prolongado para mais de 4 vezes acima do nível de controle, a posologia da estreptoquinase deve ser dobrada por várias horas até que o tempo de trombina23 recue. Interações medicamentosas: uma interação benéfica foi demonstrada entre Streptase e ácido acetilsalicílico no tratamento do infarto25 agudo26 do miocárdio27. Antes de iniciar a lise28 sistêmica em longo prazo com estreptoquinase, deve-se permitir que cessem os efeitos de fármacos que agem sobre a formação ou função plaquetária (por exemplo, alopurinol, esteróides anabolizantes, androgênicos29, hormônios de tireóide, derivados do ácido propiônico, fenilbutazona, indometacina, tetraciclinas, ácido valpróico, tiouracil e sulfonamidas). Tratamento simultâneo ou prévio com anticoagulantes30 ou dextranos pode também aumentar o risco de hemorragia1. Se o paciente recebeu heparina previamente, esta deve ser descontinuada e o tempo de trombina23 ou o tempo de tromboplastina31 parcial ativada deve ser menor que o dobro do valor normal antes de iniciar a terapia trombolítica. Em pacientes previamente tratados com derivados cumarínicos, o índice de protrombina32 não deve ser menor que 50% e deve ter uma tendência à elevação antes do início da infusão com estreptoquinase.
Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Hemorragia: Saída de sangue dos vasos sanguíneos ou do coração para o exterior, para o interstício ou para cavidades pré-formadas do organismo.
2 Artérias: Os vasos que transportam sangue para fora do coração.
3 Vesical: Relativo à ou próprio da bexiga.
4 Urogenital: Na anatomia geral, é a região relativa aos órgãos genitais e urinários; geniturinário.
5 Hemorrágicas: Relativo à hemorragia, ou seja, ao escoamento de sangue para fora dos vasos sanguíneos.
6 Degeneração: 1. Ato ou efeito de degenerar (-se). 2. Perda ou alteração (no ser vivo) das qualidades de sua espécie; abastardamento. 3. Mudança para um estado pior; decaimento, declínio. 4. No sentido figurado, é o estado de depravação. 5. Degenerescência.
7 Embolia: Impactação de uma substância sólida (trombo, colesterol, vegetação, inóculo bacteriano), líquida ou gasosa (embolia gasosa) em uma região do circuito arterial com a conseqüente obstrução do fluxo e isquemia.
8 Endocardite: Inflamação aguda ou crônica do endocárdio. Ela pode estar preferencialmente localizada nas válvulas cardíacas (endocardite valvular) ou nas paredes cardíacas (endocardite parietal). Pode ter causa infecciosa ou não infecciosa.
9 Subaguda: Levemente aguda ou que apresenta sintomas pouco intensos, mas que só se atenuam muito lentamente (diz-se de afecção ou doença).
10 Doença cerebrovascular: É um dano aos vasos sangüíneos do cérebro que resulta em derrame (acidente vascular cerebral). Os vasos tornam-se obstruídos por depósitos de gordura (aterosclerose) ou tornam-se espessados ou duros bloqueando o fluxo sangüíneo para o cérebro. Quando o fluxo é interrompido, as células nervosas sofrem dano ou morrem, resultando no derrame. Pacientes com diabetes descompensado têm maiores riscos de AVC.
11 Hipertensão arterial: Aumento dos valores de pressão arterial acima dos valores considerados normais, que no adulto são de 140 milímetros de mercúrio de pressão sistólica e 85 milímetros de pressão diastólica.
12 Insuficiência renal: Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal necessita de diálise ou transplante renal.
13 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
14 Tuberculose: Doença infecciosa crônica produzida pelo bacilo de Koch (Mycobacterium tuberculosis). Produz doença pulmonar, podendo disseminar-se para qualquer outro órgão. Os sintomas de tuberculose pulmonar consistem em febre, tosse, expectoração, hemoptise, acompanhada de perda de peso e queda do estado geral. Em países em desenvolvimento (como o Brasil) aconselha-se a vacinação com uma cepa atenuada desta bactéria (vacina BCG).
15 Pancreatite: Inflamação do pâncreas. A pancreatite aguda pode ser produzida por cálculos biliares, alcoolismo, drogas, etc. Pode ser uma doença grave e fatal. Os primeiros sintomas consistem em dor abdominal, vômitos e distensão abdominal.
16 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
17 Trombótica: Relativo à trombose, ou seja, à formação ou desenvolvimento de um trombo (coágulo).
18 Anticorpos: Proteínas produzidas pelo organismo para se proteger de substâncias estranhas como bactérias ou vírus. As pessoas que têm diabetes tipo 1 produzem anticorpos que destroem as células beta produtoras de insulina do próprio organismo.
19 Infecções: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
20 Faringite: Inflamação da mucosa faríngea em geral de causa bacteriana ou viral. Caracteriza-se por dor, dificuldade para engolir e vermelhidão da mucosa, acompanhada de exsudatos ou não.
21 Febre reumática: Doença inflamatória produzida como efeito inflamatório anormal secundário a infecções repetidas por uma bactéria chamada estreptococo beta-hemolítico do grupo A. Caracteriza-se por inflamação das articulações, febre, inflamação de uma ou mais de uma estrutura cardíaca, alterações neurológicas, eritema cutâneo. Com o tratamento mais intensivo da faringite estreptocócica, a freqüência desta doença foi consideravelmente reduzida.
22 Glomerulonefrite: Inflamação do glomérulo renal, produzida por diferentes mecanismos imunológicos. Pode produzir uma lesão irreversível do funcionamento renal, causando insuficiência renal crônica.
23 Trombina: Enzima presente no plasma. Ela catalisa a conversão do fibrinogênio em fibrina, participando do processo de coagulação sanguínea.
24 Fibrinólise: Processo de dissolução progressiva da fibrina e assim do coágulo, que posteriormente à sua formação deve ser dissolvido.
25 Infarto: Morte de um tecido por irrigação sangüínea insuficiente. O exemplo mais conhecido é o infarto do miocárdio, no qual se produz a obstrução das artérias coronárias com conseqüente lesão irreversível do músculo cardíaco.
26 Agudo: Descreve algo que acontece repentinamente e por curto período de tempo. O oposto de crônico.
27 Miocárdio: Tecido muscular do CORAÇÃO. Composto de células musculares estriadas e involuntárias (MIÓCITOS CARDÍACOS) conectadas, que formam a bomba contrátil geradora do fluxo sangüíneo. Sinônimos: Músculo Cardíaco; Músculo do Coração
28 Lise: 1. Em medicina, é o declínio gradual dos sintomas de uma moléstia, especialmente de doenças agudas. Por exemplo, queda gradual de febre. 2. Afrouxamento, deslocamento, destruição de aderências de um órgão. 3. Em biologia, desintegração ou dissolução de elementos orgânicos (tecidos, células, bactérias, microrganismos) por agentes físicos, químicos ou enzimáticos.
29 Androgênicos: Relativos à androgenia e a androgênios. Androgênios são hormônios esteroides, controladores do crescimento dos órgãos sexuais masculinos. O hormônio natural masculino é a testosterona.
30 Anticoagulantes: Substâncias ou medicamentos que evitam a coagulação, especialmente do sangue.
31 Tromboplastina: Conhecida como fator tissular ou Fator III, a tromboplastina é uma substância presente nos tecidos e no interior das plaquetas. Ela tem a função de transformar a protrombina em trombina na presença de íons cálcio, atuando de maneira importante no processo de coagulação.
32 Protrombina: Proteína plasmática inativa, é a precursora da trombina e essencial para a coagulação sanguínea.

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