INDICAÇÕES STREPTASE

Atualizado em 24/05/2016
o tratamento com estreptoquinase deve ser instituído tão logo seja possível, após surgimento do evento trombótico1. É improvável que a terapia por estreptoquinase seja benéfica, se instituída mais de: 14 dias após surgimento da trombose venosa profunda2; 6 a 8 horas após surgimento da oclusão arterial central de retina3; 10 dias após surgimento da trombose4 venosa central de retina3; 6 semanas em oclusões arteriais crônicas. Trombólise5 em longo prazo: em trombólise5 em longo prazo, adultos recebem uma dose inicial de 250.000 UI de estreptoquinase por infusão intravenosa durante um período de 30 minutos, seguida por uma dose de manutenção de 100.000 UI por hora. A duração da terapia depende da resposta clínica, mas não deve exceder 12 horas para o tratamento de trombose4 dos vasos centrais da retina3 ou 5 dias em todas as outras indicações. A administração de estreptoquinase causara diminuição marcante no plasminogênio e no fibrinogênio6 e aumentos no tempo de trombina7, tempo de tromboplastina8 parcial ativada e tempo de protrombina9. Heparina não deve ser (re)instituída durante ou após infusão de estreptoquinase até que o tempo de trombina7 ou o tempo de tromboplastina8 parcial ativada tenha atingido menos que 2 ou 1,5 vezes o valor de controle normal, respectivamente (ver recomendação do fabricante para uso apropriado de heparina). Trombólise5 a curto prazo: como uma alternativa para a lise10 em longo prazo, deve ser considerada a lise10 em curto prazo com altas doses, com 1.500.000 UI de estreptoquinase por hora. Em pacientes com tromboses11 das artérias12 e veias13 periféricas pode ser administrada uma dose inicial de 250.000 UI em 30 minutos, seguida de dose de manutenção de 1.500.000 UI por hora, durante 6 horas. Se a trombólise5 não for completamente bem sucedida, o esquema de infusão de Streptase de 6 horas pode ser repetido no dia seguinte. Entretanto, repetição do tratamento não deve ser conduzida mais que 5 dias após a primeira aplicação. Heparina não deve ser (re)instituída durante ou após infusão de altas doses de estreptoquinase a curto prazo até que o tempo de trombina7 ou o tempo de tromboplastina8 parcial ativada tenham atingido menos que 2 ou 1,5 vezes o valor de controle normal, respectivamente (ver recomendação do fabricante para uso apropriado de heparina). Trombólise5 local: para aplicação intra-arterial de estreptoquinase, pacientes com trombose4 aguda, subaguda14 ou crônica ou embolia15 das arterias12 periféricas devem receber doses macicas de 1.000 a 2.000 UI de estreptoquinase, a intervalos de 3 a 5 minutos. A duração do tratamento depende do sucesso terapêutico. A dose total não deve exceder 120.000 UI de estreptoquinase. Cada aplicação da terapia de estreptoquinase local deve ser seguida de tratamento com heparina como uma proteção contra retrombose. A dose de heparina é regulada individualmente de acordo com a recomendação do fabricante. Recomenda-se profilaxia em longo prazo contra retrombose. Reconstituição e diluição: para assegurar que o conteúdo do frasco seja rápido e completamente dissolvido, 5 ml de solução fisiológica16 devem ser injetados dentro do frasco e o vácuo residual abolido afrouxando rapidamente a agulha da seringa17. Após o preparo, Streptase pode ser armazenado na temperatura de 2 a 8ºC durante 24 horas, sem perda de atividade. Para administração com bomba de infusão, solução fisiológica16, solução lactato18 de Ringer, solução de glicose19 ou frutose20 a 5% podem ser usadas como diluente. Para diluições maiores, especialmente quando uma boa estabilidade é requerida durante períodos prolongados, Haemaccel pode ser usado como diluente. - Superdosagem: reações tóxicas ou adversas relacionadas a uma superdosagem de estreptoquinase não foram descritas. Não foi provado que tanto a gravidade como a duração de complicações hemorrágicas21 sejam positivamente afetadas pelo aumento da dose de estreptoquinase. Em caso de hemorragia22 grave, a terapia com estreptoquinase deve ser interrompida. Todas as informações referentes ao manejo de complicações hemorrágicas21 estão descritas no item Reações adversas.
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Complementos

1 Trombótico: Relativo à trombose, ou seja, à formação ou desenvolvimento de um trombo (coágulo).
2 Trombose Venosa Profunda: Caracteriza-se pela formação de coágulos no interior das veias profundas da perna. O que mais chama a atenção é o edema (inchaço) e a dor, normalmente restritos a uma só perna. O edema pode se localizar apenas na panturrilha e pé ou estar mais exuberante na coxa, indicando que o trombo se localiza nas veias profundas dessa região ou mais acima da virilha. Uma de suas principais conseqüências a curto prazo é a embolia pulmonar, que pode deixar seqüelas ou mesmo levar à morte. Fatores individuais de risco são: varizes de membros inferiores, idade maior que 40 anos, obesidade, trombose prévia, uso de anticoncepcionais, terapia de reposição hormonal, entre outras.
3 Retina: Parte do olho responsável pela formação de imagens. É como uma tela onde se projetam as imagens: retém as imagens e as traduz para o cérebro através de impulsos elétricos enviados pelo nervo óptico. Possui duas partes: a retina periférica e a mácula.
4 Trombose: Formação de trombos no interior de um vaso sanguíneo. Pode ser venosa ou arterial e produz diferentes sintomas segundo os territórios afetados. A trombose de uma artéria coronariana pode produzir um infarto do miocárdio.
5 Trombólise: Nome dado ao processo usado para dissolver um coágulo que existe na corrente sanguínea.
6 Fibrinogênio: Proteína plasmática precursora da fibrina (que dá origem à fibrina) e que participa da coagulação sanguínea.
7 Trombina: Enzima presente no plasma. Ela catalisa a conversão do fibrinogênio em fibrina, participando do processo de coagulação sanguínea.
8 Tromboplastina: Conhecida como fator tissular ou Fator III, a tromboplastina é uma substância presente nos tecidos e no interior das plaquetas. Ela tem a função de transformar a protrombina em trombina na presença de íons cálcio, atuando de maneira importante no processo de coagulação.
9 Protrombina: Proteína plasmática inativa, é a precursora da trombina e essencial para a coagulação sanguínea.
10 Lise: 1. Em medicina, é o declínio gradual dos sintomas de uma moléstia, especialmente de doenças agudas. Por exemplo, queda gradual de febre. 2. Afrouxamento, deslocamento, destruição de aderências de um órgão. 3. Em biologia, desintegração ou dissolução de elementos orgânicos (tecidos, células, bactérias, microrganismos) por agentes físicos, químicos ou enzimáticos.
11 Tromboses: Formações de trombos no interior de um vaso sanguíneo. Podem ser venosas ou arteriais e produzem diferentes sintomas segundo os territórios afetados. A trombose de uma artéria coronariana pode produzir um infarto do miocárdio.
12 Artérias: Os vasos que transportam sangue para fora do coração.
13 Veias: Vasos sangüíneos que levam o sangue ao coração.
14 Subaguda: Levemente aguda ou que apresenta sintomas pouco intensos, mas que só se atenuam muito lentamente (diz-se de afecção ou doença).
15 Embolia: Impactação de uma substância sólida (trombo, colesterol, vegetação, inóculo bacteriano), líquida ou gasosa (embolia gasosa) em uma região do circuito arterial com a conseqüente obstrução do fluxo e isquemia.
16 Fisiológica: Relativo à fisiologia. A fisiologia é estudo das funções e do funcionamento normal dos seres vivos, especialmente dos processos físico-químicos que ocorrem nas células, tecidos, órgãos e sistemas dos seres vivos sadios.
17 Seringa: Dispositivo usado para injetar medicações ou outros líquidos nos tecidos do corpo. A seringa de insulina é formada por um tubo plástico com um êmbolo e uma agulha pequena na ponta.
18 Lactato: Sal ou éster do ácido láctico ou ânion dele derivado.
19 Glicose: Uma das formas mais simples de açúcar.
20 Frutose: Açúcar encontrado naturalmente em frutas e mel. A frutose encontrada em alimentos processados é derivada do milho. Contém quatro calorias por grama.
21 Hemorrágicas: Relativo à hemorragia, ou seja, ao escoamento de sangue para fora dos vasos sanguíneos.
22 Hemorragia: Saída de sangue dos vasos sanguíneos ou do coração para o exterior, para o interstício ou para cavidades pré-formadas do organismo.

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