REAÇÕES ADVERSAS CITOSTAL

Atualizado em 24/05/2016

Gastrintestinal

Náuseas1 e vômitos2 podem ocorrer cerca de 3 a 6 horas após uma dose oral e geralmente persistindo por pelo menos 24 horas. Pode se reduzir a frequência e duração desses efeitos colaterais3 através do uso de antieméticos4 antes da administração da droga e administrando a pacientes em jejum.

Toxicidade5 Hematológica

A toxicidade5 mais frequente e séria do CITOSTAL é a mielodepressão retardada. Ocorre geralmente de 4 a 6 semanas após a administração da droga e está relacionada à dose. Trombocitopenia6 ocorre cerca de 4 semanas após a administração e persiste por 1 ou 2 semanas. Leucopenia7 ocorre de 5 a 6 semanas após uma dose de CITOSTAL e persiste por 1 ou 2 semanas. Aproximadamente 65% dos pacientes recebendo 130mg/m 2  apresentam leucopenia7 abaixo de 5000 leucócitos8/mm 3  e 36% apresentam leucopenia7 abaixo de 3000 leucócitos8/mm 3 . A trombocitopenia6 é geralmente mais severa que a leucopenia7. Entretanto, ambos podem ser toxicidades limitantes a dose.
CITOSTAL pode produzir mielodepressão cumulativa, manifestada através de índices mais depressivos, ou por depressão mais prolongada após repetidas doses.
A ocorrência de leucemia9 aguda e displasias medulares tem sido registrada em pacientes em tratamento prolongado com nitrosuréias.
Anemia10 também ocorre, mas é menos frequente e grave do que a trombocitopenia6 ou a leucopenia7.


Toxicidade5 Pulmonar

A toxicidade5 pulmonar carcterizada por infiltrados pulmonares e/ou fibrose11 raramente tem sido relatada com o uso de CITOSTAL. O início da toxicidade5 ocorre após um intervalo de seis ou mais meses desde o início do tratamento com doses cumulativas de CITOSTAL geralmente maiores que 1100mg/m 2 . Há um relato de toxicidade5 pulmonar com uma dose cumulativa de somente 600mg.
Fibroses12 pulmonares de início retardado ocorrendo até 15 anos após o tratamento têm sido observados com tumores intracranianos que receberam nitrosuréias durante sua infância e início da adolescência.


Outras toxicidades

Tem sido raramente relatadas; estomatite13, alopécia14, e anemia10. As reações neurológicas tais como desorientação, letargia15, ataxia16 e disartria17 têm sido observados em alguns pacientes recebendo CITOSTAL. Entretanto não está esclarecida a relação com a medicação nesses pacientes.


Nefrotoxicidade18

Anormalidades renais constituídas de redução no tamanho dos rins19, azotemia progressiva e insuficiência renal20 têm sido relatadas em pacientes que tenham recebido altas doses cumulativas após terapia prolongada com o CITOSTAL e outras nitrosuréias. Ocasionalmente, também têm sido relatados casos de alteracões renais em pacientes recebendo doses totais inferiores.


Hepatotoxicidade21

Um tipo reversível de toxicidade5 hepática22, manifestada pelo aumento dos níveis de transaminases, fosfatase alcalina23 e bilirrubinas24 têm sido relatadas em uma pequena porcentagem de pacientes recebendo CITOSTAL.

POSOLOGIA E ADMINISTRAÇÃO


A dose recomendada de CITOSTAL em adultos e crianças é de 130mg/m 2  por via oral como dose única a cada 6 semanas. Em indivíduos com função medular comprometida, a dose deve ser reduzida a 100mg/m 2  a cada 6 semanas.

Não se deve administrar um outro ciclo de tratamento, até que ocorra a recuperação medular a níveis aceitáveis (plaquetas25 > 100.000/mm 3 ; leucócitos8 > 4.000/mm 3 ).
O hemograma deve ser monitorizado semanalmente, e novos ciclos não devem ser  repetidos antes de 6 semanas; porque a toxicidade5 hematológica é retardada e cumulativa. Doses subsequentes à dose inicial devem ser ajustadas de acordo com a resposta hematológica do paciente à dose precedente. O seguinte esquema é sugerido como guia para o ajuste da dose a ser administrada:

NADIR APÓS DOSE ANTERIOR                         PERCENTAGEM DA DOSE                                                    ANTERIOR A SER ADMI
                                               NISTRADA        


LEUCÓCITOS8             PLAQUETAS25
> 4.000                > 100.000                  100%
3.000 - 3.999          75.000 - 99.000            100%
2.000 - 2.999          25.000 - 74.999             70%
< 2.000                < 25.000                    50%

Quando CITOSTAL for usado em combinação com drogas mielodepressivas, as doses devem ser ajustadas de acordo.


Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Náuseas: Vontade de vomitar. Forma parte do mecanismo complexo do vômito e pode ser acompanhada de sudorese, sialorréia (salivação excessiva), vertigem, etc .
2 Vômitos: São a expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca. Podem ser classificados em: alimentar, fecalóide, biliar, em jato, pós-prandial. Sinônimo de êmese. Os medicamentos que agem neste sintoma são chamados de antieméticos.
3 Efeitos colaterais: 1. Ação não esperada de um medicamento. Ou seja, significa a ação sobre alguma parte do organismo diferente daquela que precisa ser tratada pelo medicamento. 2. Possível reação que pode ocorrer durante o uso do medicamento, podendo ser benéfica ou maléfica.
4 Antieméticos: Substância que evita o vômito.
5 Toxicidade: Capacidade de uma substância produzir efeitos prejudiciais ao organismo vivo.
6 Trombocitopenia: É a redução do número de plaquetas no sangue. Contrário de trombocitose. Quando a quantidade de plaquetas no sangue é inferior a 150.000/mm³, diz-se que o indivíduo apresenta trombocitopenia (ou plaquetopenia). As pessoas com trombocitopenia apresentam tendência de sofrer hemorragias.
7 Leucopenia: Redução no número de leucócitos no sangue. Os leucócitos são responsáveis pelas defesas do organismo, são os glóbulos brancos. Quando a quantidade de leucócitos no sangue é inferior a 6000 leucócitos por milímetro cúbico, diz-se que o indivíduo apresenta leucopenia.
8 Leucócitos: Células sangüíneas brancas. Compreendem tanto os leucócitos granulócitos (BASÓFILOS, EOSINÓFILOS e NEUTRÓFILOS) como os não granulócitos (LINFÓCITOS e MONÓCITOS). Sinônimos: Células Brancas do Sangue; Corpúsculos Sanguíneos Brancos; Corpúsculos Brancos Sanguíneos; Corpúsculos Brancos do Sangue; Células Sanguíneas Brancas
9 Leucemia: Doença maligna caracterizada pela proliferação anormal de elementos celulares que originam os glóbulos brancos (leucócitos). Como resultado, produz-se a substituição do tecido normal por células cancerosas, com conseqüente diminuição da capacidade imunológica, anemia, distúrbios da função plaquetária, etc.
10 Anemia: Condição na qual o número de células vermelhas do sangue está abaixo do considerado normal para a idade, resultando em menor oxigenação para as células do organismo.
11 Fibrose: 1. Aumento das fibras de um tecido. 2. Formação ou desenvolvimento de tecido conjuntivo em determinado órgão ou tecido como parte de um processo de cicatrização ou de degenerescência fibroide.
12 Fibroses: 1. Aumento das fibras de um tecido. 2. Formação ou desenvolvimento de tecido conjuntivo em determinado órgão ou tecido como parte de um processo de cicatrização ou de degenerescência fibroide.
13 Estomatite: Inflamação da mucosa oral produzida por infecção viral, bacteriana, micótica ou por doença auto-imune. É caracterizada por dor, ardor e vermelhidão da mucosa, podendo depositar-se sobre a mesma uma membrana brancacenta (leucoplasia), ou ser acompanhada de bolhas e vesículas.
14 Alopécia: Redução parcial ou total de pêlos ou cabelos em uma determinada área de pele. Ela apresenta várias causas, podendo ter evolução progressiva, resolução espontânea ou ser controlada com tratamento médico. Quando afeta todos os pêlos do corpo, é chamada de alopécia universal.
15 Letargia: Em psicopatologia, é o estado de profunda e prolongada inconsciência, semelhante ao sono profundo, do qual a pessoa pode ser despertada, mas ao qual retorna logo a seguir. Por extensão de sentido, é a incapacidade de reagir e de expressar emoções; apatia, inércia e/ou desinteresse.
16 Ataxia: Reflete uma condição de falta de coordenação dos movimentos musculares voluntários podendo afetar a força muscular e o equilíbrio de uma pessoa. É normalmente associada a uma degeneração ou bloqueio de áreas específicas do cérebro e cerebelo. É um sintoma, não uma doença específica ou um diagnóstico.
17 Disartria: Distúrbio neurológico caracterizado pela incapacidade de articular as palavras de maneira correta (dificuldade na produção de fonemas). Entre as suas principais causas estão as lesões nos nervos centrais e as doenças neuromusculares.
18 Nefrotoxicidade: É um dano nos rins causado por substâncias químicas chamadas nefrotoxinas.
19 Rins: Órgãos em forma de feijão que filtram o sangue e formam a urina. Os rins são localizados na região posterior do abdômen, um de cada lado da coluna vertebral.
20 Insuficiência renal: Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal necessita de diálise ou transplante renal.
21 Hepatotoxicidade: É um dano no fígado causado por substâncias químicas chamadas hepatotoxinas.
22 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
23 Fosfatase alcalina: É uma hidrolase, ou seja, uma enzima que possui capacidade de retirar grupos de fosfato de uma distinta gama de moléculas, tais como nucleotídeos, proteínas e alcaloides. Ela é sintetizada por diferentes órgãos e tecidos, como, por exemplo, os ossos, fígado e placenta.
24 Bilirrubinas: Pigmento amarelo que é produto da degradação da hemoglobina. Quando aumenta no sangue, acima de seus valores normais, pode produzir uma coloração amarelada da pele e mucosas, denominada icterícia. Pode estar aumentado no sangue devido a aumento da produção do mesmo (excesso de degradação de hemoglobina) ou por dificuldade de escoamento normal (por exemplo, cálculos biliares, hepatite).
25 Plaquetas: Elemento do sangue (não é uma célula porque não apresenta núcleo) produzido na medula óssea, cuja principal função é participar da coagulação do sangue através da formação de conglomerados que tamponam o escape do sangue por uma lesão em um vaso sangüíneo.

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