POSOLOGIA E FORMA DE ADMINISTRAÇÃO HEMAX - ERITRON

Atualizado em 25/05/2016

Anemia1 da insuficiência renal2 crônica: Na anemia1 da insuficiência renal2 crônica, a dose recomendada para HEMAX é de 25 a 50 U/kg, três vezes por semana, em administração intravenosa, por 1 a 2 minutos. Incrementos posteriores da dose vão depender da resposta inicial e da urgência3 em se corrigir a anemia1. Essa dose inicial poderá ser aumentada em 25 U/kg de cada vez, em intervalos de 4 semanas. Não se deve exceder a dose máxima de 200 U/kg, repetida 3 vezes por semana. Pacientes portadores de anemia1 com doença renal4 terminal (pré-diálise5) e pacientes em CAPD também podem receber HEMAX, com este esquema posológico descrito.
Quando se atinge um valor para hemoglobina6 de 10 a 12 g/dl (hematócrito7 de 30 a 35%), a dose de manutenção semanal pode ser dividida em duas ou três injeções. Fica a critério do médico o nível de hemoglobina6 que considerar mais adequando para determinado paciente. Entretanto, taxas de hemoglobina6 entre 10 e 12 g/dl têm sido bem toleradas. Os pacientes que iniciam o tratamento com níveis muito baixos de hemoglobina6 (inferiores a 6 g/dl) poderão necessitar doses de manutenção maiores do que a dos pacientes que iniciam o tratamento com hemoglobina6 acima de 8 g/dl. O esquema posológico para pacientes8 pediátricos é semelhante àquele utilizado para a população adulta. Deve-se seguir atentamente a elevação dos parâmetros hematológicos (hematócrito7 e hemoglobina6). Deve-se controlar as condições do ferro sérico, antes e durante o tratamento, e uma suplementação9 com ferro deverá ser feita, se necessário. Diminuição de resposta terapêutica10 poderá ser observada, também, em pacientes com infecção11 ou intoxicação por alumínio.

Anemia1 do câncer12/AIDS: A dose inicial recomendada para HEMAX está entre 100 a 200 U/kg, administrado por via intravenosa ou subcutânea13, três vezes por semana. Para os pacientes portadores de anemia1 associada ao câncer12 e quimioterapia14 antineoplásica deve-se esperar uma flutuação dos parâmetros hematológicos (hematócrito7 e hemoglobina6) mesmo com o uso do HEMAX, devido à progressão da moléstia de base, perdas sangüíneas e o uso de quimioterápicos mielodepressores. Para os pacientes portadores de anemia1 associada à AIDS e ao uso do AZT, espera-se uma resposta mais consistente naqueles que possuem níveis de eritropoetina15 endógena igual ou abaixo de 500 mU/ml que recebem AZT em doses iguais ou menores do que 4.200 mg por semana. O uso de HEMAX nestes grupos de pacientes (câncer12 e AIDS) eleva o hematócrito7 e a hemoglobina6 e reduz a necessidade de transfusões de sangue16. A resposta terapêutica10 ao HEMAX pode estar reduzida, em função da incidência17 de infecções18 ou atividade inflamatória. Ao se atingir 38% de hematócrito7 deve-se iniciar o tratamento de manutenção que, em geral, é feito com doses menores que a inicial, administradas duas a três vezes por semana, embora seja necessário estabelecer um esquema individual para cada condição.

Atenção:

Antes de se iniciar a terapêutica10 com HEMAX, os estoques de ferro no organismo dos pacientes devem ser analisados incluindo-se uma avaliação dos Índices de Saturação da Transferrina (Ferro sérico dividido pela Capacidade de Ligação de Ferro) e Ferritina séricas. Os índices de Saturação de Transferrina devem ser de no mínimo de 20% e a Ferritina sérica de no mínimo 100 ng/ml.
Suplemento com produtos à base de ferro podem ser necessários para aumentar ou manter os níveis de Saturação de Transferrina, que suportem de modo adequado a eritropoiese19 estimulada.

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Anemia: Condição na qual o número de células vermelhas do sangue está abaixo do considerado normal para a idade, resultando em menor oxigenação para as células do organismo.
2 Insuficiência renal: Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal necessita de diálise ou transplante renal.
3 Urgência: 1. Necessidade que requer solução imediata; pressa. 2. Situação crítica ou muito grave que tem prioridade sobre outras; emergência.
4 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
5 Diálise: Quando os rins estão muito doentes, eles deixam de realizar suas funções, o que pode levar a risco de vida. Nesta situação, é preciso substituir as funções dos rins de alguma maneira, o que pode ser feito realizando-se um transplante renal, ou através da diálise. A diálise é um tipo de tratamento que visa repor as funções dos rins, retirando as substâncias tóxicas e o excesso de água e sais minerais do organismo, estabelecendo assim uma nova situação de equilíbrio. Existem dois tipos de diálise: a hemodiálise e a diálise peritoneal.
6 Hemoglobina: Proteína encarregada de transportar o oxigênio desde os pulmões até os tecidos do corpo. Encontra-se em altas concentrações nos glóbulos vermelhos.
7 Hematócrito: Exame de laboratório que expressa a concentração de glóbulos vermelhos no sangue.
8 Para pacientes: Você pode utilizar este texto livremente com seus pacientes, inclusive alterando-o, de acordo com a sua prática e experiência. Conheça todos os materiais Para Pacientes disponíveis para auxiliar, educar e esclarecer seus pacientes, colaborando para a melhoria da relação médico-paciente, reunidos no canal Para Pacientes . As informações contidas neste texto são baseadas em uma compilação feita pela equipe médica da Centralx. Você deve checar e confirmar as informações e divulgá-las para seus pacientes de acordo com seus conhecimentos médicos.
9 Suplementação: Que serve de suplemento para suprir o que falta, que completa ou amplia.
10 Terapêutica: Terapia, tratamento de doentes.
11 Infecção: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
12 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
13 Subcutânea: Feita ou situada sob a pele; hipodérmica.
14 Quimioterapia: Método que utiliza compostos químicos, chamados quimioterápicos, no tratamento de doenças causadas por agentes biológicos. Quando aplicada ao câncer, a quimioterapia é chamada de quimioterapia antineoplásica ou quimioterapia antiblástica.
15 Eritropoetina: É uma glicoproteína que controla a eritropoiese, ou seja, a produção de células vermelhas do sangue.
16 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
17 Incidência: Medida da freqüência em que uma doença ocorre. Número de casos novos de uma doença em um certo grupo de pessoas por um certo período de tempo.
18 Infecções: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
19 Eritropoiese: Formação de hemácias.

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