INDICAÇÕES UNITINASE
Unitinase é um agente trombolítico indicado para os seguintes tratamentos: tromboembolismo1 pulmonar agudo2, tromboembolismo1 arterial ou coronariano agudos, trombose venosa profunda3, infarto4 agudo2 do miocárdio5, oclusão de artéria6 ou veia central da retina7 e para limpeza da cânula arteriovenosa e do cateter intravenoso.
- CONTRA-INDICAÇÕES:
Unitinase é contra-indicada nas situações onde a terapia trombolítica possa ocasionar a dissolução do tampão hemostático, resultando em sangramento, tais como:
*Procedimentos cirúrgicos ou traumáticos, ou ainda trauma recente;
*Probabilidade de existência de doença cérebro8-arterial, como hipertensão9 severa ou não-controlada, retinopatia hipertensiva ou diabética, história de perda de consciência recente e patologia10 cerebrovascular conhecida;
*Sangramento ativo, como diátese hemorrágica11, lesões12 ulcerativas, sangramento menstrual, gravidez13, estados pós-parto, tuberculose14 ativa e tumores;
*Probabilidade da existência de êmbolos cardíacos, como na doença da válvula mitral com fibrilação atrial, e endocardite15 bacteriana;
*Terapia recente com Unitinase, devido à incidência16 alta provocada por anticorpos17 neutralizantes.
- PRECAUÇÕES GERAIS:
Unitinase deve ser administrada com prudência e a relação risco-benefício deve ser constantemente avaliada em situações clínicas como: reações alérgicas, qualquer condição onde haja risco de hemorragia18 ou esta já exista, doenças cerebrovasculares, coagulação19 anormal devido à doenças hepáticas20 ou renais, gravidez13, aborto ou parto recentes, úlceras21 ou lesões12 gastrintestinais, hipertensão9, e infecções22 estreptocócicas.
Unitinase não deve ser administrada por via intramuscular.
A terapia trombolítica deve ser realizada somente em hospitais, sob rigorosa supervisão médica e com pessoal treinado para desempenhar técnicas de diagnóstico23 e monitoramento específicos.
A terapia deve ser instaurada o mais precocemente possível, após os primeiros sintomas24 clínicos, visto que a resistência à lise25 aumenta com a idade do trombo26.
Deve-se suspender imediatamente a terapia quando a hemorragia18 não puder ser controlada por pressão local.
Para minimizar o risco de hemorragia18, durante este tipo de terapia, o paciente deverá estar na cama, sob repouso absoluto, evitando-se todo movimento, manipulação, procedimentos invasores (biópsias27) ou injeção intramuscular28 que não sejam essenciais.
A relação risco-benefício deve ser constantemente avaliada, dado o mecanismo de ação deste medicamento, particularmente, nas condições onde a hemorragia18 constitua um risco significativo ou se torne de difícil manejo.
Uso na gravidez13 e lactação29:
A segurança do uso de Unitinase, durante a gravidez13, não foi ainda estabelecida e, conseqüentemente, sua administração não é recomendada. No entanto, foram obtidos resultados satisfatórios em alguns estudos envolvendo mulheres grávidas, que toleraram as doses usuais de Unitinase, sem induzir um estado fibrinolítico sistêmico30 no feto31.
Para evitar o deslocamento prematuro da placenta, Unitinase não deve ser administrada durante as primeiras 18 semanas de gestação, e seu uso, durante o resto da gravidez13, deve ser criteriosamente avaliado, somente sendo administrada se realmente necessário.
Até o momento, não se sabe se Unitinase é excretada no leite e quais os seus possíveis efeitos sobre o lactente32. Portanto, este medicamento é contra-indicado à lactantes33.
Uso em crianças:
A segurança e eficácia do uso de Unitinase em crianças ainda não foram estabelecidas.
Uso em idosos:
Unitinase deve ser cuidadosamente administrada em idosos, já que pacientes com idade igual ou superior a 75 anos podem apresentar um risco maior de hemorragia18 cerebral, durante o tratamento com este medicamento.
- INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:
O uso concomitante de antifibrinolíticos34 com Unitinase causa inibição do efeito desejado.
Unitinase, quando administrada juntamente com anti-hipertensivos, pode provocar um aumento da hipotensão35.
O risco de hemorragia18 aumenta, se Unitinase for utilizada em conjunto com anticoagulantes36, especialmente, heparina e derivados cumarínicos, e com inibidores de agregação plaquetária, como alopurinol, esteróides anabolizantes, androgênicos37, hormônios de tireóide, derivados do ácido propiônico, fenilbutazona, indometacina, tetraciclinas, ácido valpróico, tiouracil e sulfonamidas.
A interação entre Unitinase e o ácido acetilsalicílico tem se mostrado benéfica, proporcionando um efeito aditivo à terapia trombolítica e reduzindo, dessa forma, o índice de mortalidade38 no infarto4 agudo2 do miocárdio5.
Exames laboratoriais:
O tratamento com Unitinase pode causar interferência nos resultados de análises laboratoriais, como, por exemplo, resultados irreais em testes de coagulação19 e fibrinólise39 sistêmica, concentrações de plasminogênio e fibrinogênio40 diminuídas, aumento da concentração de produtos de degradação de fibrinogênio40 e fibrina41, e redução do hematócrito42.
Além destas interferências, relatam-se, ainda, o aumento dos tempos de trombina43, tromboplastina44 parcialmente ativada e protrombina45, os quais se normalizam em 12 a 24 horas.
- REAÇÕES ADVERSAS:
Em casos raros, foram observadas reações anafiláticas46 as quais foram contornadas com o uso de epinefrina por via intravenosa, após a suspensão da dose de Unitinase.
Podem ocorrer febre47 e calafrios48, sintomas24 gastrintestinais, dores músculo-esqueléticas, sangramento em sítios cirúrgicos ou de punção, assim como um aumento do fluxo menstrual, se existente.
Foram relatadas hemorragias49 internas envolvendo localizações gastrintestinais, geniturinárias ou retroperitoneais e, também, casos de hemorragia18 intracerebral em conexão com o tratamento do infarto do miocárdio50. Se tais sangramentos se tornarem severos, a terapia deve ser interrompida.
As reações alérgicas relatadas ocorreram com baixa freqüência e se resumem em rubor, urticária51, erupções cutâneas52 e dispnéia53.
A diminuição da pressão arterial54 (hipotensão35), quando ocorrer, pode ser controlada com a diminuição da velocidade de infusão.
- POSOLOGIA:
Infarto4 agudo2 do miocárdio5:
*Infusão intravenosa: 1.500.000U.I. de Unitinase em 100mL de solução fisiológica55 salina ou solução de glicose56 sendo administrada de 30 a 60 minutos.
*Infusão intracoronariana: 25.000 a 50.000U.I. de Unitinase em 100mL de solução fisiológica55 salina ou solução de glicose56 sendo administrada de 30 a 60 minutos.
O tratamento deve se iniciar, preferivelmente, durante as primeiras 24 horas, logo após o aparecimento dos primeiros sintomas24 para diminuir-se o risco de vida do paciente.
Trombose venosa profunda3, embolia57 pulmonar, trombose58 ou embolia57 arterial:
A dose apropriada como dose inicial padrão é de 250.000U.I. de Unitinase em 100 a 300mL de solução fisiológica55 salina ou solução de glicose56 administrada por infusão em veia periférica, durante 30 minutos.
Em seguida, administra-se uma infusão de Unitinase de 100.000U.I./hora como dose de manutenção por 3 dias. Porém, se não aparecerem os sinais59 de melhora após este período de terapia, o tratamento deverá ser interrompido. Mas, se considerado necessário, o tratamento pode continuar por mais 1 a 3 dias. Recomenda-se que a infusão de manutenção de Unitinase seja iniciada em um volume apropriado de diluente (ex.: 1.200.000U.I. de Unitinase em 500mL de solução salina ou glicosada) por 12 horas.
Aplicação local em cânulas obstruídas:
Diluir 100.000U.I. de Unitinase em 100mL de solução salina normal. Administrar de 10.000 a 25.000U.I. (10 a 25mL) na porção coagulada da cânula, fechando-se o lado venoso com fórceps. Fixar, no lado arterial, uma seringa60 estéril, de dose única, a fim de formar uma almofada de ar contra a pulsação desta artéria6. Se necessário, o tratamento poderá ser repetido após 30 a 45 minutos.