POSOLOGIA E ADMINISTRAÇÃO VEPESID

Atualizado em 25/05/2016

A dose oral habitual de  VEPESID®  é de 100-200 mg/m 2 /dia, nos dias 1 a 5, ou 200 mg/m 2 /dia, nos dias 1, 3 e 5, a cada 3 a 4 semanas em combinação com outras drogas aprovadas para uso na doença a ser tratada. A dose de  VEPESID®  cápsulas está baseada na dose intravenosa recomendada, considerando-se a biodisponibilidade dependente da dose  de   VEPESID®  cápsulas. Uma dose oral de 100 mg seria comparável a uma dose de 75 mg por via intravenosa; uma dose oral de 400 mg seria comparável a uma dose de 200 mg por via intravenosa. A biodisponibilidade também varia de paciente para paciente1 após qualquer dose oral. Isto deve ser levado em consideração ao se prescrever este medicamento. Em vista da  variabilidade intra paciente significativa, o ajuste de dose pode ser necessário para atingir o efeito terapêutico desejado.
A dose deverá ser modificada em função dos efeitos mielodepressores de outras drogas administradas em associação ou dos efeitos de radioterapia2 prévia ou quimioterapia3, que possam ter comprometido a reserva medular.

Um esquema posológico alternativo de  VEPESID  cápsulas consiste em 50 mg/m 2  por dia durante 2 a 3 semanas, com a repetição dos ciclos após um intervalo de uma semana ou mediante a recuperação da mielodepressão.

Doses diárias superiores a 200 mg devem ser administradas em doses divididas (duas vezes ao dia).

AS CÁPSULAS DEVEM SER ADMINISTRADAS COM O ESTÔMAGO4 VAZIO.


Insuficiência renal5:

Em pacientes com função renal6 prejudicada, a seguinte modificação da dose inicial deve ser considerada, baseada na medida do  clearance  de creatinina7:

  Medida do Clearance da Creatinina7    Dose de Etoposido    
> 50 ml/min    100% da dose
15-50 ml/min    75% da dose
           
As doses subseqüentes devem ser baseadas na tolerância do paciente e nos efeitos clínicos. Não há dados disponíveis em pacientes com  clearance  de creatinina7 < 15 ml/min, e redução adicional da dose deve ser considerada nesses pacientes.

Procedimentos adequados para manusear e descartar drogas anti câncer8 devem ser seguidos. (1-7)

- SUPERDOSE

DOSES TOTAIS DE 2,4 g/m 2  A 3,5 g/m 2  ADMINISTRADAS INTRAVENOSAMENTE POR TRÊS DIAS RESULTARAM EM MUCOSITE9 GRAVE E MIELOTOXICIDADE.
ACIDOSE METABÓLICA10 E CASOS DE TOXICIDADE11 HEPÁTICA12 GRAVE FORAM RELATADAS EM PACIENTES QUE RECEBERAM DOSES INTRAVENOSAS DE ETOPOSIDO MAIS ALTAS QUE AS RECOMENDADAS.

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Para paciente: Você pode utilizar este texto livremente com seus pacientes, inclusive alterando-o, de acordo com a sua prática e experiência. Conheça todos os materiais Para Paciente disponíveis para auxiliar, educar e esclarecer seus pacientes, colaborando para a melhoria da relação médico-paciente, reunidos no canal Para Pacientes . As informações contidas neste texto são baseadas em uma compilação feita pela equipe médica da Centralx. Você deve checar e confirmar as informações e divulgá-las para seus pacientes de acordo com seus conhecimentos médicos.
2 Radioterapia: Método que utiliza diversos tipos de radiação ionizante para tratamento de doenças oncológicas.
3 Quimioterapia: Método que utiliza compostos químicos, chamados quimioterápicos, no tratamento de doenças causadas por agentes biológicos. Quando aplicada ao câncer, a quimioterapia é chamada de quimioterapia antineoplásica ou quimioterapia antiblástica.
4 Estômago: Órgão da digestão, localizado no quadrante superior esquerdo do abdome, entre o final do ESÔFAGO e o início do DUODENO.
5 Insuficiência renal: Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal necessita de diálise ou transplante renal.
6 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
7 Creatinina: Produto residual das proteínas da dieta e dos músculos do corpo. É excretada do organismo pelos rins. Uma vez que as doenças renais progridem, o nível de creatinina aumenta no sangue.
8 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
9 Mucosite: Inflamação de uma membrana mucosa, produzida por uma infecção ou lesão secundária à radioterapia, quimioterapia, carências nutricionais, etc.
10 Acidose metabólica: A acidose metabólica é uma acidez excessiva do sangue caracterizada por uma concentração anormalmente baixa de bicarbonato no sangue. Quando um aumento do ácido ultrapassa o sistema tampão de amortecimento do pH do organismo, o sangue pode acidificar-se. Quando o pH do sangue diminui, a respiração torna-se mais profunda e mais rápida, porque o corpo tenta liberar o excesso de ácido diminuindo o volume do anidrido carbônico. Os rins também tentam compensá-lo por meio da excreção de uma maior quantidade de ácido na urina. Contudo, ambos os mecanismos podem ser ultrapassados se o corpo continuar a produzir excesso de ácido, o que conduz a uma acidose grave e ao coma. A gasometria arterial é essencial para o seu diagnóstico. O pH está baixo (menor que 7,35) e os níveis de bicarbonato estão diminuídos (<24 mmol/l). Devido à compensação respiratória (hiperventilação), o dióxido de carbono está diminuído e o oxigênio está aumentado.
11 Toxicidade: Capacidade de uma substância produzir efeitos prejudiciais ao organismo vivo.
12 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.

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