POSOLOGIA VALIUM INJETÁVEL

Atualizado em 25/05/2016

Para se obter efeito ótimo, a posologia deve ser individualizada. As doses usuais diárias recomendadas a seguir preenchem as necessidades da maioria dos pacientes, embora existam casos que necessitem doses mais elevadas.

As doses parenterais recomendadas para adultos e adolescentes variam de 2 a 20 mg i.m. ou i.v., dependendo do peso corporal, indicação e gravidade dos sintomas1. Em algumas indicações
(tétano2, por exemplo) podem ser necessárias doses mais elevadas.

A administração intravenosa de Valium® deve ser sempre lenta (0,5 - 1 ml/ minuto), pois a administração excessivamente rápida pode provocar apnéia3; instrumental de reanimação deve
estar disponível para qualquer eventualidade.

Instruções posológicas especiais

Anestesiologia

 Pré-medicação: 10 - 20 mg i.m. (crianças: 0,1 - 0,2 mg/kg), uma hora antes da indução
anestésica.

 Indução anestésica: 0,2 - 0,5 mg/kg i.v.

 Sedação4 basal antes de procedimentos terapêuticos, diagnósticos ou intervenções: 10-30 mg i.v. (crianças: 0,1- 0,2 mg/kg).

O melhor método para adaptar a posologia às necessidades de cada paciente consiste em se
administrar dose inicial de 5 mg (1 ml), ou 0,1 mg/ kg, e doses subsequentes de 2,5 mg a cada 30
segundos (ou 0,05 mg/kg) até que haja oclusão palpebral.

Ginecologia e Obstetrícia

Eclâmpsia5: durante a crise convulsiva: 10-20 mg i.v.; doses adicionais segundo as necessidades,
por via i.v. ou gota6/gota6 (até 100 mg/ 24 horas). (Com respeito à relação risco/benefício, veja o
item "Indicações").

Tétano2: 0,1 - 0,3 mg/kg i.v. a intervalos de 1 - 4 horas ou gota6/gota6 (3 - 4 mg/kg/24 horas);
simultaneamente a mesma dose pode ser administrada por sonda nasogástrica7.

Estado de Mal Epiléptico: 0,15 - 0,25 mg/kg/i.v. (eventualmente gota6/gota6). Repetir, se
necessário, após 10-15 minutos. Dose máxima: 3 mg/kg/ 24 horas.

Estados de excitação: Ansiedade aguda, agitação motora, delirium tremens8: dose inicial de
0,1-0,2 mg/kg/i.v. Repetir a intervalos de 8 horas até o desaparecimento dos sintomas1 agudos; a
seguir, prosseguir o tratamento por via oral.

Atenção: Administrar a solução injetável separadamente pois ela é incompatível com as soluções aquosas de outros medicamentos (precipitação do princípio ativo).

Perfusão: O Valium® permanece estável em solução de glicose9 a 5% ou 10% ou em solução
isotônica10 de cloreto de sódio, desde que se misture rapidamente o conteúdo das ampolas
(máximo 4 ml) ao volume total de soluto (mínimo 250 ml), utilizando a mistura após o preparo.

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
2 Tétano: Toxinfecção produzida por uma bactéria chamada Clostridium tetani. Esta, ao infectar uma ferida cutânea, produz uma toxina (tetanospasmina) altamente nociva para o sistema nervoso que produz espasmos e paralisia dos nervos afetados. Pode ser fatal. Existe vacina contra o tétano (antitetânica) que deve ser tomada sempre que acontecer um traumatismo em que se suspeita da contaminação por esta bactéria. Se a contaminação for confirmada, ou se a pessoa nunca recebeu uma dose da vacina anteriormente, pode ser necessário administrar anticorpos exógenos (de soro de cavalo) contra esta toxina.
3 Apnéia: É uma parada respiratória provocada pelo colabamento total das paredes da faringe que ocorre principalmente enquanto a pessoa está dormindo e roncando. No adulto, considera-se apnéia após 10 segundos de parada respiratória. Como a criança tem uma reserva menor, às vezes, depois de dois ou três segundos, o sangue já se empobrece de oxigênio.
4 Sedação: 1. Ato ou efeito de sedar. 2. Aplicação de sedativo visando aliviar sensação física, por exemplo, de dor. 3. Diminuição de irritabilidade, de nervosismo, como efeito de sedativo. 4. Moderação de hiperatividade orgânica.
5 Eclâmpsia: Ocorre quando a mulher com pré-eclâmpsia grave apresenta covulsão ou entra em coma. As convulsões ocorrem porque a pressão sobe muito e, em decorrência disso, diminui o fluxo de sangue que vai para o cérebro.
6 Gota: 1. Distúrbio metabólico produzido pelo aumento na concentração de ácido úrico no sangue. Manifesta-se pela formação de cálculos renais, inflamação articular e depósito de cristais de ácido úrico no tecido celular subcutâneo. A inflamação articular é muito dolorosa e ataca em crises. 2. Pingo de qualquer líquido.
7 Sonda nasogástrica: Equipamento de uso médico que pode servir tanto para alimentar pacientes que não conseguem realizar a deglutição, como para drenar líquidos do estômago (em casos de intoxicação ou cirurgias, por exemplo). A sonda é um equipamento que consiste basicamente em um tubo com duas aberturas para comunicação entre o interior e o exterior do corpo do paciente.
8 Delirium tremens: Variedade de delírio associado ao consumo ou abstinência de álcool.
9 Glicose: Uma das formas mais simples de açúcar.
10 Isotônica: Relativo à ou pertencente à ação muscular que ocorre com uma contração normal. Em química, significa a igualdade de pressão entre duas soluções.

Pergunte diretamente a um especialista

Sua pergunta será enviada aos especialistas do CatalogoMed, veja as dúvidas já respondidas.