PRECAUÇÕES E ADVERTÊNCIAS AMARYL

Atualizado em 25/05/2016

Dieta adequada, exercícios físicos suficientes e regulares e, se necessário, redução do peso corporal são tão importantes quanto o uso regular de AMARYL para que se obtenha um controle adequado da glicemia1. Sinais2 clínicos da hiperglicemia3: poliúria4, polidpsia, secura da boca5 e pele6 ressecada. O paciente deve informar imediatamente ao médico quando de qualquer reação do tipo hipoglicêmico. Durante as primeiras semanas de tratamento, o risco da ocorrência de hipoglicemia7 pode estar aumentado e necessitar de monitorização cuidadosa. Fatores que favorecem a hipoglicemia7 incluem: indisposição ou (mais comum em pacientes idosos) incapacidade do paciente de cooperar, desnutrição8, alteração na dieta, desequilíbrio entre o esforço físico e a ingestão de carboidratos, consumo de álcool, função renal9 comprometida, descompensação hormonal, insuficiência hepática10, superdosagem com AMARYI. e associação medicamentosa. Quando estes fatores estiverem presentes, pode ser necessário um ajuste de posologia de AMARYL ou de toda a terapia. Isto também se aplica quando da ocorrência de outra doença durante o tratamento ou de mudanças no estilo de vida do paciente. Aquelas sintomas11 de hipoglicemia7 que refletem a contra-regulação adrenérgica do organismo (ver reações  adversas) podem ser mais leves ou ausentes quando a hipoglicemia7 desenvolver-se de forma gradual, por exemplo, quando da idade avançada, quando houver uma neuropatia autonômica12 ou quando o paciente estiver recebendo tratamento simultâneo com betabloqueadores, clonidina, reserpina, guanetidina e outros fármacos simpaticolíticos. A hipoglicemia7. pode ser prontamente corrigida por administração de carboidratos (glicose13 ou açúcar14, por exemplo, sob forma de açúcar14 puro, suco de frutas ou chá adoçados). Para este propósito, os pacientes devem carregar consigo um mínimo de 20 g de glicose13 e podem necessitar de ajuda de outras pessoas para evitar complicações. Adoçantes artificiais não são efetivos no controle da hipoglicemia7. É conhecido por meio de outras sulfoniluréias15 que, apesar de obter-se sucesso nas medidas iniciais, a hipoglicemia7 pode ocorrer novamente. Portanto é necessário observação constante. Hipoglicemia7 severa requer tratamento imediato, acompanhamento pelo médico e, em algumas circunstâncias, o paciente deve ser hospitalizado. Se o paciente for tratado por diferentes médicos (p. ex.: internação, após um acidente, enfermidade durante as férias etc.), o mesmo deverá informá-los de sua condição diabética e do tratamento prévio. Sob condições excepcionais de estresse (como trauma, cirurgia, infecções16 febris) pode ocorrer uma desregulação do nível de açúcar14 no sangue17, fazendo-se necessário substituir o hipoglicemiante18 oral pela insulina19 a fim da manter um adequado controle metabólico. Durante o tratamento com AMARYL, devem ser realizadas as determinações periódicas dos níveis de glicemia1 e glicosúria20, juntamente medindo-se a proporção de hemoglobina glicosilada21, possivelmente de fructosamina. Pode ocorrer diminuição de estado de alerta do paciente, conseqüente à hipo ou hiperglicemia3, especialmente no início ou após alterações no tratamento ou quando AMARYL não for administrado regularmente, afetando, por exemplo, a habilidade de conduzir veículos ou operar máquinas.

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Glicemia: Valor de concentração da glicose do sangue. Seus valores normais oscilam entre 70 e 110 miligramas por decilitro de sangue (mg/dl).
2 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
3 Hiperglicemia: Excesso de glicose no sangue. Hiperglicemia de jejum é o nível de glicose acima dos níveis considerados normais após jejum de 8 horas. Hiperglicemia pós-prandial acima de níveis considerados normais após 1 ou 2 horas após alimentação.
4 Poliúria: Diurese excessiva, pode ser um sinal de diabetes.
5 Boca: Cavidade oral ovalada (localizada no ápice do trato digestivo) composta de duas partes
6 Pele: Camada externa do corpo, que o protege do meio ambiente. Composta por DERME e EPIDERME.
7 Hipoglicemia: Condição que ocorre quando há uma queda excessiva nos níveis de glicose, freqüentemente abaixo de 70 mg/dL, com aparecimento rápido de sintomas. Os sinais de hipoglicemia são: fome, fadiga, tremores, tontura, taquicardia, sudorese, palidez, pele fria e úmida, visão turva e confusão mental. Se não for tratada, pode levar ao coma. É tratada com o consumo de alimentos ricos em carboidratos como pastilhas ou sucos com glicose. Pode também ser tratada com uma injeção de glucagon caso a pessoa esteja inconsciente ou incapaz de engolir. Também chamada de reação à insulina.
8 Desnutrição: Estado carencial produzido por ingestão insuficiente de calorias, proteínas ou ambos. Manifesta-se por distúrbios do desenvolvimento (na infância), atrofia de tecidos músculo-esqueléticos e caquexia.
9 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
10 Insuficiência hepática: Deterioração grave da função hepática. Pode ser decorrente de hepatite viral, cirrose e hepatopatia alcoólica (lesão hepática devido ao consumo de álcool) ou medicamentosa (causada por medicamentos como, por exemplo, o acetaminofeno). Para que uma insuficiência hepática ocorra, deve haver uma lesão de grande porção do fígado.
11 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
12 Neuropatia autonômica: Tipo de neuropatia que afeta pulmões, coração, estômago, intestino, bexiga e órgãos genitais.
13 Glicose: Uma das formas mais simples de açúcar.
14 Açúcar: 1. Classe de carboidratos com sabor adocicado, incluindo glicose, frutose e sacarose. 2. Termo usado para se referir à glicemia sangüínea.
15 Sulfoniluréias: Classe de medicamentos orais para tratar o diabetes tipo 2 que reduz a glicemia por ajudar o pâncreas a fabricar mais insulina e o organismo a usar melhor a insulina produzida.
16 Infecções: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
17 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
18 Hipoglicemiante: Medicamento que contribui para manter a glicose sangüínea dentro dos limites normais, sendo capaz de diminuir níveis de glicose previamente elevados.
19 Insulina: Hormônio que ajuda o organismo a usar glicose como energia. As células-beta do pâncreas produzem insulina. Quando o organismo não pode produzir insulna em quantidade suficiente, ela é usada por injeções ou bomba de insulina.
20 Glicosúria: Presença de glicose na urina.
21 Hemoglobina glicosilada: Hemoglobina glicada, hemoglobina glicosilada, glico-hemoglobina ou HbA1C e, mais recentemente, apenas como A1C é uma ferramenta de diagnóstico na avaliação do controle glicêmico em pacientes diabéticos. Atualmente, a manutenção do nível de A1C abaixo de 7% é considerada um dos principais objetivos do controle glicêmico de pacientes diabéticos. Algumas sociedades médicas adotam metas terapêuticas mais rígidas de 6,5% para os valores de A1C.

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