PRECAUÇÕES PSIQUIAL
Ansiedade e insônia
Ansiedade, nervosismo e insônia foram relatados por 10 a 15% dos pacientes tratados com o cloridrato de fluoxetina. Estes sintomas1 acarretaram interrupção do tratamento em 5% dos pacientes.
Alteração do apetite e peso
Anorexia2 e perda de peso significante podem ser efeitos indesejáveis no tratamento com cloridrato de fluoxetina.
Ativação de mania/hipomania
Durante os testes de pré-marketing, hipomania ou mania ocorreram em aproximadamente 1% dos pacientes tratados com fluoxetina. A ativação de mania/hipomania foi também relatada em uma pequena porção de pacientes com doença afetiva maior tratada com outros antidepressivos.
Convulsões
O cloridrato de fluoxetina deve ser administrado com cuidado a pacientes com história de convulsões.
Suicídio:
A possibilidade de uma tentativa de suicídio é inerente na depressão e pode persistir até que ocorra remissão significativa. Uma supervisão constante aos pacientes de alto risco deverá ser feita no início do tratamento com o produto. As prescrições para a fluoxetina devem ser feitas na menor quantidade de comprimidos, para diminuir o risco de superdosagem.
Uso em pacientes com doenças concomitantes
São limitadas as experiências clínicas com a fluoxetina em pacientes com doenças sistêmicas concomitantes. É aconselhável precaução no uso da fluoxetina em pacientes com doenças ou condições que possam afetar o metabolismo3 ou respostas hemodinâmicas.
A fluoxetina não foi avaliada ou usada em pacientes com história recente de infarto do miocárdio4 ou doença cardíaca instável.
Em pacientes com cirrose5 hepática6, os clearances da fluoxetina e do seu metabólito7 ativo, a norfluoxetina, foram diminuídos, aumentando, portanto, as meias-vidas dessas substâncias. Uma dose menor ou menos freqüente deve ser usada em pacientes com cirrose5.
Desde que a fluoxetina é quase totalmente metabolizada, a sua excreção inalterada na urina8 é muito pequena. Portanto, até que um número adequado de pacientes com insuficiência renal9 grave seja avaliado, durante um tratamento prolongado com fluoxetina, esta deverá ser usada com cuidado em tais pacientes.
Em pacientes com diabetes10, a fluoxetina pode alterar o controle da glicemia11. Ocorreu hipoglicemia12 durante a terapia com a fluoxetina e hiperglicemia13 após a suspensão do medicamento. Como acontece com muitos tipos de medicamentos quando administrado a pacientes diabéticos, a dose de insulina14 e/ou hipoglicemiantes orais15 deve ser ajustada, quando for instituído o tratamento com a fluoxetina e após sua suspensão.
Interferência com o desempenho cognitivo16 e motor
Qualquer droga psicoativa pode prejudicar o julgamento, pensamento ou ação e os pacientes devem ser alertados quanto a operar máquinas e dirigir automóveis, até que tenham certeza de que seu desempenho não foi afetado.
Gravidez17 - efeitos teratogênicos18
Não há estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas. Já que os estudos de reprodução19 animal, nem sempre predizem a resposta humana, esse medicamento não deve ser usado durante a gravidez17, a não ser que seja extremamente necessário.
Lactantes20
Devido a muitas drogas serem excretadas no leite humano, deve-se ter cuidado quando a fluoxetina for administrado a mulheres que estão amamentando.
Uso pediátrico
A segurança e eficácia da droga em crianças não foram estabelecidas.
Uso geriátrico
Centenas de pacientes idosos têm participado em estudos clínicos com a fluoxetina e não houve aparecimento de reações adversas relacionadas com a idade. Entretanto esses dados são insuficientes para determinar diferenças relacionadas com a idade durante o tratamento prolongado, particularmente em pacientes idosos que têm doenças sistêmicas concomitantes ou estão recebendo outras drogas.
Hiponatremia21
Foram relatados diversos casos de hiponatremia21 (alguns com sódio sérico abaixo de 110 mmol/l22). A hiponatremia21 parece ser reversível com a interrupção da fluoxetina. Apesar da complexidade desses casos, com várias etiologias possíveis, alguns foram possivelmente devidos à síndrome23 de secreção inapropriada do hormônio24 antidiurético (SSIHA). A maioria desses casos ocorreu em pacientes idosos e em pacientes que estavam tomando diuréticos25 ou com depleção26 de líquidos.
Função plaquetária
Houve raros relatos de alteração da função plaquetária e/ou resultados anormais de estudos laboratoriais em pacientes recebendo fluoxetina.
Apesar de ter havido relatos de sangramento anormal em vários pacientes tomando fluoxetina, não ficou evidente a relação causal com a fluoxetina.
Interações medicamentosas
Triptofano
Cinco pacientes que estavam recebendo a fluoxetina em combinação com triptofano tiveram reações adversas, incluindo agitação, desassossego e distúrbio gastrintestinal.
Inibidores da monoamina-oxidase
(Ver contra-indicações)
Outros antidepressivos
Houve aumento de duas vezes nos níveis plasmáticos estáveis de outros antidepressivos quando a fluoxetina foi administrado em combinação com essas drogas .
Lítio
Houve relatos de aumento e diminuição dos níveis de lítio quando usado concomitantemente com a fluoxetina. Casos de toxicidade27 com lítio foram relatados. Os níveis de lítio devem ser monitorados quando administrados concomitantemente com a fluoxetina.
Clearance do diazepam
A meia-vida de diazepam administrado concomitantemente pode ser prolongada em alguns pacientes .
Efeitos potenciais da co-administração de drogas altamente ligáveis às proteínas28 do plasma29
Devido a fluoxetina estar firmemente ligada à proteína do plasma29, a administração de fluoxetina a um paciente que esteja tomando outra droga que também se ligue firmemente à proteína (ex: warfarina, digitoxina) pode causar uma mudança nas concentrações plasmáticas, resultando potencialmente em uma reação adversa.
Drogas ativas no sistema nervoso central30
O risco de usar a fluoxetina em combinação com outras drogas ativas no sistema nervoso central30 não foi sistematicamente avaliado.
Tratamento eletroconvulsivo
Não há estudos clínicos estabelecendo o benefício do uso combinado do tratamento eletroconvulsivo e fluoxetina. Houve raros relatos de convulsões prolongadas em pacientes usando a fluoxetina e que receberam tratamento eletroconvulsivo.