PRECAUÇÕES ZELIX

Atualizado em 25/05/2016

Gravidez1 e lactação2: O Fluconazol é encontrado no leite materno em concentrações similares à do plasma3 logo, não deve ser prescrito para mulheres que estejam amamentando. Devido a sua possível ação teratogênica4 (observada em ratos tratados com altas doses), o Fluconazol não deve ser prescrito para mulheres grávidas.
Infância e adolescência: Apesar de já existirem trabalhos do uso de Fluconazol em crianças sua utilização não está completamente esclarecida, logo sua prescrição em crianças menores de 16 anos, assim como neonatos5, deve ser criteriosamente feita pelo médico.
Hepatopatas: Devido a metabolização hepática6 do Fluconazol ser mínima, não há necessidade de correção da dose em pacientes com qualquer grau de hepatopatias. Nefropatas: Devido a sua eliminação ser quase que exclusivamente renal7, deve-se conhecer a função renal7 dos pacientes que serão submetidos a tratamentos longos com Fluconazol. Como de regra, pode-se considerar que tratamentos com dose única ou profilática mensal, não necessitem de correção da dose. Em tratamentos mais prolongados, com uso semanal ou diário, aconselha-se a redução de 50% da dose ou a duplicação do intervalo de administração em pacientes com depuração de creatinina8 entre 21 a 50 ml/ min. Em pacientes com depuração de creatinina8 entre 11 e 20 ml/ min o intervalo entre as administrações deve ser quadruplicado ou a dose reduzida a ¼ . Para pacientes9 em esquema de diálise10 deve-se administrar uma dose total no final do procedimento de diálise10.  

- INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:
Devido a sua baixa metabolização hepática6, ZELIX (Fluconazol) apresenta pouca interação medicamentosa. Estudos de interações têm demonstrado que quando o Fluconazol é administrado concomitantemente à alimentos, cimetidina, antiácidos11, ou após irradiação corporal total devido a transplante de medula óssea12, não ocorre alteração clinicamente significante dele. Entre as drogas que podem ocorrer interação medicamentosa tem-se: Varfarina: Observou-se o aumento no tempo de protrombina13 em pacientes que fizeram uso concomitante de Varfarina e Fluconazol, este aumento manteve-se entre 10 à 13 %. Aconselha-se o acompanhamento do tempo de protrombina13 nos pacientes que estão fazendo uso crônico14 destes produtos. Fenitoína: A interação entre Fenitoína e Fluconazol não está totalmente estabelecida, acredita-se que os níveis de Fenitoína aumentam em até 75% nos pacientes fazendo uso crônico14 de Fluconazol, portanto, aconselha-se a monitorização dos níveis séricos de Fenitoína em pacientes onde há necessidade desta associação. Teofilina: Observa-se um aumento dos níveis séricos de Teofilinas em pacientes usando Fluconazol cronicamente, devido a uma dimuinuição da depuração de Teofilina que sofre uma redução em torno de 18%, logo, a possibilidade de intoxicação por Teofilina deve ser considerada. Anticoncepcionais orais: O Fluconazol aumenta os níveis séricos dos estrógenos e progestágenos dos anticoncepcionais, porém, este aumento não interfere na eficácia dos anticoncepcionais. O aumento dos níveis de etinil-estradiol e levonorgestrel apresentam-se em torno de 40 e 24%, respectivamente, associados a doses de 200 mg de fluconazol. Sulfoniluréias15: Observa-se o aumento da meia-vida plasmática de sulfoniluréias15 orais administradas concomitantemente (clorpropamida16, glibenclamida, glipizídeos e tolbutamida) em voluntários normais. Fluconazol e sulfoniluréias15 orais podem ser coadministradas em pacientes diabéticos, porém, a possibilidade de episódios de hipoglicemia17 deve ser considerada. Rifampicina: A administração de fluconazol concomitantemente à rifampicina resulta em uma redução de 25% a 30% na meia-vida de fluconazol. Hidroclortiazida: Administrada em voluntários normais, que estavam recebendo Fluconazol, gerou um aumento na concentração plasmática desta última droga em 40%. Este aumento dos níveis de fluconazol não interferiu na sua ação e efeitos colaterais18, porém, este fato deve ser considerado em pacientes que irão fazer uso crônico14 de ZELIX (Fluconazol).  

- REAÇÕES ADVERSAS:
O Fluconazol é muito bem tolerado, em doses de 150 mg. Poucos efeitos são observados, sendo os mais comuns de natureza gástrica, entre eles: náuseas19 (3,7 %), desconforto abdominal (1,7 %), vômitos20 (1,7 %), diarréia21 (1,5 %), cefaléias22 e quadros urticariformes. Pode também ocorrer aumento de enzimas hepáticas23 em até 5% dos pacientes, porém, os quadros de hepatites24 são muito raros. Os quadros urticariformes acompanhados de "rush", estão presentes em 1,9 % dos casos, em pacientes imunossuprimidos estes quadros podem ser mais freqüentes e intensos, portanto, nos casos mais graves aconselha-se a interrupção do tratamento.  

- POSOLOGIA  
Devido as suas características farmacocinéticas, o Fluconazol se mantém em níveis terapêuticos por vários dias. A duração do tratamento deve ser valorizado dependendo do tipo e da gravidade do quadro.  POSOLOGIA DOSE DURAÇÃO  Candida Vaginal 150 mg/ dia 1 dia  Candida oral / cutânea25 150 mg/ semana 1 a 4 semanas  Onicomicoses 150 mg/ semana 3 a 6 meses  Tinhas 150 mg/ semana 2 a 4 semanas  Pitiríase versicolor 150 mg/ semana 2 a 4 semanas  Infecções26 Fúngicas27 Sistêmicas Terapêutico: 200 à 400 mg/ dia 6 a 8 semanas  (Criptococose28: SNC29 e/ou sistêmica) Profilático: 200 mg/ dia -  *Pacientes nefropatas: depuração de creatinina8(ml/min.) Intervalo das doses diárias(h)  >50 Regime normal de dose  21-50 48 horas ou 1/2 dose diária normal  0-20 72 horas ou 1/3 dose diária normal  Pacientes em diálise10 Uma dose total após a diálise10  superdosagem: Em pacientes que fizeram uso voluntário ou involuntário de doses elevadas de Fluconazol, aconselha-se o encaminhamento a centros de intoxicação onde, deve-se induzir a vômitos20 ou lavagem gástrica30, quando o nível de consciência do paciente não estiver prejudicado. A estimulação da diurese31 facilita sua excreção. Em casos mais graves pode-se submeter o paciente a processos de diálise10, onde temos uma depuração de até 50% em 3 horas de diálise10.  * Há relatos de distúrbios psiquiátricos em pacientes que fizeram uso de altas doses de Fluconazol.  Advertências e Recomendações para Pacientes9 com idade superior à 65 anos: Não há contra-indicação ao uso de Fluconazol em pacientes idosos desde que sua função renal7 esteja preservada .  VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
2 Lactação: Fenômeno fisiológico neuro-endócrino (hormonal) de produção de leite materno pela puérpera no pós-parto; independente dela estar ou não amamentando.Toda mulher após o parto tem produção de leite - lactação; mas, infelizmente nem todas amamentam.
3 Plasma: Parte que resta do SANGUE, depois que as CÉLULAS SANGÜÍNEAS são removidas por CENTRIFUGAÇÃO (sem COAGULAÇÃO SANGÜÍNEA prévia).
4 Teratogênica: Agente teratogênico ou teratógeno é tudo aquilo capaz de produzir dano ao embrião ou feto durante a gravidez. Estes danos podem se refletir como perda da gestação, malformações ou alterações funcionais ou ainda distúrbios neurocomportamentais, como retardo mental.
5 Neonatos: Refere-se a bebês nos seus primeiros 28 dias (mês) de vida. O termo “recentemente-nascido“ refere-se especificamente aos primeiros minutos ou horas que se seguem ao nascimento. Esse termo é utilizado para enfocar os conhecimentos e treinamento da ressuscitação imediatamente após o nascimento e durante as primeiras horas de vida.
6 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
7 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
8 Creatinina: Produto residual das proteínas da dieta e dos músculos do corpo. É excretada do organismo pelos rins. Uma vez que as doenças renais progridem, o nível de creatinina aumenta no sangue.
9 Para pacientes: Você pode utilizar este texto livremente com seus pacientes, inclusive alterando-o, de acordo com a sua prática e experiência. Conheça todos os materiais Para Pacientes disponíveis para auxiliar, educar e esclarecer seus pacientes, colaborando para a melhoria da relação médico-paciente, reunidos no canal Para Pacientes . As informações contidas neste texto são baseadas em uma compilação feita pela equipe médica da Centralx. Você deve checar e confirmar as informações e divulgá-las para seus pacientes de acordo com seus conhecimentos médicos.
10 Diálise: Quando os rins estão muito doentes, eles deixam de realizar suas funções, o que pode levar a risco de vida. Nesta situação, é preciso substituir as funções dos rins de alguma maneira, o que pode ser feito realizando-se um transplante renal, ou através da diálise. A diálise é um tipo de tratamento que visa repor as funções dos rins, retirando as substâncias tóxicas e o excesso de água e sais minerais do organismo, estabelecendo assim uma nova situação de equilíbrio. Existem dois tipos de diálise: a hemodiálise e a diálise peritoneal.
11 Antiácidos: É uma substância que neutraliza o excesso de ácido, contrariando o seu efeito. É uma base que aumenta os valores de pH de uma solução ácida.
12 Medula Óssea: Tecido mole que preenche as cavidades dos ossos. A medula óssea apresenta-se de dois tipos, amarela e vermelha. A medula amarela é encontrada em cavidades grandes de ossos grandes e consiste em sua grande maioria de células adiposas e umas poucas células sangüíneas primitivas. A medula vermelha é um tecido hematopoiético e é o sítio de produção de eritrócitos e leucócitos granulares. A medula óssea é constituída de um rede, em forma de treliça, de tecido conjuntivo, contendo fibras ramificadas e preenchida por células medulares.
13 Protrombina: Proteína plasmática inativa, é a precursora da trombina e essencial para a coagulação sanguínea.
14 Crônico: Descreve algo que existe por longo período de tempo. O oposto de agudo.
15 Sulfoniluréias: Classe de medicamentos orais para tratar o diabetes tipo 2 que reduz a glicemia por ajudar o pâncreas a fabricar mais insulina e o organismo a usar melhor a insulina produzida.
16 Clorpropamida: Medicação de uso oral para tratamento do diabetes tipo 2. Reduz a glicemia ajudando o pâncreas a produzir mais insulina e o corpo a usar melhor a insulina produzida. Pertence à classe dos medicamentos chamada sulfoniluréias.
17 Hipoglicemia: Condição que ocorre quando há uma queda excessiva nos níveis de glicose, freqüentemente abaixo de 70 mg/dL, com aparecimento rápido de sintomas. Os sinais de hipoglicemia são: fome, fadiga, tremores, tontura, taquicardia, sudorese, palidez, pele fria e úmida, visão turva e confusão mental. Se não for tratada, pode levar ao coma. É tratada com o consumo de alimentos ricos em carboidratos como pastilhas ou sucos com glicose. Pode também ser tratada com uma injeção de glucagon caso a pessoa esteja inconsciente ou incapaz de engolir. Também chamada de reação à insulina.
18 Efeitos colaterais: 1. Ação não esperada de um medicamento. Ou seja, significa a ação sobre alguma parte do organismo diferente daquela que precisa ser tratada pelo medicamento. 2. Possível reação que pode ocorrer durante o uso do medicamento, podendo ser benéfica ou maléfica.
19 Náuseas: Vontade de vomitar. Forma parte do mecanismo complexo do vômito e pode ser acompanhada de sudorese, sialorréia (salivação excessiva), vertigem, etc .
20 Vômitos: São a expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca. Podem ser classificados em: alimentar, fecalóide, biliar, em jato, pós-prandial. Sinônimo de êmese. Os medicamentos que agem neste sintoma são chamados de antieméticos.
21 Diarréia: Aumento do volume, freqüência ou quantidade de líquido nas evacuações.Deve ser a manifestação mais freqüente de alteração da absorção ou transporte intestinal de substâncias, alterações estas que em geral são devidas a uma infecção bacteriana ou viral, a toxinas alimentares, etc.
22 Cefaléias: Sinônimo de dor de cabeça. Este termo engloba todas as dores de cabeça existentes, ou seja, enxaqueca ou migrânea, cefaléia ou dor de cabeça tensional, cefaléia cervicogênica, cefaléia em pontada, cefaléia secundária a sinusite, etc... são tipos dentro do grupo das cefaléias ou dores de cabeça. A cefaléia tipo tensional é a mais comum (acomete 78% da população), seguida da enxaqueca ou migrânea (16% da população).
23 Enzimas hepáticas: São duas categorias principais de enzimas hepáticas. A primeira inclui as enzimas transaminasas alaninoaminotransferase (ALT ou TGP) e a aspartato aminotransferase (AST ou TOG). Estas são enzimas indicadoras do dano às células hepáticas. A segunda categoria inclui certas enzimas hepáticas como a fosfatase alcalina (FA) e a gamaglutamiltranspeptidase (GGT) as quais indicam obstrução do sistema biliar, quer seja no fígado ou nos canais maiores da bile que se encontram fora deste órgão.
24 Hepatites: Inflamação do fígado, caracterizada por coloração amarela da pele e mucosas (icterícia), dor na região superior direita do abdome, cansaço generalizado, aumento do tamanho do fígado, etc. Pode ser produzida por múltiplas causas como infecções virais, toxicidade por drogas, doenças imunológicas, etc.
25 Cutânea: Que diz respeito à pele, à cútis.
26 Infecções: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
27 Fúngicas: Relativas à ou produzidas por fungo.
28 Criptococose: É uma doença infecciosa (micose sistêmica) que afeta o homem e outros animais, provocada por um fungo conhecido como Cryptococcus neoformans. Ela é caracterizada por lesões nodulares ou abscessos em pulmões, tecidos subcutâneos, articulações e especialmente cérebro e meninges.
29 SNC: Principais órgãos processadores de informação do sistema nervoso, compreendendo cérebro, medula espinhal e meninges.
30 Lavagem gástrica: É a introdução, através de sonda nasogástrica, de líquido na cavidade gástrica, seguida de sua remoção.
31 Diurese: Diurese é excreção de urina, fenômeno que se dá nos rins. É impróprio usar esse termo na acepção de urina, micção, freqüência miccional ou volume urinário. Um paciente com retenção urinária aguda pode, inicialmente, ter diurese normal.

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