CARACTERÍSTICAS LIPLESS

Atualizado em 25/05/2016
O ciprofibrato é um agente hipolipemiante, derivado fenoxi-isobutirato. Assim como os demais fibratos o mecanismo de ação do ciprofibrato ainda não está amplamente esclarecido e ele é multifatorial. É admitido como principais ações: promove menor fluxo de ácidos graxos livres para o fígado1, menor síntese hepática2 de VLDL, estimula a atividade da lipase lipoprotéica (LDL3), aumenta a excreção biliar de colesterol4 hepático. Portanto, é um complemento eficaz da dieta no controle de concentrações elevadas do colesterol4 LDL3 e VLDL e dos triglicerídeos, age reduzindo as lipoproteínas endógenas VLDL e LDL3 e mantendo elevado o HDL5. O ciprofibrato é rapidamente absorvido pelo trato gastrointestinal. A concentração plasmática máxima ocorre em aproximadamente 1 hora em pacientes em jejum, ou com retardo de 2 a 3 horas na presença de alimento. O ciprofibrato possui alta ligação protéica. O volume de distribuição estimado na fase de equilíbrio é de aproximadamente 11,7 mais ou menos 1,97 litros. A principal via de excreção do ciprofibrato é o rim6. A depuração plasmática está entre 1,35 e 1,55 ml/h/Kg. É excretado na urina7 inalterado ou como conjugado glucurônico, entre 80,22 mais ou menos 2,9% da dose administrada por via oral é recuperada na urina7 no período de 10 dias. A meia-vida de eliminação é de aproximadamente 80 horas. O ciprofibrato sofre metabolismo8 hepático. O tempo de meia-vida em pacientes com insuficiência hepática9 severa fica significativamente prolongado.
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Complementos

1 Fígado: Órgão que transforma alimento em energia, remove álcool e toxinas do sangue e fabrica bile. A bile, produzida pelo fígado, é importante na digestão, especialmente das gorduras. Após secretada pelas células hepáticas ela é recolhida por canalículos progressivamente maiores que a levam para dois canais que se juntam na saída do fígado e a conduzem intermitentemente até o duodeno, que é a primeira porção do intestino delgado. Com esse canal biliar comum, chamado ducto hepático, comunica-se a vesícula biliar através de um canal sinuoso, chamado ducto cístico. Quando recebe esse canal de drenagem da vesícula biliar, o canal hepático comum muda de nome para colédoco. Este, ao entrar na parede do duodeno, tem um músculo circular, designado esfíncter de Oddi, que controla o seu esvaziamento para o intestino.
2 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
3 LDL: Lipoproteína de baixa densidade, encarregada de transportar colesterol através do sangue. Devido à sua tendência em depositar o colesterol nas paredes arteriais e a produzir aterosclerose, tem sido denominada “mau colesterol“.
4 Colesterol: Tipo de gordura produzida pelo fígado e encontrada no sangue, músculos, fígado e outros tecidos. O colesterol é usado pelo corpo para a produção de hormônios esteróides (testosterona, estrógeno, cortisol e progesterona). O excesso de colesterol pode causar depósito de gordura nos vasos sangüíneos. Seus componentes são: HDL-Colesterol: tem efeito protetor para as artérias, é considerado o bom colesterol. LDL-Colesterol: relacionado às doenças cardiovasculares, é o mau colesterol. VLDL-Colesterol: representa os triglicérides (um quinto destes).
5 HDL: Abreviatura utilizada para denominar um tipo de proteína encarregada de transportar o colesterol sanguíneo, que se relaciona com menor risco cardiovascular. Também é conhecido como “Bom Colesterolâ€. Seus valores normais são de 35-50mg/dl.
6 Rim: Os rins são órgãos em forma de feijão que filtram o sangue e formam a urina. Os rins são localizados na região posterior do abdômen, um de cada lado da coluna vertebral.
7 Urina: Resíduo líquido produzido pela filtração renal no organismo, estocado na bexiga e expelido pelo ato de urinar.
8 Metabolismo: É o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos. São essas reações que permitem a uma célula ou um sistema transformar os alimentos em energia, que será ultilizada pelas células para que as mesmas se multipliquem, cresçam e movimentem-se. O metabolismo divide-se em duas etapas: catabolismo e anabolismo.
9 Insuficiência hepática: Deterioração grave da função hepática. Pode ser decorrente de hepatite viral, cirrose e hepatopatia alcoólica (lesão hepática devido ao consumo de álcool) ou medicamentosa (causada por medicamentos como, por exemplo, o acetaminofeno). Para que uma insuficiência hepática ocorra, deve haver uma lesão de grande porção do fígado.

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