PROPRIEDADES MOVATEC

Atualizado em 25/05/2016

MOVATEC (Meloxicam) é um novo agente antiinflamatório não-esteróide pertencente à classe do ácido enólico, um dos derivados de oxicam, que nos estudos farmacológicos apresentou propriedades antiinflamatórias, analgésicas e antipiréticas. MOVATEC demonstrou potente atividade antiinflamatória em todos os modelos clássicos de inflamação1. Um mecanismo de ação comum para os efeitos acima pode existir na capacidade de o meloxicam inibir a biossíntese de prostaglandinas2, conhecidas mediadoras da inflamação1. Em estudos em animais, a comparação entre a dose ulcerogênica e a dose antiinflamatória eficaz, demonstrou uma margem terapêutica3 superior à dos antiinflamatórios não-esteróides de referência. In vivo, MOVATEC inibiu a biossíntese de prostaglandinas2 mais intensamente no local da inflamação1 do que na mucosa4 gástrica ou nos rins5. Acredita-se que este perfil favorável de segurança esteja relacionado a uma inibição seletiva da COX-2, em relação a COX-1. A inibição seletiva de COX-2, em relação a COX-1, por MOVATEC foi demonstrada in vitro, em vários sistemas de células6: macrófagos7 de cobaias, células6 endoteliais aórticas bovinas (para testar a atividade COX-1), macrófagos7 de camundongos (para testar a atividade COX-2) e enzimas humanas recombinantes expressas em células6-cos. Evidências estão se acumulando, demonstrando que a inibição de COX-2 proporciona os efeitos terapêuticos dos antiinflamatórios não-esteróides, enquanto a inibição de COX-1 é responsável pelos efeitos colaterais8 gástricos e renais. Estudos clínicos demonstraram uma menor incidência9 de reações adversas gastrintestinais, incluindo perfurações, úlceras10 e hemorragias11, com as doses recomendadas de meloxicam do que com as doses usuais de outros antiinflamatórios não-esteróides. MOVATEC é bem absorvido após administração oral (89%) e retal. A absorção não é alterada pela ingestão concomitante de alimentos. As concentrações plasmáticas são proporcionais às doses orais administradas, de 7,5 e 15 mg, respectivamente. O estado de equilíbrio é obtido dentro de 3 a 5 dias. A continuação do tratamento por períodos superiores a 1 ano proporciona concentrações plasmáticas semelhantes às obtidas no início do tratamento. A taxa de alterações do meloxicam às proteínas12 plasmáticas é superior a 99%.  Doses únicas diárias proporcionam concentrações plasmáticas variando de 0,4 -1,0 mcg/ml para doses de 7,5 mg e de 0,8 -2,0 mcg/ml para doses de 15 mg. A passagem de meloxicam para o líquido sinovial13 é boa, atingindo cerca de 50% das concentrações plasmáticas. Meloxicam é extensamente metabolizado; menos de 5% de uma dose diária são excretados pelas fezes sob forma inalterada, enquanto que na urina14 são encontrados apenas traços de substância inalterada. A principal via de metabolização é a oxidação do radical metila da fração tiazolil. Os metabólitos15 são eliminados por via renal16 e fecal, cerca de 50% pela urina14 e a outra metade pelas fezes. A meia-vida de eliminação de meloxicam é de 20 horas. Os parâmetros farmacocinéticos de meloxicam não são alterados substancialmente por insuficiência hepática17 ou renal16 de grau grave a moderado.

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Complementos

1 Inflamação: Conjunto de processos que se desenvolvem em um tecido em resposta a uma agressão externa. Incluem fenômenos vasculares como vasodilatação, edema, desencadeamento da resposta imunológica, ativação do sistema de coagulação, etc.Quando se produz em um tecido superficial (pele, tecido celular subcutâneo) pode apresentar tumefação, aumento da temperatura local, coloração avermelhada e dor (tétrade de Celso, o cientista que primeiro descreveu as características clínicas da inflamação).
2 Prostaglandinas: É qualquer uma das várias moléculas estruturalmente relacionadas, lipossolúveis, derivadas do ácido araquidônico. Ela tem função reguladora de diversas vias metabólicas.
3 Terapêutica: Terapia, tratamento de doentes.
4 Mucosa: Tipo de membrana, umidificada por secreções glandulares, que recobre cavidades orgânicas em contato direto ou indireto com o meio exterior.
5 Rins: Órgãos em forma de feijão que filtram o sangue e formam a urina. Os rins são localizados na região posterior do abdômen, um de cada lado da coluna vertebral.
6 Células: Unidades (ou subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA CELULAR.
7 Macrófagos: É uma célula grande, derivada do monócito do sangue. Ela tem a função de englobar e destruir, por fagocitose, corpos estranhos e volumosos.
8 Efeitos colaterais: 1. Ação não esperada de um medicamento. Ou seja, significa a ação sobre alguma parte do organismo diferente daquela que precisa ser tratada pelo medicamento. 2. Possível reação que pode ocorrer durante o uso do medicamento, podendo ser benéfica ou maléfica.
9 Incidência: Medida da freqüência em que uma doença ocorre. Número de casos novos de uma doença em um certo grupo de pessoas por um certo período de tempo.
10 Úlceras: Feridas superficiais em tecido cutâneo ou mucoso que podem ocorrer em diversas partes do organismo. Uma afta é, por exemplo, uma úlcera na boca. A úlcera péptica ocorre no estômago ou no duodeno (mais freqüente). Pessoas que sofrem de estresse são mais susceptíveis a úlcera.
11 Hemorragias: Saída de sangue dos vasos sanguíneos ou do coração para o exterior, para o interstício ou para cavidades pré-formadas do organismo.
12 Proteínas: Um dos três principais nutrientes dos alimentos. Alimentos que fornecem proteína incluem carne vermelha, frango, peixe, queijos, leite, derivados do leite, ovos.
13 Líquido sinovial: Gel viscoso e transparente que lubrifica as estruturas que banha, minorando o atrito entre elas. Ele é encontrado na cavidade da cápsula articular.
14 Urina: Resíduo líquido produzido pela filtração renal no organismo, estocado na bexiga e expelido pelo ato de urinar.
15 Metabólitos: Qualquer composto intermediário das reações enzimáticas do metabolismo.
16 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
17 Insuficiência hepática: Deterioração grave da função hepática. Pode ser decorrente de hepatite viral, cirrose e hepatopatia alcoólica (lesão hepática devido ao consumo de álcool) ou medicamentosa (causada por medicamentos como, por exemplo, o acetaminofeno). Para que uma insuficiência hepática ocorra, deve haver uma lesão de grande porção do fígado.

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