PRECAUÇÕES E ADVERTÊNCIAS MUD

Atualizado em 25/05/2016

Se ocorrer desenvolvimento de sensibilidade ou irritação, o uso tópico1 deste medicamento deve ser descontinuado e instituída te rapia apropriada . Rea ções de hipersensibilidade aos componentes anti-infeciosos podem ser encobertas pela presença de um corticosteróide. Esta medicação não é indicada
para uso oftálmico.
Em razão do risco potencial de nefrotoxicidade2 e ototoxicidade3 , esta medicação não deve ser usada em pacientes com danos cutâneos extensos ou outras condições onde é possível a absorção de neomicina.
O uso de curativo oclusivo deve ser evitado devido o aumento do risco de reações adversas de sensibilidade e do aumento de absorção percutânea em particular da triancinolona e neomicina.
Como em qualquer preparação antibiótica o seu uso prolongado pode resultar no crescimento de microrganismos resistentes incluindo outros fungos que não pe rtencem ao grupo da candida . Corticoste róides , além disso , podem aumentar as infecções4 microbianas . Portanto é essencial a observação
constante do paciente . Na ocorrência de superinfecção5 devido a microrganismos resistentes , deve ser administ rado concomitantemente terapia antimicrobiana adequada . Se não ocorrer prontamente uma resposta favorável, a aplicação deve ser descontinuada até a infecção6 esta r adequadamente
controlada por outras medidas anti-infeciosas.
A abso rção sistêmica de corticosteróides tópicos tem produzido supressão reversível do eixo hipotálamo7 -pituitária -adrenal (HPA), manifestações de síndrome de Cushing8 , hiperglicemia9
e glicos úria em alguns pacientes . Condições que aumentam a abso rção sist êmica , inc luem a ap lica ção de este róides mais potentes , uso sobre extensas áreas de superfície e uso prolongado . Portanto , pacientes rece bendo grande quantidade de qua lque r este róide tópico1 potente so b condi ções que
possam aumenta r a abso rção sist êmica , devem se r ava liados periodicamente com relação a evidências de supresão do eixo HPA uti lizando os testes do co rtiso l liv re na urina10 e estimu lação do ACTH (hormÔnio11 adrenocorticot rófico) e pa ra a diminuição da homeostase térmica.
Se oco rrer alguma destas condi ções , tentativas devem se r feitas pa ra retirar a droga, reduzir a freqüência da aplicação ou substituir por um esteróide menos potente .
A recupe ração da fun ção do ei xo HPA e homeostase té rmica é geralmente imediata e comp leta ap ós a descontinua ção.
Raras vezes, podem ocorrer sinais12 e sintomas13 de dependência de este róide , reque rendo co rticoste róides sistêmicos14 complementares.
•  Uso durante a gravidez15 e lactação16
Corticoste róides são ge ralmente te ratog ênicos em animais de laborat ório , quando administ rados sistemicamente em doses relativamente bai xas . Os co rticoste róides mais potentes most raram se r te ratog ênicos ap ós aplicações dérmicas em animais de laboratório. Não há estudos adequados
e bem cont rolados em mu lhe res grávidas so bre os efeitos teratogênicos17 de corticosteróides ap licados topicamente .
Portanto , os co rticoste róides tópicos devem se r usados durante a gravidez15, apenas se o benefício justificar o risco potencia l pa ra o feto18 . Drogas dessa classe não devem se r extensivamente usadas em pacientes grávidas , em grandes quantidades ou por períodos prolongados de tempo.
É desconhecido se a administração tópica deste medicamento pode resulta r em absorção sistêmica suficiente pa ra produzir quantidades detectáveis no leite materno . Corticosteróides
administrados sistemicamente são eliminados no leite materno em quantidades que provavelmente não causam um efeito nocivo pa ra o lactente19 . Todavia , deve -se ter cautela, quando corticoste róides tópicos são administ rados EM mães que amamentam .
•  Testes Laboratoriais
Na aus ência de resposta te rap êutica , es frega ços de KOH, culturas ou outros métodos de diagnósticos devem se r repetidos.
Um teste de cortisol livre na urina10 e testes de estimulação do ACTH podem se r úteis na ava lia ção da sup ress ão do ei xo HPA devido ao corticosteróide.
•  Carcinogênese, Mutagênese e Prejuízo da Fertilidade
Não foram rea lizados estudos prolongados em animais pa ra ava liar o potencia l carcinogênico ou mutag ênico ou o posível efeito na fertilidade de machos e fêmeas.
•  Uso Pediátrico
O uso deste medicamento so bre grandes supe rfícies ou po r pe ríodos prolongados de tempo em pacientes pedi átricos podem resu lta r na abso rção sist êmica suficiente pa ra produzir efeitos sistêmicos14.
Pacientes pedi átricos podem demonst rar maio r susceti bilidade à supressão do eixo HPA e síndrome de Cushing8 corticosteróide - tópico1 indu zidos do que pacientes adu ltos , devido À maio r
propo rção da área de superfície de pele20 sobre o peso corporal.
A supressão do eixo HPA, síndrome de Cushing8 e hipertensão21
intracraniana foram relatadas em crianças recebendo corticosteróides tópicos (VIDE " REAÇÕES ADVERSAS   pacientes pediátricos").
A administ ração de co rticoste róides tópicos em crianças deve ser limitada a quantidade mínima compat ível com um regime terapêutico efetivo . Estes pacientes devem se restritamente monitorados com relação aos sinais12 e sintomas13 de efeitos sistêmicos14.
•  Efeitos so bre a ha bilidade de dirigir veículos e/ou operar máquinas
Não há evid ências de que Mud ® (triancino lona acetonida + su lfato de neomicina + gramicidina + nistatina ) diminua a ha bilidade de dirigir veículos e/ou operar máquinas.

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Tópico: Referente a uma área delimitada. De ação limitada à mesma. Diz-se dos medicamentos de uso local, como pomadas, loções, pós, soluções, etc.
2 Nefrotoxicidade: É um dano nos rins causado por substâncias químicas chamadas nefrotoxinas.
3 Ototoxicidade: Dano causado aos sistemas coclear e/ou vestibular resultante de exposição a substâncias químicas.
4 Infecções: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
5 Superinfecção: Geralmente ocorre quando os antibióticos alteram o equilíbrio do organismo, permitindo o crescimento de agentes oportunistas, como os enterococos. A superinfecção pode ser muito difícil de tratar, porque é necessário optar por antibióticos eficazes contra todos os agentes que podem causá-la.
6 Infecção: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
7 Hipotálamo: Parte ventral do diencéfalo extendendo-se da região do quiasma óptico à borda caudal dos corpos mamilares, formando as paredes lateral e inferior do terceiro ventrículo.
8 Síndrome de Cushing: A síndrome de Cushing, hipercortisolismo ou hiperadrenocortisolismo, é um conjunto de sinais e sintomas que indicam excesso de cortisona (hormônio) no sangue. Esse hormônio é liberado pela glândula adrenal (também conhecida como suprarrenal) em resposta à liberação de ACTH pela hipófise no cérebro. Níveis elevados de cortisol (ou cortisona) também podem ocorrer devido à administração de certos medicamentos, como hormônios glicocorticoides. A síndrome de Cushing e a doença de Cushing são muito parecidas, já que o que a causa de ambas é o elevado nível de cortisol no sangue. O que difere é a origem dessa elevação. A doença de Cushing diz respeito, exclusivamente, a um tumor na hipófise que passa a secretar grande quantidade de ACTH e, consequentemente, há um aumento na liberação de cortisol pelas adrenais. Já a síndrome de Cushing pode ocorrer, por exemplo, devido a um tumor presente nas glândulas suprarrenais ou pela administração excessiva de corticoides.
9 Hiperglicemia: Excesso de glicose no sangue. Hiperglicemia de jejum é o nível de glicose acima dos níveis considerados normais após jejum de 8 horas. Hiperglicemia pós-prandial acima de níveis considerados normais após 1 ou 2 horas após alimentação.
10 Urina: Resíduo líquido produzido pela filtração renal no organismo, estocado na bexiga e expelido pelo ato de urinar.
11 Hormônio: Substância química produzida por uma parte do corpo e liberada no sangue para desencadear ou regular funções particulares do organismo. Por exemplo, a insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas que diz a outras células quando usar a glicose para energia. Hormônios sintéticos, usados como medicamentos, podem ser semelhantes ou diferentes daqueles produzidos pelo organismo.
12 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
13 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
14 Sistêmicos: 1. Relativo a sistema ou a sistemática. 2. Relativo à visão conspectiva, estrutural de um sistema; que se refere ou segue um sistema em seu conjunto. 3. Disposto de modo ordenado, metódico, coerente. 4. Em medicina, é o que envolve o organismo como um todo ou em grande parte.
15 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
16 Lactação: Fenômeno fisiológico neuro-endócrino (hormonal) de produção de leite materno pela puérpera no pós-parto; independente dela estar ou não amamentando.Toda mulher após o parto tem produção de leite - lactação; mas, infelizmente nem todas amamentam.
17 Teratogênicos: Agente teratogênico ou teratógeno é tudo aquilo capaz de produzir dano ao embrião ou feto durante a gravidez. Estes danos podem se refletir como perda da gestação, malformações ou alterações funcionais ou ainda distúrbios neurocomportamentais, como retardo mental.
18 Feto: Filhote por nascer de um mamífero vivíparo no período pós-embrionário, depois que as principais estruturas foram delineadas. Em humanos, do filhote por nascer vai do final da oitava semana após a CONCEPÇÃO até o NASCIMENTO, diferente do EMBRIÃO DE MAMÍFERO prematuro.
19 Lactente: Que ou aquele que mama, bebê. Inclui o período neonatal e se estende até 1 ano de idade (12 meses).
20 Pele: Camada externa do corpo, que o protege do meio ambiente. Composta por DERME e EPIDERME.
21 Hipertensão: Condição presente quando o sangue flui através dos vasos com força maior que a normal. Também chamada de pressão alta. Hipertensão pode causar esforço cardíaco, dano aos vasos sangüíneos e aumento do risco de um ataque cardíaco, derrame ou acidente vascular cerebral, além de problemas renais e morte.

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