MODO DE AÇÃO SOMATROP

Atualizado em 25/05/2016

O Hormônio1 de Crescimento Humano Recombinante, SOMATROP (somatropina), é um produto estéril e altamente purificado, obtido através de engenharia genética. É uma proteína composta por 191 aminoácidos, com peso molecular de 22.124 daltons, totalmente idêntica ao hGH secretado pela hipófise2 humana.

SOMATROP é produzido por uma tecnologia de DNA recombinante, utilizando-se de uma cepa3 de Escherichia coli, que secreta o hormônio1 como proteína para o espaço periplásmico (entre a parede celular e a membrana plasmática4 bacteriana). A cuidadosa ruptura da parede celular, mantendo intacta a membrana interna, permite separar o Hormônio1 de Crescimento Humano da maior parte das proteínas5 bacterianas, chegando-se assim a um Hormônio1 de Crescimento Humano de alta pureza.

CRESCIMENTO LINEAR - O hormônio1 somatrópico, com base na mediação da somatomedina, induz o desenvolvimento somático e o crescimento ósseo. A Somatropina humana aumenta a síntese de proteínas5 e aminoácidos em nível celular, com conseqüente retenção de nitrogênio e estimula o crescimento das áreas cartilaginosas dos ossos longos6. Esta retenção de nitrogênio foi demonstrada pela redução da sua excreção urinária e dos baixos níveis séricos e urinários da uréia7.

CRESCIMENTO CELULAR - Tratamento com hormônio1 de crescimento resulta num aumento de número e tamanho das células musculares8 esqueléticas.

METABOLISMO9 PROTÉICO - O crescimento linear é facilitado em parte pelo aumento da síntese protéica celular. Com a terapia com SOMATROP ocorre retenção de nitrogênio, que pode ser demonstrada pela diminuição na excreção de nitrogênio urinário e no nitrogênio (uréia7) sérico.

METABOLISMO9 DE CARBOIDRATOS - Possui um efeito diabetogênico10 atribuído à resistência periférica11 à insulina12 com sua conseqüente hiperprodução. As crianças com hipopituitarismo apresentam algumas vezes episódios de hipoglicemia13 no jejum, que tendem a melhorar com o tratamento com o hormônio1 de crescimento. Por outro lado, o emprego de doses elevadas de hormônio1 de crescimento pode alterar a tolerância à glicose14.

METABOLISMO9 LIPÍDICO - A administração inicial de SOMATROP a pacientes com deficiência na produção de hormônio1 de crescimento resulta numa mobilização de gorduras, com redução dos depósitos de gordura15 e com aumento de ácidos graxos circulantes.

METABOLISMO9 DE MINERAIS - O hormônio1 de crescimento favorece a retenção de sódio, potássio e fósforo. O cálcio sérico não é significativamente alterado pelo tratamento com hormônio1 de crescimento. As concentrações séricas de fosfato inorgânico são aumentadas em pacientes após terapia com hormônio1 de crescimento.

METABOLISMO9 DO TECIDO CONECTIVO16 - O hormônio1 de crescimento estimula a síntese de sulfato de condroitina e colágeno17, assim como a excreção urinária de hidroxiprolina.

FARMACOCINÉTICA - A solução tem pH aproximado de 6,7. Quando administrado por via subcutânea18, sua absorção é de 80%. Sofre biotransformação hepática19 intensa (cerca de 90%). A concentração plasmática máxima é atingida 5 horas após sua administração. Sua meia-vida é de cerca de 3 a 5 horas. É eliminada pelas vias biliar e renal20, quase toda na forma de metabólitos21.Quantidades detectáveis da droga permanecem após 72 horas.

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Hormônio: Substância química produzida por uma parte do corpo e liberada no sangue para desencadear ou regular funções particulares do organismo. Por exemplo, a insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas que diz a outras células quando usar a glicose para energia. Hormônios sintéticos, usados como medicamentos, podem ser semelhantes ou diferentes daqueles produzidos pelo organismo.
2 Hipófise:
3 Cepa: Cepa ou estirpe é um termo da biologia e da genética que se refere a um grupo de descendentes com um ancestral comum que compartilham semelhanças morfológicas e/ou fisiológicas.
4 Membrana Plasmática: Membrana seletivamente permeável (contendo lipídeos e proteínas) que envolve o citoplasma em células procarióticas e eucarióticas.
5 Proteínas: Um dos três principais nutrientes dos alimentos. Alimentos que fornecem proteína incluem carne vermelha, frango, peixe, queijos, leite, derivados do leite, ovos.
6 Ossos longos: Exemplo: Fêmur
7 Ureia: 1. Resíduo tóxico produzido pelo organismo, resulta da quebra de proteínas pelo fígado. É normalmente removida do organismo pelos rins e excretada na urina. 2. Substância azotada. Composto orgânico cristalino, incolor, de fórmula CO(NH2)2 (ou CH4N2O), com um ponto de fusão de 132,7 °C.
8 Células Musculares: Células contráteis maduras, geralmente conhecidas como miócitos, que formam um dos três tipos de músculo. Os três tipos de músculo são esquelético (FIBRAS MUSCULARES), cardíaco (MIÓCITOS CARDÍACOS) e liso (MIÓCITOS DE MÚSCULO LISO). Provêm de células musculares embrionárias (precursoras) denominadas MIOBLASTOS.
9 Metabolismo: É o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos. São essas reações que permitem a uma célula ou um sistema transformar os alimentos em energia, que será ultilizada pelas células para que as mesmas se multipliquem, cresçam e movimentem-se. O metabolismo divide-se em duas etapas: catabolismo e anabolismo.
10 Diabetogênico: Que causa diabetes.Alguns medicamentos causam aumento da glicemia resultando em diabetes. Por exemplo, os glicocorticóides.
11 Resistência periférica: A resistência periférica é a dificuldade que o sangue encontra em passar pela rede de vasos sanguíneos. Ela é representada pela vasocontratilidade da rede arteriolar especificamente, sendo este fator importante na regulação da pressão arterial diastólica. A resistência é dependente das fibras musculares na camada média dos vasos, dos esfíncteres pré-capilares e de substâncias reguladoras da pressão como a angiotensina e a catecolamina.
12 Insulina: Hormônio que ajuda o organismo a usar glicose como energia. As células-beta do pâncreas produzem insulina. Quando o organismo não pode produzir insulna em quantidade suficiente, ela é usada por injeções ou bomba de insulina.
13 Hipoglicemia: Condição que ocorre quando há uma queda excessiva nos níveis de glicose, freqüentemente abaixo de 70 mg/dL, com aparecimento rápido de sintomas. Os sinais de hipoglicemia são: fome, fadiga, tremores, tontura, taquicardia, sudorese, palidez, pele fria e úmida, visão turva e confusão mental. Se não for tratada, pode levar ao coma. É tratada com o consumo de alimentos ricos em carboidratos como pastilhas ou sucos com glicose. Pode também ser tratada com uma injeção de glucagon caso a pessoa esteja inconsciente ou incapaz de engolir. Também chamada de reação à insulina.
14 Glicose: Uma das formas mais simples de açúcar.
15 Gordura: Um dos três principais nutrientes dos alimentos. Os alimentos que fornecem gordura são: manteiga, margarina, óleos, nozes, carnes vermelhas, peixes, frango e alguns derivados do leite. O excesso de calorias é estocado no organismo na forma de gordura, fornecendo uma reserva de energia ao organismo.
16 Tecido conectivo: Tecido que sustenta e conecta outros tecidos. Consiste de CÉLULAS DO TECIDO CONJUNTIVO inseridas em uma grande quantidade de MATRIZ EXTRACELULAR.
17 Colágeno: Principal proteína fibrilar, de função estrutural, presente no tecido conjuntivo de animais.
18 Subcutânea: Feita ou situada sob a pele; hipodérmica.
19 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
20 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
21 Metabólitos: Qualquer composto intermediário das reações enzimáticas do metabolismo.

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