INDICAÇÕES BESILATO DE ANLODIPINO

Atualizado em 28/05/2016

O besilato de anlodipino é indicado como droga de primeira linha no tratamento da hipertensão1 podendo ser usado na maioria dos pacientes como agente único de controle da pressão sanguínea. Pacientes que não são adequadamente controlados com um único agente anti-hipertensivo podem ser beneficiados com a adição de anlodipino, que tem sido usado em combinação com diuréticos2 tiazídicos, alfabloqueadores, agentes beta-bloqueadores adrenérgicos3 ou inibidores da enzima4 conversora da angiotensina.
O besilato de anlodipino é indicado no tratamento da isquemia5 miocárdica como droga de primeira linha, devido tanto a obstrução fixa (angina6 estável) como ao vasoespasmo/vasoconstrição7 (Angina6 de Prinzmetal ou angina6 variante) da vasculatura coronária. O besilato de anlodipino pode ser usado em situações clínicas congestivas, mas não confirmadas, de possível componente vasoespástico/ vasoconstritor. O besilato de anlodipino pode ser usado isolado, como monoterapia, ou em combinação com outras drogas anti-anginosas em pacientes com angina6 refratária a nitratos e/ou doses adequadas de beta-bloqueadores.
O besilato de anlodipino é indicado no tratamento de pacientes com insuficiência cardíaca8 crônica grave (classes III-IV-NYHA) sem sinais9 ou sintomas10 clínicos sugestivos de doença isquêmica de base. Em um estudo placebo11 controlado que avaliou o anlodipino em 1153 pacientes portadores de insuficiência cardíaca8 crônica grave tratados com digoxina, diuréticos2 e inibidores da ECA, o anlodipino reduziu significativamente a morbidade12 e mortalidade13 combinadas, bem como a mortalidade13 isolada, em um subgrupo de pacientes sem sinais9 ou sintomas10 sugestivos de uma etiologia14 isquêmica.

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Complementos

1 Hipertensão: Condição presente quando o sangue flui através dos vasos com força maior que a normal. Também chamada de pressão alta. Hipertensão pode causar esforço cardíaco, dano aos vasos sangüíneos e aumento do risco de um ataque cardíaco, derrame ou acidente vascular cerebral, além de problemas renais e morte.
2 Diuréticos: Grupo de fármacos que atuam no rim, aumentando o volume e o grau de diluição da urina. Eles depletam os níveis de água e cloreto de sódio sangüíneos. São usados no tratamento da hipertensão arterial, insuficiência renal, insuficiência cardiaca ou cirrose do fígado. Há dois tipos de diuréticos, os que atuam diretamente nos túbulos renais, modificando a sua atividade secretora e absorvente; e aqueles que modificam o conteúdo do filtrado glomerular, dificultando indiretamente a reabsorção da água e sal.
3 Adrenérgicos: Que agem sobre certos receptores específicos do sistema simpático, como o faz a adrenalina.
4 Enzima: Proteína produzida pelo organismo que gera uma reação química. Por exemplo, as enzimas produzidas pelo intestino que ajudam no processo digestivo.
5 Isquemia: Insuficiência absoluta ou relativa de aporte sanguíneo a um ou vários tecidos. Suas manifestações dependem do tecido comprometido, sendo a mais frequente a isquemia cardíaca, capaz de produzir infartos, isquemia cerebral, produtora de acidentes vasculares cerebrais, etc.
6 Angina: Inflamação dos elementos linfáticos da garganta (amígdalas, úvula). Também é um termo utilizado para se referir à sensação opressiva que decorre da isquemia (falta de oxigênio) do músculo cardíaco (angina do peito).
7 Vasoconstrição: Diminuição do diâmetro dos vasos sanguíneos.
8 Insuficiência Cardíaca: É uma condição na qual a quantidade de sangue bombeada pelo coração a cada minuto (débito cardíaco) é insuficiente para suprir as demandas normais de oxigênio e de nutrientes do organismo. Refere-se à diminuição da capacidade do coração suportar a carga de trabalho.
9 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
10 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
11 Placebo: Preparação neutra quanto a efeitos farmacológicos, ministrada em substituição a um medicamento, com a finalidade de suscitar ou controlar as reações, geralmente de natureza psicológica, que acompanham tal procedimento terapêutico.
12 Morbidade: Morbidade ou morbilidade é a taxa de portadores de determinada doença em relação à população total estudada, em determinado local e em determinado momento.
13 Mortalidade: A taxa de mortalidade ou coeficiente de mortalidade é um dado demográfico do número de óbitos, geralmente para cada mil habitantes em uma dada região, em um determinado período de tempo.
14 Etiologia: 1. Ramo do conhecimento cujo objeto é a pesquisa e a determinação das causas e origens de um determinado fenômeno. 2. Estudo das causas das doenças.

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