INFORMAÇÕES TÉCNICAS FOLIFER

Atualizado em 28/05/2016

Absorção do Ferro Aminoácido Quelato: Os minerais aminoácidos quelatos, de uma forma geral, não sofrem ionização no tubo gastrintestinal devido a sua estabilidade no pH ácido do estômago1 e alcalino do intestino delgado2. FOLIFER (Ferro Aminoácido Quelato + Ácido Fólico), ao contrário dos outros produtos compostos por sais ferrosos, não têm sua absorção prejudicada por componentes da dieta como fitatos, oxalatos e fibras. O Ferro Aminoácido Quelato é absorvido como tal, ocupando sistemas enzimáticos de absorção pré-existentes (gama-glutamil transpeptidase). A ação enzimática sobre o Ferro Aminoácido Quelato permite que este composto alcance o interior da célula3 e daí seja transferido para o sangue4 e distribuído para órgãos alvos como medula óssea5, baço6, fígado7 e para as próprias hemácias8. No fígado7 é armazenado como Ferritina. A absorção do Ferro Aminoácido Quelato é 3 vezes superior à do sulfato ferroso. Reservas orgânicas de ferro: A melhor absorção do FOLIFER (Ferro Aminoácido Quelato + Ácido Fólico) permite uma maior biodisponibilidade do ferro terapêutico e consequentemente uma maior rapidez na saturação das reservas orgânicas com menores doses de ferro elementar. Atinge-se este objetivo em 4 a 6 semanas de terapêutica9 (com o sulfato ferroso estas reservas são saturadas em 4 a 6 meses de tratamento com doses 3 a 4 vezes maiores). A manutenção destas reservas é feita com doses equivalentes a dose terapêutica9 diária, mas administrada em 1 ou 2 vezes por semana. Cinética10 do Ferro: O ferro é absorvido pela mucosa intestinal11 e fica disposto no seu interior sob duas formas: uma mais estável, ligada à Ferritina, e outra mais lábil que é mobilizada quando necessário. Parte do Ferro ligado a Ferritina pode ser utilizado na medula12 para a síntese de hemoglobina13. Na gestante, o ferro é transportado pela Trasferrina materna, alcança as vilosidades placentárias onde é captado pelo epitélio14 coriônico e armazenado, para em seguida se ligar à Transferrina do feto15 para ser utilizado na produção das hemácias8. Ácido Fólico e associação com o Ferro: A prevenção e o tratamento da anemia16 exigem duas etapas para uma real eficiência terapêutica9 ou profilática. Uma se refere a multiplicação celular a nível de medula óssea5, fato que ocorre quando há suprimento de Ácido Fólico para a duplicação do DNA. A outra se refere a incorporação do Ferro à molécula da hemoglobina13. Para tanto é necessário que este oligoelemento alcance os tecidos formadores dos glóbulos vermelhos em concentrações adequadas. O conhecimento destas necessidades exigia um medicamento no qual fosse possível administrar estas duas substâncias concomitantes mas, com os sais comuns de ferro, nunca foi possível obter uma estabilidade confiável no produto. A não dissociação iônica do ferro aminoácido quelato permitiu elaborar um produto com ferro associado ao Ácido Fólico de alta estabilidade, bem tolerado pelo sabor agradável, de posologia bastante simplificada e resposta terapêutica9 com doses e tempos inferiores aos necessários pelos sais comuns. As anemias ferroprivas originadas tanto por baixa ingestão de ferro como por situações fisiológicas17 em que a demanda deste íon18 é excessiva nem sempre, portanto, vão responder a simples administração de ferro, isto porque , muitas vezes, ela vai estar associada a deficiência também do Ácido Fólico. Assim crianças prematuras estão predispostas a desenvolver anemia ferropriva19 por não ter sido possível armazenar ferro devido a interrupção precoce da gravidez20, mas por outro lado as necessidades de Ácido Fólico nestas crianças é extremamente elevada pela intensa multiplicação celular que ocorre durante o crescimento. Lactantes21, principalmente os alimentos com leite de vaca "in natura" ou leites pulverizados não enriquecidos apresentam com freqüência, intensa deficiência de Ácido Fólico, associada ao ferro. Gestantes e lactantes21 apresentam uma demanda excessiva tanto do ácido fólico como do ferro. Nas gestantes, o Ácido Fólico é importante na prevenção das malformações22 do tubo neural23.

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Estômago: Órgão da digestão, localizado no quadrante superior esquerdo do abdome, entre o final do ESÔFAGO e o início do DUODENO.
2 Intestino delgado: O intestino delgado é constituído por três partes: duodeno, jejuno e íleo. A partir do intestino delgado, o bolo alimentar é transformado em um líquido pastoso chamado quimo. Com os movimentos desta porção do intestino e com a ação dos sucos pancreático e intestinal, o quimo é transformado em quilo, que é o produto final da digestão. Depois do alimento estar transformado em quilo, os produtos úteis para o nosso organismo são absorvidos pelas vilosidades intestinais, passando para os vasos sanguíneos.
3 Célula: Unidade funcional básica de todo tecido, capaz de se duplicar (porém algumas células muito especializadas, como os neurônios, não conseguem se duplicar), trocar substâncias com o meio externo à célula, etc. Possui subestruturas (organelas) distintas como núcleo, parede celular, membrana celular, mitocôndrias, etc. que são as responsáveis pela sobrevivência da mesma.
4 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
5 Medula Óssea: Tecido mole que preenche as cavidades dos ossos. A medula óssea apresenta-se de dois tipos, amarela e vermelha. A medula amarela é encontrada em cavidades grandes de ossos grandes e consiste em sua grande maioria de células adiposas e umas poucas células sangüíneas primitivas. A medula vermelha é um tecido hematopoiético e é o sítio de produção de eritrócitos e leucócitos granulares. A medula óssea é constituída de um rede, em forma de treliça, de tecido conjuntivo, contendo fibras ramificadas e preenchida por células medulares.
6 Baço:
7 Fígado: Órgão que transforma alimento em energia, remove álcool e toxinas do sangue e fabrica bile. A bile, produzida pelo fígado, é importante na digestão, especialmente das gorduras. Após secretada pelas células hepáticas ela é recolhida por canalículos progressivamente maiores que a levam para dois canais que se juntam na saída do fígado e a conduzem intermitentemente até o duodeno, que é a primeira porção do intestino delgado. Com esse canal biliar comum, chamado ducto hepático, comunica-se a vesícula biliar através de um canal sinuoso, chamado ducto cístico. Quando recebe esse canal de drenagem da vesícula biliar, o canal hepático comum muda de nome para colédoco. Este, ao entrar na parede do duodeno, tem um músculo circular, designado esfíncter de Oddi, que controla o seu esvaziamento para o intestino.
8 Hemácias: Também chamadas de glóbulos vermelhos, eritrócitos ou células vermelhas. São produzidas no interior dos ossos a partir de células da medula óssea vermelha e estão presentes no sangue em número de cerca de 4,5 a 6,5 milhões por milímetro cúbico, em condições normais.
9 Terapêutica: Terapia, tratamento de doentes.
10 Cinética: Ramo da física que trata da ação das forças nas mudanças de movimento dos corpos.
11 Mucosa Intestinal: Revestimento dos INTESTINOS, consistindo em um EPITÉLIO interior, uma LÂMINA PRÓPRIA média, e uma MUSCULARIS MUCOSAE exterior. No INTESTINO DELGADO, a mucosa é caracterizada por várias dobras e muitas células absortivas (ENTERÓCITOS) com MICROVILOSIDADES.
12 Medula: Tecido mole que preenche as cavidades dos ossos. A medula óssea apresenta-se de dois tipos, amarela e vermelha. A medula amarela é encontrada em cavidades grandes de ossos grandes e consiste em sua grande maioria de células adiposas e umas poucas células sangüíneas primitivas. A medula vermelha é um tecido hematopoiético e é o sítio de produção de eritrócitos e leucócitos granulares. A medula óssea é constituída de um rede, em forma de treliça, de tecido conjuntivo, contendo fibras ramificadas e preenchida por células medulares.
13 Hemoglobina: Proteína encarregada de transportar o oxigênio desde os pulmões até os tecidos do corpo. Encontra-se em altas concentrações nos glóbulos vermelhos.
14 Epitélio: Uma ou mais camadas de CÉLULAS EPITELIAIS, sustentadas pela lâmina basal, que recobrem as superfícies internas e externas do corpo.
15 Feto: Filhote por nascer de um mamífero vivíparo no período pós-embrionário, depois que as principais estruturas foram delineadas. Em humanos, do filhote por nascer vai do final da oitava semana após a CONCEPÇÃO até o NASCIMENTO, diferente do EMBRIÃO DE MAMÍFERO prematuro.
16 Anemia: Condição na qual o número de células vermelhas do sangue está abaixo do considerado normal para a idade, resultando em menor oxigenação para as células do organismo.
17 Fisiológicas: Relativo à fisiologia. A fisiologia é estudo das funções e do funcionamento normal dos seres vivos, especialmente dos processos físico-químicos que ocorrem nas células, tecidos, órgãos e sistemas dos seres vivos sadios.
18 Íon: Átomo ou grupo atômico eletricamente carregado.
19 Anemia Ferropriva: Anemia por deficiência de ferro. É o tipo mais comum de anemia. Há redução da quantidade total de ferro corporal até a exaustão das reservas de ferro. O fornecimento de ferro é insuficiente para atingir as necessidades de diferentes tecidos, incluindo as necessidades para a formação de hemoglobina e dos glóbulos vermelhos.
20 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
21 Lactantes: Que produzem leite; que aleitam.
22 Malformações: 1. Defeito na forma ou na formação; anomalia, aberração, deformação. 2. Em patologia, é vício de conformação de uma parte do corpo, de origem congênita ou hereditária, geralmente curável por cirurgia. Ela é diferente da deformação (que é adquirida) e da monstruosidade (que é incurável).
23 Tubo neural: Estrutura embrionária que dará origem ao cérebro e à medula espinhal. Durante a gestação humana, o tubo neural dá origem a três vesículas: romboencéfalo, mesencéfalo e prosencéfalo.

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