
PRECAUÇÕES E ADVERTÊNCIAS ZIAGENAVIR
Atualizado em 28/05/2016
desenvolvem uma reação de hipersensibilidade que, em casos raros, pode ser fatal. Os pacientes que desenvolveram sinais1 e sintomas2 de hipersensibilidade (os quais incluem febre3, rash4 cutâneo5, fadiga6 e sintomas2 gastrintestinais, tais como náusea7, vômito8, diarréia9, ou dor abdominal) DEVEM entrar em contato com seu médico imediatamente, e interromper o uso de ZIAGENAVIR®
até que sejam avaliados por um médico. O AGENAVIR® NUNCADEVE ser reintroduzido após a reação de hipersensibilidade, uma vez que isto resultará no reaparecimento de sintomas2 ainda mais graves em algumas horas e poderá desencadear hipotensão10 potencialmente fatal e morte . O cartucho de ZIAGENAVIR® contém um cartão de aviso com informações para o
paciente sobre esta reação de hipersensibilidade (ver Reações Adversas).
Acidose11 lática12/Hepatomegalia13 grave com esteatose14: Foram relatados casos de acidose11 lática12 e hepatomegalia13 grave com esteatose14 (incluindo casos fatais) com o uso de anti-retrovirais análogos de nucleosídeos, isolados ou em combinação, incluindo o abacavir, no tratamento da infecção15 pelo HIV16. A maioria dos casos ocorreram em mulheres.
Deve-se ter cuidado ao administrar ZIAGENAVIR® a qualquer paciente, especialmente aqueles que apresentem fatores de risco conhecidos para doenças hepáticas17. O tratamento com ZIAGENAVIR® deve ser suspenso em qualquer paciente que apresentar sintomas2 clínicos ou laboratoriais sugestivos de acidose11 lática12 ou hepatotoxicidade18.
Pacientes sendo tratados com ZIAGENAVIR® ou com qualquer outro anti-retroviral, podem desenvolver infecções19 oportunistas e outras complicações relacionadas à infecção15 pelo HIV16. Portanto, estes pacientes devem permanecer sob acompanhamento clínico por médicos especializados no tratamento de doenças associadas com a infecção15 pelo HIV16.
Os pacientes devem ser advertidos de que os atuais tratamentos anti-retrovirais, incluindo o ZIAGENAVIR® , não previnem o risco de transmissão do HIV16 através de contato sexual ou contaminação sangüínea. As precauções apropriadas devem continuar sendo tomadas.
Pacientes com insuficiência hepática20: O abacavir é metabolizado principalmente no fígado21. Existe um estudo em andamento para avaliar o efeito dos diferentes graus de insuficiência hepática20 sobre a farmacocinética do abacavir.
Pacientes com insuficiência renal22: O abacavir é metabolizado principalmente pelo fígado21, sendo cerca de 2% excretado na urina23, como fármaco24 inalterado.
Não existem dados disponíveis sobre a farmacocinética do abacavir em pacientes com insuficiência renal22. Desta forma, não há recomendações definidas para ajuste de dose nestes pacientes até este momento.
Crianças: Nestes pacientes, o abacavir é absorvido satisfatória e rapidamente a partir da administração da solução oral. Os parâmetros farmacocinéticos em crianças são comparáveis aos dos adultos, com variabilidade mínima nas concentrações plasmáticas.
A dose recomendada para crianças com idade entre 3 meses e 12 anos é de 8mg/kg, duas vezes ao dia. Isto propiciará concentrações plasmáticas médias ligeiramente maiores, assegurando que a maioria dos pacientes atingirá concentrações terapêuticas equivalentes às obtidas em adultos tratados com 300mg, duas vezes ao dia.
Idosos: A farmacocinética do abacavir não foi estudada em pacientes com mais de 65 anos de idade. No tratamento de pacientes idosos, deve-se considerar a incidência25 maior de casos de funções hepática26, renal27 e cardíaca reduzidas, bem como doenças concomitantes e outros tratamentos medicamentosos.
Gravidez28 e lactação29: A segurança do uso de ZIAGENAVIR® durante a gravidez28 não foi estabelecida. A avaliação de estudos em animais demonstra haver transferência placentária de abacavir e/ou de metabólitos30 relacionados. A evidência de toxicidade31 no feto32 e embrião ocorreu apenas nas ratas tratadas com doses tóxicas, iguais ou maiores que 500mg/kg/dia. Considerando a AUC33, este nível de dose é equivalente a 32 a 35 vezes a exposição terapêutica34 humana. Os achados incluíram edema35 e malformações36 fetais, reabsorção, peso corporal fetal reduzido e aumento da
ocorrência de natimortos. A dose na qual não foram observados efeitos no desenvolvimento pré- ou pós-natal foi de 160mg/kg/dia. Esta dose é equivalente a uma exposição aproximadamente 10 vezes superior àquela aplicada em humanos. Não foram observados dados similares nos estudos em coelhos.
Um estudo de fertilidade em ratos demonstrou que doses de até 500mg/kg de abacavir não afetam a fertilidade de machos ou fêmeas.
Como os estudos sobre reprodução37 realizados em animais nem sempre são capazes de prever a resposta em humanos, o ZIAGENAVIR® só deve ser usado durante a gravidez28 se o benefício para a mãe justificar o possível risco para o feto32.
Em ratas, observou-se que o abacavir e seus metabólitos30 são excretados no leite.
Supõe-se que estes também sejam secretados no leite humano, embora esta hipótese não tenha sido confirmada. Portanto, recomenda-se que as mães não amamentem enquanto estiverem sob tratamento com ZIAGENAVIR® . Alguns especialistas recomendam que a mulher infectada com o HIV16 não amamente, em qualquer circunstância, a fim de evitar a transmissão do vírus38. Não existem dados disponíveis sobre a segurança do abacavir quando administrado a bebês39 com menos de três
meses de idade.
Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).
Complementos
1 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
2 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
3 Febre: É a elevação da temperatura do corpo acima dos valores normais para o indivíduo. São aceitos como valores de referência indicativos de febre: temperatura axilar ou oral acima de 37,5°C e temperatura retal acima de 38°C. A febre é uma reação do corpo contra patógenos.
4 Rash: Coloração avermelhada da pele como conseqüência de uma reação alérgica ou infecção.
5 Cutâneo: Que diz respeito à pele, à cútis.
6 Fadiga: 1. Sensação de enfraquecimento resultante de esforço físico. 2. Trabalho cansativo. 3. Redução gradual da resistência de um material ou da sensibilidade de um equipamento devido ao uso continuado.
7 Náusea: Vontade de vomitar. Forma parte do mecanismo complexo do vômito e pode ser acompanhada de sudorese, sialorréia (salivação excessiva), vertigem, etc.
8 Vômito: É a expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca. Pode ser classificado como: alimentar, fecalóide, biliar, em jato, pós-prandial. Sinônimo de êmese. Os medicamentos que agem neste sintoma são chamados de antieméticos.
9 Diarréia: Aumento do volume, freqüência ou quantidade de líquido nas evacuações.Deve ser a manifestação mais freqüente de alteração da absorção ou transporte intestinal de substâncias, alterações estas que em geral são devidas a uma infecção bacteriana ou viral, a toxinas alimentares, etc.
10 Hipotensão: Pressão sanguínea baixa ou queda repentina na pressão sanguínea. A hipotensão pode ocorrer quando uma pessoa muda rapidamente de uma posição sentada ou deitada para a posição de pé, causando vertigem ou desmaio.
11 Acidose: Desequilíbrio do meio interno caracterizado por uma maior concentração de íons hidrogênio no organismo. Pode ser produzida pelo ganho de substâncias ácidas ou perda de substâncias alcalinas (básicas).
12 Lática: Diz-se de ou ácido usado como acidulante e intermediário químico; láctica.
13 Hepatomegalia: Aumento anormal do tamanho do fígado.
14 Esteatose: Degenerescência gordurosa de um tecido.
15 Infecção: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
16 HIV: Abreviatura em inglês do vírus da imunodeficiência humana. É o agente causador da AIDS.
17 Hepáticas: Relativas a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
18 Hepatotoxicidade: É um dano no fígado causado por substâncias químicas chamadas hepatotoxinas.
19 Infecções: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
20 Insuficiência hepática: Deterioração grave da função hepática. Pode ser decorrente de hepatite viral, cirrose e hepatopatia alcoólica (lesão hepática devido ao consumo de álcool) ou medicamentosa (causada por medicamentos como, por exemplo, o acetaminofeno). Para que uma insuficiência hepática ocorra, deve haver uma lesão de grande porção do fígado.
21 Fígado: Órgão que transforma alimento em energia, remove álcool e toxinas do sangue e fabrica bile. A bile, produzida pelo fígado, é importante na digestão, especialmente das gorduras. Após secretada pelas células hepáticas ela é recolhida por canalículos progressivamente maiores que a levam para dois canais que se juntam na saída do fígado e a conduzem intermitentemente até o duodeno, que é a primeira porção do intestino delgado. Com esse canal biliar comum, chamado ducto hepático, comunica-se a vesícula biliar através de um canal sinuoso, chamado ducto cístico. Quando recebe esse canal de drenagem da vesícula biliar, o canal hepático comum muda de nome para colédoco. Este, ao entrar na parede do duodeno, tem um músculo circular, designado esfíncter de Oddi, que controla o seu esvaziamento para o intestino.
22 Insuficiência renal: Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal necessita de diálise ou transplante renal.
23 Urina: Resíduo líquido produzido pela filtração renal no organismo, estocado na bexiga e expelido pelo ato de urinar.
24 Fármaco: Qualquer produto ou preparado farmacêutico; medicamento.
25 Incidência: Medida da freqüência em que uma doença ocorre. Número de casos novos de uma doença em um certo grupo de pessoas por um certo período de tempo.
26 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
27 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
28 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
29 Lactação: Fenômeno fisiológico neuro-endócrino (hormonal) de produção de leite materno pela puérpera no pós-parto; independente dela estar ou não amamentando.Toda mulher após o parto tem produção de leite - lactação; mas, infelizmente nem todas amamentam.
30 Metabólitos: Qualquer composto intermediário das reações enzimáticas do metabolismo.
31 Toxicidade: Capacidade de uma substância produzir efeitos prejudiciais ao organismo vivo.
32 Feto: Filhote por nascer de um mamífero vivíparo no período pós-embrionário, depois que as principais estruturas foram delineadas. Em humanos, do filhote por nascer vai do final da oitava semana após a CONCEPÇÃO até o NASCIMENTO, diferente do EMBRIÃO DE MAMÍFERO prematuro.
33 AUC: A área sob a curva ROC (Receiver Operator Characteristic Curve ou Curva Característica de Operação do Receptor), também chamada de AUC, representa a acurácia ou performance global do teste, pois leva em consideração todos os valores de sensibilidade e especificidade para cada valor da variável do teste. Quanto maior o poder do teste em discriminar os indivíduos doentes e não doentes, mais a curva se aproxima do canto superior esquerdo, no ponto que representa a sensibilidade e 1-especificidade do melhor valor de corte. Quanto melhor o teste, mais a área sob a curva ROC se aproxima de 1.
34 Terapêutica: Terapia, tratamento de doentes.
35 Edema: 1. Inchaço causado pelo excesso de fluidos no organismo. 2. Acúmulo anormal de líquido nos tecidos do organismo, especialmente no tecido conjuntivo.
36 Malformações: 1. Defeito na forma ou na formação; anomalia, aberração, deformação. 2. Em patologia, é vício de conformação de uma parte do corpo, de origem congênita ou hereditária, geralmente curável por cirurgia. Ela é diferente da deformação (que é adquirida) e da monstruosidade (que é incurável).
37 Reprodução: 1. Função pela qual se perpetua a espécie dos seres vivos. 2. Ato ou efeito de reproduzir (-se). 3. Imitação de quadro, fotografia, gravura, etc.
38 Vírus: Pequeno microorganismo capaz de infectar uma célula de um organismo superior e replicar-se utilizando os elementos celulares do hospedeiro. São capazes de causar múltiplas doenças, desde um resfriado comum até a AIDS.
39 Bebês: Lactentes. Inclui o período neonatal e se estende até 1 ano de idade (12 meses).