POSOLOGIA E ADMINISTRAÇÃO AMINOFILINA SANDOZ

Atualizado em 28/05/2016
a posologia deve ser determinada de acordo com a severidade da doença, a idade, a existência de outras afecções1 e a resposta do paciente. Uso adulto: para o tratamento das formas agudas da asma2 brônquica, inclusive estado de mal asmático e respiração Cheyne-Stokes: 1 a 2 ampolas (240 a 480 mg) uma ou duas vezes ao dia, por injeção3 i.v. lenta (5 a 10 minutos). A injeção intramuscular4 é em geral dolorosa e essa via de administração só deve ser considerada se absolutamente necessária; nesse caso, as injeções devem ser profundas. Tratamento prolongado da asma2 brônquica e do broncospasmo (associado com bronquite crônica5 e enfisema6): 1 a 2 comprimidos de 100 mg ou 1 comprimido de 200 mg ou 10 a 20 gotas da solução oral em uma bebida, 2 a 3 vezes ao dia, após as refeições. Nota: a administração intravenosa da aminofilina deve ser feita com especial cautela em pacientes idosos (acima de 65 anos) e portadores de insuficiência cardíaca7, cor pulmonale e insuficiência hepática8. Em geral se recomenda nesses casos uma taxa de infusão de 0,16 mg de aminofilina/kg/hora. O ideal é acertar a dose através da dosagem sérica da teofilina, evitando assim os quadros tóxicos. Níveis séricos de teofilina devem ser medidos em todos os pacientes em tratamento crônico9 com a teofilina. Em obesos deve-se utilizar o peso corpóreo seco. Uso pediátrico: nota: especial cuidado deve ser tomado com o emprego da aminofilina por via oral ou intravenosa em pediatria. As doses terapêuticas são muitas vezes próximas das doses tóxicas. O ideal seria acertar a dose total pelos níveis séricos de teofilina. Várias outras drogas podem interferir com o metabolismo10 da aminofilina e a administração concomitante da aminofilina e outros medicamentos deve ser sempre avaliada. - Administração por via oral de 6/6 horas (4 tomadas diárias). Crianças com menos de 1 ano de idade: dose total = 0,3 x (idade em semanas) + 8. de 1 a 12 anos: 6 mg/kg de peso/dose (dose total diária = 24 mg). Acima de 12 até 16 anos: 5 mg/kg de peso/dose (dose total diária = 20 mg). Acima de 16 anos: 4 mg/kg de peso/dose (dose total diária = 16 mg). Administração por via intravenosa: 1. em apnéia11 neonatal: dose de ataque: 2,5 a 5 mg/kg de peso administrados em infusão intravenosa ao longo de 20 minutos. Dose de manutenção: 1 a 1,5 mg/kg de peso administrados em infusão intravenosa durante o período de 30 minutos, com intervalos de 12 horas, até atingir-se a concentração sérica/terapêutica12 desejada de teofilina. Estado de Mal Asmático. Dosagem de aminofilina contínua após a dose de ataque inicial: idade x taxa de infusão de aminofilina (mg/kg/hora): 6 - 52 semanas [idade semanas x 0,008 + 0,21] x (0,8). 1 - 9 anos (0,64). 9 - 12 anos (0,56). 12 - 16 anos (não fumantes) (0,56). 12 - 16 anos (fumantes) (0,40). Inalação (nebulizador): diluir 0,5 a 1 ml de Aminofilina solução oral em igual volume de água destilada e administrar por meio de um nebulizador. O efeito broncodilatador13 obtido com a administração por essa via pode ser utilizado para permitir penetração mais profunda de antibióticos na árvore brônquica14. Superdosagem: para controlar os sintomas15 tóxicos em caso de excesso posológico por via oral, interrompa o medicamento. Não há antídoto16 específico. Lavagem gástrica17 ou medicação emética podem ser úteis. Evite administrar drogas simpatomiméticas. Utilize fluídos intravenosos, oxigênio e outras medidas de apoio para prevenir a hipotensão18 e controlar a desidratação19. O estímulo do SNC20 pode responder a barbitúricos de curta ação. Controle os níveis séricos até que fiquem inferiores a 20 mcg/ml.
Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Afecções: Quaisquer alterações patológicas do corpo. Em psicologia, estado de morbidez, de anormalidade psíquica.
2 Asma: Doença das vias aéreas inferiores (brônquios), caracterizada por uma diminuição aguda do calibre bronquial em resposta a um estímulo ambiental. Isto produz obstrução e dificuldade respiratória que pode ser revertida de forma espontânea ou com tratamento médico.
3 Injeção: Infiltração de medicação ou nutrientes líquidos no corpo através de uma agulha e seringa.
4 Injeção intramuscular: Injetar medicamento em forma líquida no músculo através do uso de uma agulha e seringa.
5 Bronquite crônica: Inflamação persistente da mucosa dos brônquios, em geral produzida por tabagismo, e caracterizada por um grande aumento na produção de muco bronquial que produz tosse e expectoração durante pelo menos três meses consecutivos durante dois anos.
6 Enfisema: Doença respiratória caracterizada por destruição das paredes que separam um alvéolo de outro, com conseqüente perda da retração pulmonar normal. É produzida pelo hábito de fumar e, em algumas pessoas, pela deficiência de uma proteína chamada Antitripsina.
7 Insuficiência Cardíaca: É uma condição na qual a quantidade de sangue bombeada pelo coração a cada minuto (débito cardíaco) é insuficiente para suprir as demandas normais de oxigênio e de nutrientes do organismo. Refere-se à diminuição da capacidade do coração suportar a carga de trabalho.
8 Insuficiência hepática: Deterioração grave da função hepática. Pode ser decorrente de hepatite viral, cirrose e hepatopatia alcoólica (lesão hepática devido ao consumo de álcool) ou medicamentosa (causada por medicamentos como, por exemplo, o acetaminofeno). Para que uma insuficiência hepática ocorra, deve haver uma lesão de grande porção do fígado.
9 Crônico: Descreve algo que existe por longo período de tempo. O oposto de agudo.
10 Metabolismo: É o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos. São essas reações que permitem a uma célula ou um sistema transformar os alimentos em energia, que será ultilizada pelas células para que as mesmas se multipliquem, cresçam e movimentem-se. O metabolismo divide-se em duas etapas: catabolismo e anabolismo.
11 Apnéia: É uma parada respiratória provocada pelo colabamento total das paredes da faringe que ocorre principalmente enquanto a pessoa está dormindo e roncando. No adulto, considera-se apnéia após 10 segundos de parada respiratória. Como a criança tem uma reserva menor, às vezes, depois de dois ou três segundos, o sangue já se empobrece de oxigênio.
12 Terapêutica: Terapia, tratamento de doentes.
13 Broncodilatador: Substância farmacologicamente ativa que promove a dilatação dos brônquios.
14 Árvore brônquica: A árvore brônquica é formada pelos brônquios, bronquíolos, ductos alveolares, sacos alveolares e alvéolos, e é responsável por levar o ar aspirado pelas fossas nasais até o pulmão.
15 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
16 Antídoto: Substância ou mistura que neutraliza os efeitos de um veneno. Esta ação pode reagir diretamente com o veneno ou amenizar/reverter a ação biológica causada por ele.
17 Lavagem gástrica: É a introdução, através de sonda nasogástrica, de líquido na cavidade gástrica, seguida de sua remoção.
18 Hipotensão: Pressão sanguínea baixa ou queda repentina na pressão sanguínea. A hipotensão pode ocorrer quando uma pessoa muda rapidamente de uma posição sentada ou deitada para a posição de pé, causando vertigem ou desmaio.
19 Desidratação: Perda de líquidos do organismo pelo aumento importante da freqüência urinária, sudorese excessiva, diarréia ou vômito.
20 SNC: Principais órgãos processadores de informação do sistema nervoso, compreendendo cérebro, medula espinhal e meninges.

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