POSOLOGIA E ADMINISTRAÇÃO AMPICILINA

Atualizado em 28/05/2016
infecções1 das vias respiratórias: 250-500 mg a cada 6 horas para adultos; 25-50 mg/kg/dia em doses iguais a cada 6 a 8 horas para crianças. Infecções1 das vias geniturinárias: 500 mg a cada 6 horas para adultos; 50-100 mg/kg/dia em doses iguais a cada 6 a 8 horas para crianças. Meningite2 bacterial: 8 a 14 g a cada 24 horas para adultos; 100 a 200 mg/kg/dia para crianças. Podem ser necessárias doses maiores para infecções1 graves. As doses recomendadas para crianças destinam-se àquelas cujo peso não resulte em doses mais altas que para adultos. Doses menores que as recomendadas acima não devem ser utilizadas. Em infecções1 graves o tratamento poderá ter que se prolongar por várias semanas, e mesmo doses mais elevadas poderão ser necessárias. Os pacientes devem continuar o tratamento por pelo menos 48 a 72 horas após cessarem todos os sintomas3 ou tornarem-se negativas as culturas. As infecções1 por estreptococos hemolíticos requerem um mínimo de 10 dias de tratamento para evitar manifestações de febre reumática4 ou glomerulonefrite5. Nas infecções1 das vias geniturinárias e gastrintestinais, são necessárias freqüentes avaliações bacteriológicas e clínicas assim como exames pós-tratamento repetidos por vários meses para confirmação de cura bacteriológica. Infecções1 por Neisseria gonorrhoeae, infecções1 uretrais, cervicais, retais e faringianas em adultos podem ser tratadas com dose oral única de 3,5 g de ampicilina associada a 1 g de probenecida administrados simultaneamente. Deve-se realizar seguimento por meio de culturas de 4 a 7 dias em homens e de 7 a 14 dias em mulheres, após o tratamento. Todos os pacientes com gonorréia6 deveriam ter teste sorológico para a sífilis7 na epoca do diagnóstico8. Pacientes com sorologia negativa que apresentam lesão9 suspeita de sífilis7 deveriam fazer seguimento de controle sorológico mensal durante 4 meses para detectar possível sífilis7 mascarada pelo tratamento da gonorréia6. Pacientes com gonorréia6 que apresentam sífilis7 concomitante devem receber tratamento adicional para sifilis7 de acordo com seu estágio. - Dosagem: adultos e crianças acima de 20 kg de peso: para infecções1 geniturinárias e do trato gastrintestinal, também para gonorréia6 em homens e mulheres a dose usual e de 500 mg administradas em doses espaçadas, infecções1 agudas e crônicas requerem doses maiores. O tratamento da gonorréia6 requer doses orais de 3,5 g de ampicilina administrada simultaneamente com 1 g de probenecida. Médicos advertem sobre o uso da dosagem recomendada para o tratamento da gonorréia6. Devem ser feitas novas culturas na secreção após 7 e 14 dias após o tratamento. Para infecções1 do trato respiratório a dose usual é de 250 mg espaçada. Crianças pesando 20 kg ou menos: para infecções1 geniturinárias e no trato gastrintestinal a dose usual e de 100 mg/kg/dia. Para infecções1 respiratórias, a dose usual e de 50 mg/kg/dia dividida em 4 vezes. Para todos os casos o tratamento deve continuar por um mínimo de 48 a 72 horas após o desaparecimento dos sintomas3 para que a erradicação bacteriana seja evidenciada. Ampicilina probenecide deve ser administrada em dose única. - Superdosagem: as penicilinas apresentam toxicidade10 mínima ao homem. É improvável que efeitos tóxicos graves resultem de ingestão, mesmo que em largas doses. O perigo potencial associado a administração de altas doses por via parenteral e o possível efeito irritante sobre o sistema nervoso central11 e periférico, podendo causar ataque epileptiforme12. Pacientes com disfunção renal13 são mais susceptíveis a alcançar níveis sangüíneos tóxicos. Desde que não exista antídoto14, o tratamento, se necessário, deve ser de suporte. A ampicilina pode ser removida por hemodiálise15, mas não por diálise peritoneal16.
Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Infecções: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
2 Meningite: Inflamação das meninges, aguda ou crônica, quase sempre de origem infecciosa, com ou sem reação purulenta do líquido cefalorraquidiano. As meninges são três membranas superpostas (dura-máter, aracnoide e pia-máter) que envolvem o encéfalo e a medula espinhal.
3 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
4 Febre reumática: Doença inflamatória produzida como efeito inflamatório anormal secundário a infecções repetidas por uma bactéria chamada estreptococo beta-hemolítico do grupo A. Caracteriza-se por inflamação das articulações, febre, inflamação de uma ou mais de uma estrutura cardíaca, alterações neurológicas, eritema cutâneo. Com o tratamento mais intensivo da faringite estreptocócica, a freqüência desta doença foi consideravelmente reduzida.
5 Glomerulonefrite: Inflamação do glomérulo renal, produzida por diferentes mecanismos imunológicos. Pode produzir uma lesão irreversível do funcionamento renal, causando insuficiência renal crônica.
6 Gonorreia: Infecção bacteriana que compromete o trato genital, produzida por uma bactéria chamada Neisseria gonorrhoeae. Produz uma secreção branca amarelada que sai pela uretra juntamente com ardor ao urinar. É uma causa de infertilidade masculina.Em mulheres, a infecção pode não ser aparente. Se passar despercebida, pode se tornar crônica e ascender, atingindo os anexos uterinos (trompas, útero, ovários) e causar Doença Inflamatória Pélvica e mesmo infertilidade feminina.
7 Sífilis: Doença transmitida pelo contato sexual, causada por uma bactéria de forma espiralada chamada Treponema pallidum. Produz diferentes sintomas de acordo com a etapa da doença. Primeiro surge uma úlcera na zona de contato com inflamação dos gânglios linfáticos regionais. Após um período a lesão inicial cura-se espontaneamente e aparecem lesões secundárias (rash cutâneo, goma sifilítica, etc.). Em suas fases tardias pode causar transtorno neurológico sério e irreversível, que felizmente após o advento do tratamento com antibióticos tem se tornado de ocorrência rara. Pode ser causa de infertilidade e abortos espontâneos repetidos.
8 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
9 Lesão: 1. Ato ou efeito de lesar (-se). 2. Em medicina, ferimento ou traumatismo. 3. Em patologia, qualquer alteração patológica ou traumática de um tecido, especialmente quando acarreta perda de função de uma parte do corpo. Ou também, um dos pontos de manifestação de uma doença sistêmica. 4. Em termos jurídicos, prejuízo sofrido por uma das partes contratantes que dá mais do que recebe, em virtude de erros de apreciação ou devido a elementos circunstanciais. Ou também, em direito penal, ofensa, dano à integridade física de alguém.
10 Toxicidade: Capacidade de uma substância produzir efeitos prejudiciais ao organismo vivo.
11 Sistema Nervoso Central: Principais órgãos processadores de informação do sistema nervoso, compreendendo cérebro, medula espinhal e meninges.
12 Epileptiforme: Semelhante à epilepsia, a seus sintomas ou às suas manifestações.
13 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
14 Antídoto: Substância ou mistura que neutraliza os efeitos de um veneno. Esta ação pode reagir diretamente com o veneno ou amenizar/reverter a ação biológica causada por ele.
15 Hemodiálise: Tipo de diálise que vai promover a retirada das substâncias tóxicas, água e sais minerais do organismo através da passagem do sangue por um filtro. A hemodiálise, em geral, é realizada 3 vezes por semana, em sessões com duração média de 3 a 4 horas, com o auxílio de uma máquina, dentro de clínicas especializadas neste tratamento. Para que o sangue passe pela máquina, é necessária a colocação de um catéter ou a confecção de uma fístula, que é um procedimento realizado mais comumente nas veias do braço, para permitir que estas fiquem mais calibrosas e, desta forma, forneçam o fluxo de sangue adequado para ser filtrado.
16 Diálise peritoneal: Ao invés de utilizar um filtro artificial para “limpar“ o sangue, é utilizado o peritônio, que é uma membrana localizada dentro do abdômen e que reveste os órgãos internos. Através da colocação de um catéter flexível no abdômen, é feita a infusão de um líquido semelhante a um soro na cavidade abdominal. Este líquido, que chamamos de banho de diálise, vai entrar em contato com o peritônio, e por ele será feita a retirada das substâncias tóxicas do sangue. Após um período de permanência do banho de diálise na cavidade abdominal, este fica saturado de substâncias tóxicas e é então retirado, sendo feita em seguida a infusão de novo banho de diálise. Esse processo é realizado de uma forma contínua e é conhecido por CAPD, sigla em inglês que significa diálise peritoneal ambulatorial contínua. A diálise peritoneal é uma forma segura de tratamento realizada atualmente por mais de 100.000 pacientes no mundo todo.

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