PRECAUÇÕES CRIXIVAN

Atualizado em 28/05/2016
gerais: houve ocorrência freqüente de hiperbilirrubinemia indireta durante o tratamento com Crixivan e esta ocorrência foi raramente associada a aumentos das transaminases séricas. Não se sabe se Crixivan exacerbará a hiperbilirrubinemia fisiológica1 observada em recém-nascidos. Condições co-existentes: pacientes com insuficiência hepática2 devido à cirrose3: nestes pacientes, a dose de Crixivan deve ser reduzida devido à redução do metabolismo4 de Crixivan. Não foram estudados pacientes com insuficiência renal5. - Gravidez6: não há estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas. Crixivan deverá ser usado durante a gravidez6 apenas se o benefício potencial justificar os riscos potenciais para o feto7. Efeitos não teratogênicos8: houve ocorrência de hiperbilirrubinemia durante o tratamento com Crixivan. Não se sabe se Crixivan administrado à mãe no período perinatal exacerbará a hipebilirrubinemia fisiológica1 em recém-nascidos. - Nutrizes9: embora não se saiba se Crixivan (sulfato de indinavir) é excretado no leite humano, há o potencial para efeitos adversos do indinavir em bebês10 que estão sendo amamentados. As mães devem ser orientadas a descontinuar a amamentação11 se estiverem recebendo Crixivan. - Uso pediátrico: a segurança e eficácia de Crixivan em pacientes pediátricos não foram estabelecidas. Interações medicamentosas: foram realizados estudos específicos de interações medicamentosas do indinavir com as seguintes drogas: zidovudina, zidovudina/lamivudina, estavudina, trimetoprima/sulfametoxazol, fluconazol, isoniazida, claritromicina, cimetidina, quinidina ou um contraceptivo oral ( noretindrona/etinil estradiol 1/35) Não foram observadas interações clinicamente significativas quando indinavir foi administrado concomitantemente com estas drogas. Contudo, foram observadas interações medicamentosas clinicamente significativas com outras drogas, conforme descrito a seguir. Rifabutina: devido ao aumento da concentração plasmática de rifabutina, é necessário ajuste da posologia de rifabutina quando esta é co-administrada com Crixivan. Cetoconazol: devido ao aumento da concentração plasmática do indinavir, deve-se considerar uma redução na posologia do indinavir quando Crixivan é administrado concomitantemente com cetoconazol. Rifampicina: por ser a rifampicina um potente indutor do P450 3A4 que poderia reduzir significativamente as concentrações plasmáticas de indinavir, não é recomendada a administração concomitante de indinavir e rifampicina. Outros: se indinavir e didanosina forem administrados concomitantemente, devem ser administrados com pelo menos 1 hora de diferença e com o estômago12 vazio; pode ser necessário um pH gástrico normal (ácido) para uma ótima absorção do indinavir, embora o ácido rapidamente degrade a didanosina que é formulada com agentes tampão para aumentar o pH (consulte a bula da didanosina). Não foram realizados estudos com os substratos do citocromo P3A4 terfenadina, astemizol, cisaprida, triazolam e midazolam. Como a competição do indinavir pelo CIP3A4 pode resultar na inibição do metabolismo4 destas drogas e criar um potencial para efeitos adversos graves e/ou efeitos que impliquem em risco de vida (por exemplo, arritmias13 cardíacas, estados de sedação14 prolongada), Crixivan não deve ser administrado concomitantemente com nenhuma destas drogas.
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Complementos

1 Fisiológica: Relativo à fisiologia. A fisiologia é estudo das funções e do funcionamento normal dos seres vivos, especialmente dos processos físico-químicos que ocorrem nas células, tecidos, órgãos e sistemas dos seres vivos sadios.
2 Insuficiência hepática: Deterioração grave da função hepática. Pode ser decorrente de hepatite viral, cirrose e hepatopatia alcoólica (lesão hepática devido ao consumo de álcool) ou medicamentosa (causada por medicamentos como, por exemplo, o acetaminofeno). Para que uma insuficiência hepática ocorra, deve haver uma lesão de grande porção do fígado.
3 Cirrose: Substituição do tecido normal de um órgão (freqüentemente do fígado) por um tecido cicatricial fibroso. Deve-se a uma agressão persistente, infecciosa, tóxica ou metabólica, que produz perda progressiva das células funcionalmente ativas. Leva progressivamente à perda funcional do órgão.
4 Metabolismo: É o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos. São essas reações que permitem a uma célula ou um sistema transformar os alimentos em energia, que será ultilizada pelas células para que as mesmas se multipliquem, cresçam e movimentem-se. O metabolismo divide-se em duas etapas: catabolismo e anabolismo.
5 Insuficiência renal: Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal necessita de diálise ou transplante renal.
6 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
7 Feto: Filhote por nascer de um mamífero vivíparo no período pós-embrionário, depois que as principais estruturas foram delineadas. Em humanos, do filhote por nascer vai do final da oitava semana após a CONCEPÇÃO até o NASCIMENTO, diferente do EMBRIÃO DE MAMÍFERO prematuro.
8 Teratogênicos: Agente teratogênico ou teratógeno é tudo aquilo capaz de produzir dano ao embrião ou feto durante a gravidez. Estes danos podem se refletir como perda da gestação, malformações ou alterações funcionais ou ainda distúrbios neurocomportamentais, como retardo mental.
9 Nutrizes: Mulheres que amamentam; amas de leite; que alimentam.
10 Bebês: Lactentes. Inclui o período neonatal e se estende até 1 ano de idade (12 meses).
11 Amamentação: Ato da nutriz dar o peito e o lactente mamá-lo diretamente. É um fenômeno psico-sócio-cultural. Dar de mamar a; criar ao peito; aleitar; lactar... A amamentação é uma forma de aleitamento, mas há outras formas.
12 Estômago: Órgão da digestão, localizado no quadrante superior esquerdo do abdome, entre o final do ESÔFAGO e o início do DUODENO.
13 Arritmias: Arritmia cardíaca é o nome dado a diversas perturbações que alteram a frequência ou o ritmo dos batimentos cardíacos.
14 Sedação: 1. Ato ou efeito de sedar. 2. Aplicação de sedativo visando aliviar sensação física, por exemplo, de dor. 3. Diminuição de irritabilidade, de nervosismo, como efeito de sedativo. 4. Moderação de hiperatividade orgânica.

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