
INFORMAÇÕES AO PACIENTE DIPIRONA SÓDICA
Ação esperada do medicamento
Dipirona sódica é utilizada no tratamento das manifestações dolorosas e da febre1.
Os efeitos analgésico2 e antipirético3 podem ser esperados em 30 a 60 minutos após a administração e geralmente duram aproximadamente 4 horas.
Cuidados de armazenamento
Conservar o medicamento em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C).
Proteger da luz.
Prazo de validade
Desde que observados os devidos cuidados de conservação, o prazo de validade de dipirona sódica é de 24 meses, contados a partir da data de fabricação impressa em sua embalagem externa.
NÃO USE MEDICAMENTOS COM O PRAZO DE VALIDADE VENCIDO.
Gravidez4 e lactação5
Informe ao seu médico a ocorrência de gravidez4 na vigência do tratamento ou após o seu término. Informe ao seu médico se está amamentando. Dipirona sódica não deve ser utilizada durante o primeiro e terceiro trimestres da gravidez4 e durante a lactação5.
Cuidados de administração
Dipirona sódica não deve ser administrada em altas doses, ou por períodos prolongados, sem controle médico.
Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Interrupção do tratamento
O tratamento pode ser interrompido a qualquer instante sem provocar danos ao paciente.
Reações adversas
Informe seu médico o aparecimento de reações desagradáveis, tais como: coceira, ardor6, inchaço7, bem como quaisquer outros sinais8 ou sintomas9. Informe também caso você sinta dor ou qualquer anormalidade na boca10 ou garganta11.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
Ingestão concomitante com outras substâncias
Deve-se ter cautela quando da administração concomitante de dipirona sódica com ciclosporina. Não são conhecidas interações deste medicamento com alimentos e álcool. Entretanto, recomenda-se não ingerir bebidas alcóolicas durante o tratamento.
Contra-indicações e precauções
O uso deste medicamento é contra-indicado em caso de hipersensibilidade conhecida à dipirona sódica e/ou demais componentes da formulação e/ou a outras pirazonas (Ex. fenezona, propilenazona) e/ou a pirazolidinas (Ex. fenilbutazona, oxifembutazona), incluindo, por exemplo, caso anterior de agranulocitose12 em reação a um destes medicamentos.
Informe ao seu médico sobre qualquer medicamento que esteja usando, antes do início, ou durante o tratamento. Informe também, caso você tenha asma13 ou outros problemas respiratórios. Durante o tratamento com dipirona sódica, pode-se observar uma coloração avermelhada na urina14 que desaparece com a descontinuação do tratamento, devido à excreção do ácido rubazônico.
NÃO TOME REMÉDIO SEM O CONHECIMENTO DO SEU MÉDICO, PODE SER PERIGOSO PARA A SAÚDE15.
- INFORMAÇÕES TÉCNICAS
CARACTERÍSTICAS
Propriedades Farmacodinâmicas: A dipirona sódica é um derivado pirazolônico não-narcótico
com efeitos analgésico2 e antipirético3. O seu mecanismo de ação não se encontra completamente investigado. Alguns dados indicam que a dipirona sódica e seu principal metabólito16 (4-N-metilaminoantipirina) possuem mecanismo de ação central e periférico combinados.
Propriedades Farmacocinéticas: A farmacocinética da dipirona sódica e de seus metabólitos17 não está completamente investigada, porém as seguintes informações podem ser fornecidas: Após administração oral, a dipirona sódica é completamente hidrolisada em sua porção ativa, 4-N-metilaminoantipirina (MAA). A biodisponibilidade absoluta do MAA é de aproximadamente 90%, sendo um pouco maior após administração oral quando comparada à administração intravenosa. A farmacocinética do MAA não é extensivamente alterada quando a dipirona sódica é administrada concomitantemente a alimentos.
Principalmente o MAA, mas também o 4-aminoantipirina (AA), contribuem para o efeito clínico. Os valores de AUC18 para AA constituem aproximadamente 25% do valor de AUC18 para MAA. Os metabólitos17 4-N-acetilaminoantipirina (AAA) e 4-Nformilaminoantipirina (FAA) parecem não apresentar efeito clínico. São observadas farmacocinética não-lineares para todos os metabólitos17. São necessários estudos adicionais antes que se chegue a uma conclusão sobre o significado clínico destes resultados. O acúmulo de metabólitos17 apresenta pequena relevância clínica em tratamentos de curto prazo. O grau de ligação às proteínas19 plasmáticas é de 58%
para MAA, 48% para AA, 18% para FAA e 14% para AAA.
Após administração intravenosa, a meia-vida plasmática é de aproximadamente 14 minutos para a dipirona sódica. Aproximadamente 96% e 6% da dose radiomarcada administrada por via intravenosa foram excretadas na urina14 e fezes, respectivamente.
Foram identificados 85% dos metabólitos17 que são excretados na urina14, quando da administração oral de dose única, obtendo-se 3% ± 1% para MAA, 6% ± 3% para AA, 26% ± 8% para AAA e 23% ± 4% para FAA. Após administração oral de dose única de 1 g de dipirona sódica, o clearance renal20 foi de 5 mL ± 2 mL/min para MAA, 38 mL ± 13 mL/min para AA, 61 mL ± 8 mL/min para AAA e 49 mL ± 5 mL/min para FAA. As meias-vidas plasmáticas correspondentes foram de 2,7 ± 0,5 horas para MAA, 3,7 ± 1,3 horas para AA, 9,5 ± 1,5 horas para AAA e 11,2 ± 1,5 horas para FAA.
Em idosos, a exposição (AUC18) aumenta 2 a 3 vezes. Em pacientes com cirrose21 hepática22, após administração oral de dose única, a meia-vida de MAA e FAA aumentou 3 vezes (10 horas), enquanto para AA e AAA este aumento não foi tão marcante.
Pacientes com insuficiência renal23 não foram extensivamente estudados até o momento. Os dados disponíveis indicam que a eliminação de alguns metabólitos17 (AAA e FAA) é reduzida.