POSOLOGIA E ADMINISTRAÇÃO ETOPOSIDO INJETÁVEL

Atualizado em 28/05/2016
a dose usual de etoposido deve se basear na resposta clínica e hematológica, e na tolerância do paciente. A dose deverá ser modificada em função dos efeitos mielodepressores de outras drogas associadas ou dos efeitos de terapia prévia com radiação ou da quimioterapia1 que possam ter comprometido a reserva medular. Não se deve repetir a dose de etoposido até que a função hematológica retorne a limites aceitáveis. O etoposido deve ser administrado com cautela em pacientes com insuficiência hepática2 ligeira a moderada. Pode ser necessário ajuste posológico necessário em pacientes com disfunção renal3, uma vez que parte do etoposido (cerca de 30%) é excretado inalterado pela urina4. Adultos: a posologia usual de Etoposido Injetável é de 50-60 mg/m2/dia por via intravenosa durante 5 dias consecutivos, seguidos de intervalo no tratamento de 2 a 4 semanas. A dose total não deve, normalmente, exceder 400 mg/m2 por período de tratamento. Administração: foi reportado que os dispositivos plásticos de acrílico ou ABS (um polímero de acrilonitrila, butadieno e estireno) podem se romper ou vazar quando usados com Etoposido Injetável não diluído. O etoposido deve ser administrado lentamente por via intravenosa (normalmente durante um período de 30 a 60 minutos), uma vez que se verificou hipotensão5 após administração intravenosa rápida. Períodos de infusão mais longos podem ser necessários, de acordo com a tolerância do paciente. O etoposido não deve ser administrado por via intrapleural ou intraperitoneal, nem por infusão intravenosa rápida. O etoposido deve ser diluído antes de sua administração. As concentrações resultantes não devem exceder 0,4 mg/ml, porque pode ocorrer precipitação. Geralmente, o etoposido é adicionado a 250 ml de soro6 fisiológico7 (cloreto de sódio a 0,9%) ou glicose8 a 5%. A infusão deve ser administrada por um período de 30 a 60 minutos. Incompatibilidades e estabilidade: Etoposido Injetável não deve ser fisicamente misturado com quaisquer outros fármacos. Sempre que a solução e recipiente permitirem, os fármacos destinados à administração parenteral devem ser inspecionados quanto à possível existência de partículas e descoloração, antes de serem usados. Deve-se evitar o contato com soluções tampão aquosas com pH superior a 8. As soluções diluídas a 0,4 mg/ml em glicose8 a 5% ou cloreto de sódio a 0,9% são estáveis durante 24 horas, desde que conservadas a temperaturas entre 2 e 8ºC. Os frascos-ampola fechados de Etoposido Injetável devem ser conservados a temperaturas inferiores a 25ºC, ao abrigo da luz. A apresentação de etoposido com 5 ml (100 mg de etoposido) é para uso único. Deve-se descartar o restante da solução não utilizada. Superdosagem: a administração intravenosa de doses totais de 2,4 g/m2 a 3,5 g/m2 por 3 dias resultou em mucosite9 grave e mielotoxicidade. Foram relatados acidose metabólica10 e casos de toxicidade11 hepática12 grave em pacientes recebendo doses mais altas que as recomendadas.
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Complementos

1 Quimioterapia: Método que utiliza compostos químicos, chamados quimioterápicos, no tratamento de doenças causadas por agentes biológicos. Quando aplicada ao câncer, a quimioterapia é chamada de quimioterapia antineoplásica ou quimioterapia antiblástica.
2 Insuficiência hepática: Deterioração grave da função hepática. Pode ser decorrente de hepatite viral, cirrose e hepatopatia alcoólica (lesão hepática devido ao consumo de álcool) ou medicamentosa (causada por medicamentos como, por exemplo, o acetaminofeno). Para que uma insuficiência hepática ocorra, deve haver uma lesão de grande porção do fígado.
3 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
4 Urina: Resíduo líquido produzido pela filtração renal no organismo, estocado na bexiga e expelido pelo ato de urinar.
5 Hipotensão: Pressão sanguínea baixa ou queda repentina na pressão sanguínea. A hipotensão pode ocorrer quando uma pessoa muda rapidamente de uma posição sentada ou deitada para a posição de pé, causando vertigem ou desmaio.
6 Soro: Chama-se assim qualquer líquido de características cristalinas e incolor.
7 Fisiológico: Relativo à fisiologia. A fisiologia é estudo das funções e do funcionamento normal dos seres vivos, especialmente dos processos físico-químicos que ocorrem nas células, tecidos, órgãos e sistemas dos seres vivos sadios.
8 Glicose: Uma das formas mais simples de açúcar.
9 Mucosite: Inflamação de uma membrana mucosa, produzida por uma infecção ou lesão secundária à radioterapia, quimioterapia, carências nutricionais, etc.
10 Acidose metabólica: A acidose metabólica é uma acidez excessiva do sangue caracterizada por uma concentração anormalmente baixa de bicarbonato no sangue. Quando um aumento do ácido ultrapassa o sistema tampão de amortecimento do pH do organismo, o sangue pode acidificar-se. Quando o pH do sangue diminui, a respiração torna-se mais profunda e mais rápida, porque o corpo tenta liberar o excesso de ácido diminuindo o volume do anidrido carbônico. Os rins também tentam compensá-lo por meio da excreção de uma maior quantidade de ácido na urina. Contudo, ambos os mecanismos podem ser ultrapassados se o corpo continuar a produzir excesso de ácido, o que conduz a uma acidose grave e ao coma. A gasometria arterial é essencial para o seu diagnóstico. O pH está baixo (menor que 7,35) e os níveis de bicarbonato estão diminuídos (<24 mmol/l). Devido à compensação respiratória (hiperventilação), o dióxido de carbono está diminuído e o oxigênio está aumentado.
11 Toxicidade: Capacidade de uma substância produzir efeitos prejudiciais ao organismo vivo.
12 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.

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