INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS FRONTAL XR
Os benzodiazepínicos, incluindo o alprazolam, produzem efeitos depressores aditivos do sistema nervoso central1, quando administrados concomitantemente com outros medicamentos psicotrópicos2, anticonvulsivantes, anti-histamínicos, etanol e outros fármacos que produzem depressão do sistema nervoso central1.Foi relatado que as concentrações plasmáticas de imipramina e desipramina, no estado de equilíbrio dinâmico, aumentam 31% e 20%, respectivamente, quando alprazolam é administrado concomitantemente em doses de até 4 mg/dia. O significado clínico dessas alterações não é conhecido.
Podem ocorrer interações farmacocinéticas quando alprazolam é administrado com fármacos que interferem no seu metabolismo3. Compostos que inibem determinadas enzimas hepáticas4 (particularmente o citocromo P450 3A4) podem aumentar a concentração de alprazolam e acentuar sua atividade. Dados obtidos a partir de estudos clínicos com alprazolam, com fármacos metabolizados similarmente ao alprazolam e de estudos in vitro mostram interações de variados graus e possibilidade de interação com alprazolam para uma quantidade de fármacos.
Baseando-se no grau de interação e no tipo de dados disponíveis, recomenda-se o seguinte: a co-administração de alprazolam com cetoconazol, itraconazol e outros antifúngicos da classe dos azóis não é recomendada. Aconselha-se cautela e consideração de redução de dose quando alprazolam é co-administrado com nefazodona, fluvoxamina e cimetidina. Também recomenda-se cautela quando alprazolam é co-administrado com fluoxetina, propoxifeno, anticoncepcionais orais, sertralina, paroxetina, diltiazem, isoniazida ou antibióticos macrolídeos como eritromicina e troleandomicina. Os dados dos estudos in vitro de outros benzodiazepínicos que não o alprazolam, sugerem uma possível interação medicamentosa com os seguintes agentes: ergotamina, ciclosporina, amiodarona, nicardipino e nifedipino. Interações envolvendo inibidores da protease5 de HIV6 (por exemplo, ritonavir) e alprazolam são complexas e dependentes do tempo. Doses baixas de ritonavir resultaram num grande prejuízo para o clearance de alprazolam, o qual teve sua meia-vida de eliminação prolongada e efeitos clínicos aumentados. No entanto, na exposição prolongada ao ritonavir, a indução do CYP 3A compensou esta inibição. Essa interação requererá um ajuste de dose ou a descontinuação de alprazolam.
Recomenda-se cautela durante a administração concomitante de qualquer desses fármacos com o alprazolam.
Interações com Testes Laboratoriais
Embora tenham sido relatadas ocasionalmente interações entre os benzodiazepínicos e os testes laboratoriais empregados comumente, não existe nenhum padrão para um fármaco7 ou teste específico.