CONTRA-INDICAÇÕES MEBENDAZOL

Atualizado em 28/05/2016

O Mebendazol é contra-indicado em pacientes com história de hipersensibilidade ao fármaco1; e também durante a gravidez2 e a lactação3.

- EFEITOS COLATERAIS4 E REAÇÕES ADVERSAS
Geralmente o Mebendazol é bem tolerado. Sintomas5 transitórios de dor abdominal e diarréia6 podem ocorrer em casos de infestação7 maciça, com grande eliminação de vermes. Raramente foram observadas reações de hipersensibilidade como urticária8, angioedema9 e ainda mais raramente, convulsões, vertigens10 e dores de cabeça11.

- PRECAUÇÕES
O uso em crianças menores de 1 ano é raro. Houve relatos esporádicos de convulsões nestes pacientes.
Assim, Mebendazol só deve ser usado em crianças menores de 1 ano de idade se a verminose causar uma desnutrição12 significativa ou prejudicar o desenvolvimento da criança.
Gravidez2:- Nos estudos realizados em ratas grávidas, com doses de 10mg/kg, foram evidenciados efeitos embriotóxicos e teratogênicos13, assim sendo, não é aconselhável o uso deste medicamento durante a gravidez2, especialmente no primeiro trimestre. Cabe ressaltar que um levantamento feito em 170 pacientes grávidas de vários países que fizeram uso inadvertidamente do  Mebendazol durante o primeiro trimestre de gestação, não foram observadas mal formações atribuíveis ao mebendazol. Neste levantamento a incidência14 de aborto espontâneo e mal formação não foi superior  à observada na população em geral.
Amamentação15:- Não se sabe se o Mebendazol é excretado no leite materno. Como muitos fármacos são excretados, deve-se ter em mente esta possibilidade ao administrar-se Mebendazol a lactantes16.
Higiene:- Os pacientes devem ser informados que a higiene é importante para prevenir a reinfestação e a sua transmissão.
Uso em geriatria:- Não existem informações disponíveis na relação da idade e os efeitos do Mebendazol em pacientes geriátricos.

- INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
O uso concomitante de cimetidina pode inibir o metabolismo17 do Mebendazol no fígado18, resultando em aumento da concentração plasmática do Mebendazol, especialmente em uso crônico19. Nestes casos, recomenda-se a dosagem da concentração plasmática para determinar a posologia.
O Mebendazol é pouco absorvido (aproximadamente 5 a 10%) no trato gastrintestinal, sendo que a absorção pode ser aumentada quando ingerido com alimento, especialmente alimentos ricos em gordura20.

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Fármaco: Qualquer produto ou preparado farmacêutico; medicamento.
2 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
3 Lactação: Fenômeno fisiológico neuro-endócrino (hormonal) de produção de leite materno pela puérpera no pós-parto; independente dela estar ou não amamentando.Toda mulher após o parto tem produção de leite - lactação; mas, infelizmente nem todas amamentam.
4 Efeitos colaterais: 1. Ação não esperada de um medicamento. Ou seja, significa a ação sobre alguma parte do organismo diferente daquela que precisa ser tratada pelo medicamento. 2. Possível reação que pode ocorrer durante o uso do medicamento, podendo ser benéfica ou maléfica.
5 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
6 Diarréia: Aumento do volume, freqüência ou quantidade de líquido nas evacuações.Deve ser a manifestação mais freqüente de alteração da absorção ou transporte intestinal de substâncias, alterações estas que em geral são devidas a uma infecção bacteriana ou viral, a toxinas alimentares, etc.
7 Infestação: Infecção produzida por parasitas. Exemplos de infestações são sarna (escabiose), pediculose (piolhos), infecção por parasitas intestinais, etc.
8 Urticária: Reação alérgica manifestada na pele como elevações pruriginosas, acompanhadas de vermelhidão da mesma. Pode afetar uma parte ou a totalidade da pele. Em geral é autolimitada e cede em pouco tempo, podendo apresentar períodos de melhora e piora ao longo de vários dias.
9 Angioedema: Caracteriza-se por áreas circunscritas de edema indolor e não-pruriginoso decorrente de aumento da permeabilidade vascular. Os locais mais acometidos são a cabeça e o pescoço, incluindo os lábios, assoalho da boca, língua e laringe, mas o edema pode acometer qualquer parte do corpo. Nos casos mais avançados, o angioedema pode causar obstrução das vias aéreas. A complicação mais grave é o inchaço na garganta (edema de glote).
10 Vertigens: O termo vem do latim “vertere” e quer dizer rodar. A definição clássica de vertigem é alucinação do movimento. O indivíduo vê os objetos do ambiente rodarem ao seu redor ou seu corpo rodar em relação ao ambiente.
11 Cabeça:
12 Desnutrição: Estado carencial produzido por ingestão insuficiente de calorias, proteínas ou ambos. Manifesta-se por distúrbios do desenvolvimento (na infância), atrofia de tecidos músculo-esqueléticos e caquexia.
13 Teratogênicos: Agente teratogênico ou teratógeno é tudo aquilo capaz de produzir dano ao embrião ou feto durante a gravidez. Estes danos podem se refletir como perda da gestação, malformações ou alterações funcionais ou ainda distúrbios neurocomportamentais, como retardo mental.
14 Incidência: Medida da freqüência em que uma doença ocorre. Número de casos novos de uma doença em um certo grupo de pessoas por um certo período de tempo.
15 Amamentação: Ato da nutriz dar o peito e o lactente mamá-lo diretamente. É um fenômeno psico-sócio-cultural. Dar de mamar a; criar ao peito; aleitar; lactar... A amamentação é uma forma de aleitamento, mas há outras formas.
16 Lactantes: Que produzem leite; que aleitam.
17 Metabolismo: É o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos. São essas reações que permitem a uma célula ou um sistema transformar os alimentos em energia, que será ultilizada pelas células para que as mesmas se multipliquem, cresçam e movimentem-se. O metabolismo divide-se em duas etapas: catabolismo e anabolismo.
18 Fígado: Órgão que transforma alimento em energia, remove álcool e toxinas do sangue e fabrica bile. A bile, produzida pelo fígado, é importante na digestão, especialmente das gorduras. Após secretada pelas células hepáticas ela é recolhida por canalículos progressivamente maiores que a levam para dois canais que se juntam na saída do fígado e a conduzem intermitentemente até o duodeno, que é a primeira porção do intestino delgado. Com esse canal biliar comum, chamado ducto hepático, comunica-se a vesícula biliar através de um canal sinuoso, chamado ducto cístico. Quando recebe esse canal de drenagem da vesícula biliar, o canal hepático comum muda de nome para colédoco. Este, ao entrar na parede do duodeno, tem um músculo circular, designado esfíncter de Oddi, que controla o seu esvaziamento para o intestino.
19 Crônico: Descreve algo que existe por longo período de tempo. O oposto de agudo.
20 Gordura: Um dos três principais nutrientes dos alimentos. Os alimentos que fornecem gordura são: manteiga, margarina, óleos, nozes, carnes vermelhas, peixes, frango e alguns derivados do leite. O excesso de calorias é estocado no organismo na forma de gordura, fornecendo uma reserva de energia ao organismo.

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