PRECAUÇÕES E ADVERTÊNCIAS NASONEX

Atualizado em 28/05/2016

O spray nasal aquoso NASONEX não deve ser usado em presença de infecção1 local da mucosa2 nasal que não esteja sendo tratada.
Em decorrência do efeito inibidor dos corticosteróides sobre a cicatrização de ferimentos, os pacientes submetidos à cirurgia ou que apresentaram traumatismo3 nasal recente não devem usar corticosteróide nasal até que tenha ocorrido a cicatrização.
Depois de 12 meses de tratamento com o spray nasal aquoso NASONEX, não houve evidência de atrofia4 da mucosa2 nasal; além disso, o furoato de mometasona tendeu a reverter a mucosa2 nasal até um padrão histológico5 normal. Como em qualquer outro tratamento a longo prazo, os pacientes que usam o spray nasal aquoso NASONEX durante vários meses ou durante períodos mais prolongados devem ser examinados periodicamente para avaliação de possíveis alterações na mucosa2 nasal. No caso de se desenvolver uma infecção1 micótica localizada no nariz6 ou na faringe7, é possível que seja necessário suspender a administração do spray nasal aquoso NASONEX e/ou instituir tratamento apropriado. A persistência de irritação nasofaríngea pode ser uma indicação da suspensão do tratamento com o spray nasal aquoso NASONEX.
O spray nasal aquoso NASONEX deve ser usado com cautela em alguns casos ou, então, não ser usado por pacientes com infecção1 tuberculosa ativa ou latente das vias respiratórias; com infecções8 micóticas, bacterianas ou viróticas sistêmicas não-tratadas, ou com herpes simples ocular.
Não existe evidência de supressão do eixo hipotálamo9-hipófise10-adrenal (HHA) depois do tratamento prolongado com o spray nasal aquoso NASONEX. Os pacientes que fazem uso de corticosteróides de ação sistêmica a longo prazo que se encontram em fase de transferência para o spray nasal aquoso NASONEX precisam ser acompanhados cuidadosamente. A suspensão do corticosteróide sistêmico11 em tais pacientes pode dar lugar à insuficiência12 supra-renal13 durante vários meses até que se recupere a função do eixo
HHA. Se estes pacientes mostrarem sinais14 e/ou sintomas15 de insuficiência12 adrenal, a administração do corticosteróide sistêmico11 deverá ser retomada e deverão ser instituídas outras modalidades terapêuticas e medidas apropriadas.
Em um estudo clínico controlado por placebo16 em pacientes pediátricos, em que 100 µg (1 atomização de 50 µg em cada narina) de NASONEX foram administrados diariamente por um ano, não se observou redução da velocidade de crescimento do paciente.
Durante a mudança dos corticosteróides sistêmicos17 para o spray nasal aquoso NASONEX, alguns pacientes podem apresentar, inicialmente, sintomas15 relacionados com a retirada dos corticosteróides de ação sistêmica (p. ex., dor articular e/ou muscular, astenia18 e depressão), apesar do alívio dos sintomas15 nasais, sendo necessária orientação para que se mantenha o tratamento com o spray nasal aquoso NASONEX. Tal mudança pode revelar também afecções19 alérgicas anteriores, como, p. ex., conjuntivite20 alérgica e eczema21, previamente suprimidas pela administração do corticosteróide sistêmico11.
Os pacientes que recebem corticosteróides e que estão potencialmente imunossuprimidos devem ser orientados sobre o risco de exposição a certas infecções8 (p. ex., varicela22, sarampo23) e para a importância de consultarem um médico em caso de ocorrência desse tipo de infecção1.
Em ocasiões muito raras, foram relatados casos de perfuração do septo nasal24 ou aumento da pressão intra-ocular depois do uso de corticosteróide aerosol intranasal.
Carcinogênese, mutagênese e prejuízo da fertilidade
Em ratos Sprague Dawley, o furoato de mometasona não demonstrou aumento estatisticamente significativo da incidência25 de tumores na inalação de uma dose de 67 µg/kg (aproximadamente 3 vezes a dose intranasal diária máxima recomendada em adultos). Em ratos Swiss CD-1, o furoato de mometasona não demonstrou aumento estatisticamente significativo da incidência25 de tumores na inalação de uma dose de 160 µg/kg (aproximadamente 4 vezes a dose intranasal em adultos).
Nas doses citotóxicas, o furoato de mometasona produziu aumento das aberrações cromossômicas in vitro em culturas de células26 ovarianas na fase não-ativa de hamster chinês, mas sem a presença da fração S9 do fígado27 do rato. O furoato de mometasona foi não-mutagênico no doseamento de linfoma28 de camundongo e de Salmonella/E.coli, no doseamento de mutações nos microssomos da mama29, no doseamento de aberrações cromossômicas das células26 do pulmão30 de hamster chinês, no doseamento in vivo de
eritrocitomicronúcleos da medula óssea31 de camundongos, no doseamento da clastogenicidade da medula óssea31 de ratos e no doseamento da clastogenicidade das células germinativas32 de camundongos machos. O furoato de mometasona também não induziu síntese desordenada de DNA in vivo no hepatócito de ratos.
Em estudos de toxicidade33 na reprodução34 de ratos, o furoato de mometasona, administrado subcutaneamente, causou prolongamento da gestação, parto difícil e longo, redução da sobrevivência35 da prole e redução do ganho de peso materno após tratamento de 15 µg/kg (aproximadamente 3/4 da dose intranasal diária recomendada máxima). Não houve prejuízo da fertilidade em ratos produzido por doses subcutâneas de até 15 µg/kg.

Uso pediátrico
A segurança e a eficácia em crianças menores de 3 anos não foram estabelecidas.

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Infecção: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
2 Mucosa: Tipo de membrana, umidificada por secreções glandulares, que recobre cavidades orgânicas em contato direto ou indireto com o meio exterior.
3 Traumatismo: Lesão produzida pela ação de um agente vulnerante físico, químico ou biológico e etc. sobre uma ou várias partes do organismo.
4 Atrofia: 1. Em biologia, é a falta de desenvolvimento de corpo, órgão, tecido ou membro. 2. Em patologia, é a diminuição de peso e volume de órgão, tecido ou membro por nutrição insuficiente das células ou imobilização. 3. No sentido figurado, é uma debilitação ou perda de alguma faculdade mental ou de um dos sentidos, por exemplo, da memória em idosos.
5 Histológico: Relativo à histologia, ou seja, relativo à disciplina biomédica que estuda a estrutura microscópica, composição e função dos tecidos vivos.
6 Nariz: Estrutura especializada que funciona como um órgão do sentido do olfato e que também pertence ao sistema respiratório; o termo inclui tanto o nariz externo como a cavidade nasal.
7 Faringe: Canal músculo-membranoso comum aos sistemas digestivo e respiratório. Comunica-se com a boca e com as fossas nasais. É dividida em três partes: faringe superior (nasofaringe ou rinofaringe), faringe bucal (orofaringe) e faringe inferior (hipofaringe, laringofaringe ou faringe esofagiana), sendo um órgão indispensável para a circulação do ar e dos alimentos.
8 Infecções: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
9 Hipotálamo: Parte ventral do diencéfalo extendendo-se da região do quiasma óptico à borda caudal dos corpos mamilares, formando as paredes lateral e inferior do terceiro ventrículo.
10 Hipófise:
11 Sistêmico: 1. Relativo a sistema ou a sistemática. 2. Relativo à visão conspectiva, estrutural de um sistema; que se refere ou segue um sistema em seu conjunto. 3. Disposto de modo ordenado, metódico, coerente. 4. Em medicina, é o que envolve o organismo como um todo ou em grande parte.
12 Insuficiência: Incapacidade de um órgão ou sistema para realizar adequadamente suas funções.Manifesta-se de diferentes formas segundo o órgão comprometido. Exemplos: insuficiência renal, hepática, cardíaca, respiratória.
13 Supra-renal:
14 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
15 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
16 Placebo: Preparação neutra quanto a efeitos farmacológicos, ministrada em substituição a um medicamento, com a finalidade de suscitar ou controlar as reações, geralmente de natureza psicológica, que acompanham tal procedimento terapêutico.
17 Sistêmicos: 1. Relativo a sistema ou a sistemática. 2. Relativo à visão conspectiva, estrutural de um sistema; que se refere ou segue um sistema em seu conjunto. 3. Disposto de modo ordenado, metódico, coerente. 4. Em medicina, é o que envolve o organismo como um todo ou em grande parte.
18 Astenia: Sensação de fraqueza, sem perda real da capacidade muscular.
19 Afecções: Quaisquer alterações patológicas do corpo. Em psicologia, estado de morbidez, de anormalidade psíquica.
20 Conjuntivite: Inflamação da conjuntiva ocular. Pode ser produzida por alergias, infecções virais, bacterianas, etc. Produz vermelhidão ocular, aumento da secreção e ardor.
21 Eczema: Afecção alérgica da pele, ela pode ser aguda ou crônica, caracterizada por uma reação inflamatória com formação de vesículas, desenvolvimento de escamas e prurido.
22 Varicela: Doença viral freqüente na infância e caracterizada pela presença de febre e comprometimento do estado geral juntamente com a aparição característica de lesões que têm vários estágios. Primeiro são pequenas manchas avermelhadas, a seguir formam-se pequenas bolhas que finalmente rompem-se deixando uma crosta. É contagiosa, mas normalmente não traz maiores conseqüências à criança. As bolhas e suas crostas, se não sofrerem infecção secundária, não deixam cicatriz.
23 Sarampo: Doença infecciosa imunoprevenível, altamente transmissível por via respiratória, causada pelo vírus do sarampo e de imunidade permanente. Geralmente ocorre na infância, mas pode afetar adultos susceptíveis (não imunes). As manifestações clínicas são febre alta, tosse seca persistente, coriza, conjuntivite, aumento dos linfonodos do pescoço e manchas avermelhadas na pele. Em cerca de 30% das pessoas com sarampo podem ocorrer complicações como diarréia, otite, pneumonia e encefalite.
24 Septo Nasal: A divisão que separa as duas cavidades nasais no plano medial, composta de cartilagens, membranas e partes ósseas.
25 Incidência: Medida da freqüência em que uma doença ocorre. Número de casos novos de uma doença em um certo grupo de pessoas por um certo período de tempo.
26 Células: Unidades (ou subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA CELULAR.
27 Fígado: Órgão que transforma alimento em energia, remove álcool e toxinas do sangue e fabrica bile. A bile, produzida pelo fígado, é importante na digestão, especialmente das gorduras. Após secretada pelas células hepáticas ela é recolhida por canalículos progressivamente maiores que a levam para dois canais que se juntam na saída do fígado e a conduzem intermitentemente até o duodeno, que é a primeira porção do intestino delgado. Com esse canal biliar comum, chamado ducto hepático, comunica-se a vesícula biliar através de um canal sinuoso, chamado ducto cístico. Quando recebe esse canal de drenagem da vesícula biliar, o canal hepático comum muda de nome para colédoco. Este, ao entrar na parede do duodeno, tem um músculo circular, designado esfíncter de Oddi, que controla o seu esvaziamento para o intestino.
28 Linfoma: Doença maligna que se caracteriza pela proliferação descontrolada de linfócitos ou seus precursores. A pessoa com linfoma pode apresentar um aumento de tamanho dos gânglios linfáticos, do baço, do fígado e desenvolver febre, perda de peso e debilidade geral.
29 Mama: Em humanos, uma das regiões pareadas na porção anterior do TÓRAX. As mamas consistem das GLÂNDULAS MAMÁRIAS, PELE, MÚSCULOS, TECIDO ADIPOSO e os TECIDOS CONJUNTIVOS.
30 Pulmão: Cada um dos órgãos pareados que ocupam a cavidade torácica que tem como função a oxigenação do sangue.
31 Medula Óssea: Tecido mole que preenche as cavidades dos ossos. A medula óssea apresenta-se de dois tipos, amarela e vermelha. A medula amarela é encontrada em cavidades grandes de ossos grandes e consiste em sua grande maioria de células adiposas e umas poucas células sangüíneas primitivas. A medula vermelha é um tecido hematopoiético e é o sítio de produção de eritrócitos e leucócitos granulares. A medula óssea é constituída de um rede, em forma de treliça, de tecido conjuntivo, contendo fibras ramificadas e preenchida por células medulares.
32 Células Germinativas: São as células responsáveis pela reprodução sexuada e contêm metade do número total de cromossomos de uma espécie. Os espermatozoides (homem) e os ovócitos (mulher) são células germinativas.
33 Toxicidade: Capacidade de uma substância produzir efeitos prejudiciais ao organismo vivo.
34 Reprodução: 1. Função pela qual se perpetua a espécie dos seres vivos. 2. Ato ou efeito de reproduzir (-se). 3. Imitação de quadro, fotografia, gravura, etc.
35 Sobrevivência: 1. Ato ou efeito de sobreviver, de continuar a viver ou a existir. 2. Característica, condição ou virtude daquele ou daquilo que subsiste a um outro. Condição ou qualidade de quem ainda vive após a morte de outra pessoa. 3. Sequência ininterrupta de algo; o que subsiste de (alguma coisa remota no tempo); continuidade, persistência, duração.

Pergunte diretamente a um especialista

Sua pergunta será enviada aos especialistas do CatalogoMed, veja as dúvidas já respondidas.