CARACTERÍSTICAS DORNOT

Atualizado em 28/05/2016

Os analgésicos1 opióides se ligam aos receptores esteroespecíficos do sistema nervoso central2 (SNC3) para alterar os processos de percepção da dor e da resposta emocional à dor. Apesar de ainda não serem conhecidos o local e o mecanismo de ação precisos, alterações na liberação de vários neurotransmissores dos nervos sensitivos ao estímulo doloroso podem ser parcialmente responsáveis pelos efeitos analgésicos1. Quando este medicamento é usado como adjunto de anestésicos, a ação analgésica pode produzir uma proteção dose-relacionada contra as respostas hemodinâmicas ao stress cirúrgico.
Tem sido proposto que existem múltiplos subtipos de receptores opióides, cada um mediando vários efeitos terapêuticos e adversos das drogas opióides. As ações de um analgésico4 opióide pode, então, depender de sua afinidade de ligação por cada tipo de receptor e se ele age como um agonista5 total ou parcial ou se é inativo para cada tipo de receptor.
A petidina inicia sua ação 10 - 15 minutos após injeção intramuscular6 ou subcutânea7 e 1 minuto após injeção8 endovenosa. Sofre metabolização no fígado9 e, também, na mucosa intestinal10 para normeperidina, que é ativa e tóxica. É excretada pelos rins11, sendo que somente 5% é eliminada na forma inalterada.

- INDICAÇÕES:
DORNOT está indicado nos estados de dor e espasmos12 de várias etiologias, tais como: infarto13 agudo14 do miocárdio15, glaucoma16 agudo14, pós-operatórios, pós-traumáticos, dor conseqüente a neoplasia17 maligna, espasmos12 da musculatura lisa dos tratos gastrointestinal, biliar, urogenital18 e vascular19, rigidez e espasmos12 do orifício interno do colo uterino20 durante o trabalho de parto e tetania21 uterina.
DORNOT pode ser empregado, ainda, como pré-anestésico ou como terapia de apoio ao procedimento anestésico.

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Complementos

1 Analgésicos: Grupo de medicamentos usados para aliviar a dor. As drogas analgésicas incluem os antiinflamatórios não-esteróides (AINE), tais como os salicilatos, drogas narcóticas como a morfina e drogas sintéticas com propriedades narcóticas, como o tramadol.
2 Sistema Nervoso Central: Principais órgãos processadores de informação do sistema nervoso, compreendendo cérebro, medula espinhal e meninges.
3 SNC: Principais órgãos processadores de informação do sistema nervoso, compreendendo cérebro, medula espinhal e meninges.
4 Analgésico: Medicamento usado para aliviar a dor. As drogas analgésicas incluem os antiinflamatórios não-esteróides (AINE), tais como os salicilatos, drogas narcóticas como a morfina e drogas sintéticas com propriedades narcóticas, como o tramadol.
5 Agonista: 1. Em farmacologia, agonista refere-se às ações ou aos estímulos provocados por uma resposta, referente ao aumento (ativação) ou diminuição (inibição) da atividade celular. Sendo uma droga receptiva. 2. Lutador. Na Grécia antiga, pessoa que se dedicava à ginástica para fortalecer o físico ou como preparação para o serviço militar.
6 Injeção intramuscular: Injetar medicamento em forma líquida no músculo através do uso de uma agulha e seringa.
7 Subcutânea: Feita ou situada sob a pele; hipodérmica.
8 Injeção: Infiltração de medicação ou nutrientes líquidos no corpo através de uma agulha e seringa.
9 Fígado: Órgão que transforma alimento em energia, remove álcool e toxinas do sangue e fabrica bile. A bile, produzida pelo fígado, é importante na digestão, especialmente das gorduras. Após secretada pelas células hepáticas ela é recolhida por canalículos progressivamente maiores que a levam para dois canais que se juntam na saída do fígado e a conduzem intermitentemente até o duodeno, que é a primeira porção do intestino delgado. Com esse canal biliar comum, chamado ducto hepático, comunica-se a vesícula biliar através de um canal sinuoso, chamado ducto cístico. Quando recebe esse canal de drenagem da vesícula biliar, o canal hepático comum muda de nome para colédoco. Este, ao entrar na parede do duodeno, tem um músculo circular, designado esfíncter de Oddi, que controla o seu esvaziamento para o intestino.
10 Mucosa Intestinal: Revestimento dos INTESTINOS, consistindo em um EPITÉLIO interior, uma LÂMINA PRÓPRIA média, e uma MUSCULARIS MUCOSAE exterior. No INTESTINO DELGADO, a mucosa é caracterizada por várias dobras e muitas células absortivas (ENTERÓCITOS) com MICROVILOSIDADES.
11 Rins: Órgãos em forma de feijão que filtram o sangue e formam a urina. Os rins são localizados na região posterior do abdômen, um de cada lado da coluna vertebral.
12 Espasmos: 1. Contrações involuntárias, não ritmadas, de um ou vários músculos, podendo ocorrer isolada ou continuamente, sendo dolorosas ou não. 2. Qualquer contração muscular anormal. 3. Sentido figurado: arrebatamento, exaltação, espanto.
13 Infarto: Morte de um tecido por irrigação sangüínea insuficiente. O exemplo mais conhecido é o infarto do miocárdio, no qual se produz a obstrução das artérias coronárias com conseqüente lesão irreversível do músculo cardíaco.
14 Agudo: Descreve algo que acontece repentinamente e por curto período de tempo. O oposto de crônico.
15 Miocárdio: Tecido muscular do CORAÇÃO. Composto de células musculares estriadas e involuntárias (MIÓCITOS CARDÍACOS) conectadas, que formam a bomba contrátil geradora do fluxo sangüíneo. Sinônimos: Músculo Cardíaco; Músculo do Coração
16 Glaucoma: É quando há aumento da pressão intra-ocular e danos ao nervo óptico decorrentes desse aumento de pressão. Esses danos se expressam no exame de fundo de olho e por alterações no campo de visão.
17 Neoplasia: Termo que denomina um conjunto de doenças caracterizadas pelo crescimento anormal e em certas situações pela invasão de órgãos à distância (metástases). As neoplasias mais frequentes são as de mama, cólon, pele e pulmões.
18 Urogenital: Na anatomia geral, é a região relativa aos órgãos genitais e urinários; geniturinário.
19 Vascular: Relativo aos vasos sanguíneos do organismo.
20 Colo Uterino: Porção compreendendo o pescoço do ÚTERO (entre o ístmo inferior e a VAGINA), que forma o canal cervical.
21 Tetania: Espasmos e contraturas dos músculos das mãos e pés, e menos freqüentemente dos músculos da face, da laringe (cordas vocais) e da coluna vertebral. Inicialmente, são indolores; mas tendem a tornar-se cada vez mais dolorosos. É um sintoma de alterações bioquímicas do corpo humano e não deve ser confundida com o tétano, que é uma infecção. A causa mais comum é a hipocalcemia (nível baixo de cálcio no sangue). Outras causas incluem hipocalemia (nível baixo de potássio no sangue), hiperpnéia (frequência respiratória anormalmente profunda e rápida, levando a baixos níveis de dióxido de carbono), ou mais raramente de hipoparatiroidismo (atividade diminuída das glândulas paratiróides). Recentemente, considera-se que a hipomagnesemia (nível baixo de magnésio no sangue) é também um dos fatores causais desta situação clínica.

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