POSOLOGIA HALO 2MG/ML-10FR.20ML

Atualizado em 28/05/2016
Como com todas as drogas antipsicóticas, a dosagem deve ser individualizada levando em consideração as necessidades e respostas de cada paciente. A posologia e seus ajustes, para mais ou para menos, devem ser o mais rapidamente possível realizados, para poder-se atingir o controle terapêutico ótimo.Para a determinação da posologia inicial, devem ser levadas em consideração: a idade do paciente, a gravidade da doença, resposta prévia a outras drogas antipsicóticas e qualquer outra medicação concomitante, ou o estado da doença. Crianças debilitadas ou pacientes geriátricos, assim como os com história de reações adversas a drogas antipsicóticas, podem necessitar dosagens menores de Haloperidol. A resposta ótima em tais pacientes é obtida usualmente com ajustes mais graduais da posologia e também em dosagens menores, conforme recomendado abaixo.
A experiência clínica sugere as seguintes dosagens:
VIA ORAL:
Adultos:
Sintomatologia Moderada: .................... 0,5 mg a 2,0 mg - duas ou três vezes ao dia
Sintomatologia Grave: .................... 3,0 mg a 5,0 mg - duas ou três vezes ao dia
Para se atingir um rápido controle, podem ser necessárias doses maiores em alguns casos:
Pacientes Geriátricos ou Debilitados: ............ 0,5 mg a 2,0 mg - duas ou três vezes ao dia
Pacientes Crônicos ou Resistentes: ............... 3,0 mg a 5,0 mg - duas ou três vezes ao dia
Pacientes que permanecem gravemente perturbados ou inadequadamente controlados podem precisar ajuste na dose. Dosagens de até 100 mg podem ser necessárias em alguns casos para se atingir a resposta ótima. O Haloperidol tem sido usado, não com freqüência, em doses acima de 100 mg para pacientes1 de alta resistência; contudo, o uso clínico limitado não demonstrou a segurança na administração prolongada de tais doses.
Crianças:
Haloperidol não deve ser usado em crianças menores de 3 anos.
As recomendações abaixo aplicam-se a crianças entre 3 e 12 anos de idade (com peso entre 15 e 40 kg).
A dosagem pode ser iniciada com a menor dose possível (0,5 mg/dia). Se necessário a dose pode ser aumentada com acréscimos de 0,5 mg, a intervalos de 5 a 7 dias, até que o efeito terapêutico desejado seja atingido.
A dose total pode ser dividida, para ser administrada duas ou três vezes ao dia.
Desordens Psicóticas: .................... de 0,05 mg/kg/dia a 0,15 mg/kg/dia
Desordens de Comportamento Não-Psicótico e
Desordens de Tourette: .................... de 0,05 mg/kg/dia a 0,075 mg/kg/dia
Crianças psicóticas, gravemente perturbadas, podem necessitar de doses maiores.
Nos casos de crianças psicóticas gravemente perturbadas ou em crianças hiperativas acompanhadas de desordens de conduta, que não responderam à psicoterapia ou outra medicação que não os antipsicóticos, pode ser suficiente um tratamento por pouco tempo com Haloperidol, uma vez que estas são manifestações de curta duração. Não existe evidência estabelecendo uma dosagem máxima efetiva.
Há pouca evidência de que uma dose ao redor de 6 mg/dia, possa melhorar o comportamento.
Nota:- Cada gota2 da solução equivale a 0,1 mg de Haloperidol.
Dosagem de Manutenção:
Após a obtenção de resposta terapêutica3 satisfatória, a dosagem deve ser reduzida para a menor dose de manutenção efetiva.
VIA PARENTERAL:
Adultos:
Por Via Intramuscular, em doses de 2 a 5 mg, quando necessário o controle rápido de pacientes agitados de forma aguda, com sintomas4 moderadamente graves ou muito graves.
Dependendo da resposta do paciente, podem ser administradas doses subseqüentes, com freqüência de hora em hora, embora intervalos de 4 a 8 horas possam ser satisfatórios.
Para o controle rápido de psicose5 aguda ou delírio6, o Haloperidol tem sido administrado por via intravenosa lenta, em doses de 0,5 a 50 mg a uma velocidade de 5 mg/minuto. Esta dose pode ser repetida, se necessário, em intervalos de 30 minutos.
Alternativamente, a dose de Haloperidol pode ser diluída em 30 a 50 ml de solução de cloreto de sódio 0,9% ou glicose7 a 5% em água e administrada por um período de 30 minutos.
Assim que possível, a administração parenteral deve ser substituída pela oral.
Crianças:
Não foram feitos ensaios clínicos8 para estabelecer a segurança e a eficácia da administração intramuscular em crianças.
Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Para pacientes: Você pode utilizar este texto livremente com seus pacientes, inclusive alterando-o, de acordo com a sua prática e experiência. Conheça todos os materiais Para Pacientes disponíveis para auxiliar, educar e esclarecer seus pacientes, colaborando para a melhoria da relação médico-paciente, reunidos no canal Para Pacientes . As informações contidas neste texto são baseadas em uma compilação feita pela equipe médica da Centralx. Você deve checar e confirmar as informações e divulgá-las para seus pacientes de acordo com seus conhecimentos médicos.
2 Gota: 1. Distúrbio metabólico produzido pelo aumento na concentração de ácido úrico no sangue. Manifesta-se pela formação de cálculos renais, inflamação articular e depósito de cristais de ácido úrico no tecido celular subcutâneo. A inflamação articular é muito dolorosa e ataca em crises. 2. Pingo de qualquer líquido.
3 Terapêutica: Terapia, tratamento de doentes.
4 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
5 Psicose: Grupo de doenças psiquiátricas caracterizadas pela incapacidade de avaliar corretamente a realidade. A pessoa psicótica reestrutura sua concepção de realidade em torno de uma idéia delirante, sem ter consciência de sua doença.
6 Delírio: Delirio é uma crença sem evidência, acompanhada de uma excepcional convicção irrefutável pelo argumento lógico. Ele se dá com plena lucidez de consciência e não há fatores orgânicos.
7 Glicose: Uma das formas mais simples de açúcar.
8 Ensaios clínicos: Há três fases diferentes em um ensaio clínico. A Fase 1 é o primeiro teste de um tratamento em seres humanos para determinar se ele é seguro. A Fase 2 concentra-se em saber se um tratamento é eficaz. E a Fase 3 é o teste final antes da aprovação para determinar se o tratamento tem vantagens sobre os tratamentos padrões disponíveis.

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