INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS TEGRETARD 200MG-20 BLI.10CPS

Atualizado em 28/05/2016
A indução de enzimas hepáticas1 conseqüente ao tratamento com Carbamazepina pode diminuir a atividade de medicamentos que são metabolizados no fígado2. Isto deve ser levado em consideração quando da administração combinada com outras drogas anticonvulsivantes. As drogas enumeradas a seguir, podem elevar os níveis séricos da Carbamazepina: antibióticos macrolídeos (por ex. eritromicina), isoniazida, alguns antagonistas do cálcio (por ex. verapamil), dextropropoxifeno, viloxazina e possivelmente cimetidina. O aumento dos níveis séricos da carbamazepina pode ocasionar reações adversas (por ex.: tontura3, cefaléia4, ataxia5, diplopia6 e nistagmo7), a dose da Carbamazepina deve ser ajustada adequadamente e/ou os níveis séricos monitorizados.
O uso concomitante de Carbamazepina e lítio é bastante eficaz no tratamento da mania, embora em alguns casos raros possa produzir manifestações neurotóxicas reversíveis. A posologia dos anticoagulantes8 orais deverá ser ajustada de acordo com as necessidades clínicas, quando é iniciado ou suspenso o tratamento com Carbamazepina. Como outros anticonvulsivantes, Carbamazepina pode diminuir o efeito dos contraceptivos orais.
Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Enzimas hepáticas: São duas categorias principais de enzimas hepáticas. A primeira inclui as enzimas transaminasas alaninoaminotransferase (ALT ou TGP) e a aspartato aminotransferase (AST ou TOG). Estas são enzimas indicadoras do dano às células hepáticas. A segunda categoria inclui certas enzimas hepáticas como a fosfatase alcalina (FA) e a gamaglutamiltranspeptidase (GGT) as quais indicam obstrução do sistema biliar, quer seja no fígado ou nos canais maiores da bile que se encontram fora deste órgão.
2 Fígado: Órgão que transforma alimento em energia, remove álcool e toxinas do sangue e fabrica bile. A bile, produzida pelo fígado, é importante na digestão, especialmente das gorduras. Após secretada pelas células hepáticas ela é recolhida por canalículos progressivamente maiores que a levam para dois canais que se juntam na saída do fígado e a conduzem intermitentemente até o duodeno, que é a primeira porção do intestino delgado. Com esse canal biliar comum, chamado ducto hepático, comunica-se a vesícula biliar através de um canal sinuoso, chamado ducto cístico. Quando recebe esse canal de drenagem da vesícula biliar, o canal hepático comum muda de nome para colédoco. Este, ao entrar na parede do duodeno, tem um músculo circular, designado esfíncter de Oddi, que controla o seu esvaziamento para o intestino.
3 Tontura: O indivíduo tem a sensação de desequilíbrio, de instabilidade, de pisar no vazio, de que vai cair.
4 Cefaleia: Sinônimo de dor de cabeça. Este termo engloba todas as dores de cabeça existentes, ou seja, enxaqueca ou migrânea, cefaleia ou dor de cabeça tensional, cefaleia cervicogênica, cefaleia em pontada, cefaleia secundária a sinusite, etc... são tipos dentro do grupo das cefaleias ou dores de cabeça. A cefaleia tipo tensional é a mais comum (acomete 78% da população), seguida da enxaqueca ou migrânea (16% da população).
5 Ataxia: Reflete uma condição de falta de coordenação dos movimentos musculares voluntários podendo afetar a força muscular e o equilíbrio de uma pessoa. É normalmente associada a uma degeneração ou bloqueio de áreas específicas do cérebro e cerebelo. É um sintoma, não uma doença específica ou um diagnóstico.
6 Diplopia: Visão dupla.
7 Nistagmo: Movimento involuntário, rápido e repetitivo do globo ocular. É normal dentro de certos limites diante da mudança de direção do olhar horizontal. Porém, pode expressar doenças neurológicas ou do sistema de equilíbrio.
8 Anticoagulantes: Substâncias ou medicamentos que evitam a coagulação, especialmente do sangue.

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