ADVERTÊNCIAS ALENDRONATO SÓDIO

Atualizado em 28/05/2016
O alendronato sódico, assim como outros bisfosfonatos, pode causar irritaçãolocal da mucosa1 do trato gastrintestinal superior2.
Experiências adversas no esôfago3, tais como esofagite4, úlceras5
e erosões esofágicas, raramente seguidas de estenose6 esofágica ou perfuração,
foram relatadas em pacientes tratados com alendronato sódico. Em alguns
casos, essas ocorrências foram graves e requereram hospitalização. Portanto,
os médicos devem estar atentos a quaisquer sinais7 ou sintomas8 que
indiquem uma possível reação esofágica e os pacientes devem ser
instruídos a descontinuar o uso de alendronato sódico e procurar ajuda
médica se apresentarem disfagia9, odinofagia10, dor retroesternal, pirose11
ou agravamento de pirose11 preexistente.
O risco de experiências adversas graves no esôfago3 parece ser maior
em pacientes que se deitam após ingerir alendronato sódico e/ou em pacientes
que não tomam o comprimido com um copo cheio de água e/ou em pacientes
que continuam tomando alendronato sódico após desenvolverem sintomas8
sugestivos de irritação esofageana. Desse modo, é muito importante que o paciente
receba e compreenda bem todas as instruções relativas à administração
de alendronato sódico (vide item Posologia).
Embora não tenha sido observado risco aumentado em diversos estudos
clínicos, houve raros relatos (após a comercialização) de úlceras5 gástricas
e duodenais, algumas graves e com complicações. Entretanto, uma relação
causal não foi estabelecida.
Em razão dos possíveis efeitos irritativos do alendronato sódico sobre a mucosa1
gastrintestinal superior e seu potencial de agravar uma doença subjacente,
deve-se ter cautela quando o alendronato sódico for administrado a pacientes
com distúrbios ativos do trato gastrintestinal superior2, tais como disfagia9,
doenças esofágicas, gastrite12, duodenite ou úlceras5.
Para facilitar a chegada ao estômago13 e, desse modo, reduzir o potencial
de irritação esofageana, os pacientes devem ser instruídos a ingerir
alendronato sódico com um copo cheio de água e a não se deitar por 30 minutos
no mínimo, após a ingestão, e a se manterem assim até que façam a primeira
refeição do dia. Os pacientes não devem mastigar ou chupar o comprimido,
devido ao potencial de ulceração14 orofaríngea15. Os pacientes devem ser
especialmente instruídos a não tomar o alendronato sódico à noite, ao deitar,
ou antes de se levantar. Informar aos pacientes que, se não seguirem essas
instruções, poderão apresentar aumento dos riscos de problemas esofageanos.
Os pacientes devem ser instruídos a interromper o uso do alendronato sódico
e a procurar um médico se desenvolverem sintomas8 de doenças esofageanas
(tais como dificuldade ou dor ao engolir, dor retroesternal, pirose11 ou agravamento
de pirose11 preexistente).
Caso o paciente esqueça de tomar uma ou mais doses de alendronato sódico,
deverá ser instruído a tomá-la na manhã do dia seguinte em que se lembrou.
O alendronato sódico não é recomendado para pacientes16 com clearance
de creatinina17 plasmática < 35 mL/min (vide item Posologia).
Devem ser consideradas outras causas para a osteoporose18, além da deficiência
de estrógeno19 e do envelhecimento.
A hipocalcemia20 deve ser corrigida antes do início do tratamento com
o alendronato sódico (vide item Contra-indicações). Outros distúrbios do metabolismo21
mineral (tal como deficiência de vitamina22 D) também devem ser tratados.
USO EM IDOSOS, CRIANÇAS E OUTROS GRUPOS DE RISCO:
Uso em idosos
Em estudos clínicos, não houve diferença nos perfis de eficácia e segurança
de alendronato sódico, relacionada à idade.
Insuficiência renal23
O alendronato sódico não é recomendado para pacientes16 com insuficiência24
renal25 grave ( clearance de creatinina17 plasmática < 35 mL/min), devido à falta
de experiência com o medicamento em tal condição.
Gravidez26
O alendronato sódico não deve ser administrado a mulheres grávidas, por não
ter sido estudado nesse grupo.
Lactantes27
O alendronato sódico não deve ser administrado a pacientes que estejam
amamentando, por não ter sido estudado nesse grupo.
Uso Pediátrico
O alendronato sódico não deve ser administrado a crianças, por não ter sido
estudado em grupos pediátricos.
Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Mucosa: Tipo de membrana, umidificada por secreções glandulares, que recobre cavidades orgânicas em contato direto ou indireto com o meio exterior.
2 Trato Gastrintestinal Superior: O segmento do TRATO GASTROINTESTINAL que inclui o ESÔFAGO, o ESTÔMAGO e o DUODENO.
3 Esôfago: Segmento muscular membranoso (entre a FARINGE e o ESTÔMAGO), no TRATO GASTRINTESTINAL SUPERIOR.
4 Esofagite: Inflamação da mucosa esofágica. Pode ser produzida pelo refluxo do conteúdo ácido estomacal (esofagite de refluxo), por ingestão acidental ou intencional de uma substância tóxica (esofagite cáustica), etc.
5 Úlceras: Feridas superficiais em tecido cutâneo ou mucoso que podem ocorrer em diversas partes do organismo. Uma afta é, por exemplo, uma úlcera na boca. A úlcera péptica ocorre no estômago ou no duodeno (mais freqüente). Pessoas que sofrem de estresse são mais susceptíveis a úlcera.
6 Estenose: Estreitamento patológico de um conduto, canal ou orifício.
7 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
8 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
9 Disfagia: Sensação consciente da passagem dos alimentos através do esôfago. Pode estar associado a doenças motoras, inflamatórias ou tumorais deste órgão.
10 Odinofagia: Deglutição com dor.
11 Pirose: Sensação de dor epigástrica semelhante a uma queimadura, ela pode ser acompanhada de regurgitação de suco gástrico para dentro do esôfago; azia.
12 Gastrite: Inflamação aguda ou crônica da mucosa do estômago. Manifesta-se por dor na região superior do abdome, acidez, ardor, náuseas, vômitos, etc. Pode ser produzida por infecções, consumo de medicamentos (aspirina), estresse, etc.
13 Estômago: Órgão da digestão, localizado no quadrante superior esquerdo do abdome, entre o final do ESÔFAGO e o início do DUODENO.
14 Ulceração: 1. Processo patológico de formação de uma úlcera. 2. A úlcera ou um grupo de úlceras.
15 Orofaríngea: Relativo à orofaringe.
16 Para pacientes: Você pode utilizar este texto livremente com seus pacientes, inclusive alterando-o, de acordo com a sua prática e experiência. Conheça todos os materiais Para Pacientes disponíveis para auxiliar, educar e esclarecer seus pacientes, colaborando para a melhoria da relação médico-paciente, reunidos no canal Para Pacientes . As informações contidas neste texto são baseadas em uma compilação feita pela equipe médica da Centralx. Você deve checar e confirmar as informações e divulgá-las para seus pacientes de acordo com seus conhecimentos médicos.
17 Creatinina: Produto residual das proteínas da dieta e dos músculos do corpo. É excretada do organismo pelos rins. Uma vez que as doenças renais progridem, o nível de creatinina aumenta no sangue.
18 Osteoporose: Doença óssea caracterizada pela diminuição da formação de matriz óssea que predispõe a pessoa a sofrer fraturas com traumatismos mínimos ou mesmo na ausência deles. É influenciada por hormônios, sendo comum nas mulheres pós-menopausa. A terapia de reposição hormonal, que administra estrógenos a mulheres que não mais o produzem, tem como um dos seus objetivos minimizar esta doença.
19 Estrógeno: Grupo hormonal produzido principalmente pelos ovários e responsáveis por numerosas ações no organismo feminino (indução da primeira fase do ciclo menstrual, desenvolvimento dos ductos mamários, distribuição corporal do tecido adiposo em um padrão feminino, etc.).
20 Hipocalcemia: É a existência de uma fraca concentração de cálcio no sangue. A manifestação clínica característica da hipocalcemia aguda é a crise de tetania.
21 Metabolismo: É o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos. São essas reações que permitem a uma célula ou um sistema transformar os alimentos em energia, que será ultilizada pelas células para que as mesmas se multipliquem, cresçam e movimentem-se. O metabolismo divide-se em duas etapas: catabolismo e anabolismo.
22 Vitamina: Compostos presentes em pequenas quantidades nos diversos alimentos e nutrientes e que são indispensáveis para o desenvolvimento dos processos biológicos normais.
23 Insuficiência renal: Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal necessita de diálise ou transplante renal.
24 Insuficiência: Incapacidade de um órgão ou sistema para realizar adequadamente suas funções.Manifesta-se de diferentes formas segundo o órgão comprometido. Exemplos: insuficiência renal, hepática, cardíaca, respiratória.
25 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
26 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
27 Lactantes: Que produzem leite; que aleitam.

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