REAÇÕES ADVERSAS A MEDICAMENTOS ALENDRONATO SÓDIO

Atualizado em 28/05/2016
Estudos clínicosEm estudos clínicos, o alendronato sódico foi geralmente bem tolerado. Em estudos
com mais de cinco anos de duração, as reações adversas foram geralmente
leves e não requereram a suspensão do tratamento.
Tratamento da osteoporose1:
Mulheres pós-menopausadas
Em dois estudos multicêntricos, duplo-cegos e controlados com placebo2, com
duração de três anos, e apresentando protocolos virtualmente idênticos, os perfis
globais de segurança do alendronato sódico (10 mg/dia) e do placebo2 foram
similares. As seguintes experiências adversas no trato gastrintestinal superior3
foram relatadas pelos pesquisadores como possíveis, prováveis ou definitivamente
relacionadas à medicação em 1% das pacientes tratadas com alendronato
sódico (10 mg/dia) e com incidência4 maior do que a observada em pacientes que
receberam placebo2: dor abdominal (alendronato sódico = 6,6% vs. placebo2 =
4,8%), dispepsia5 (3,6% vs. 3,5%), úlcera6 esofágica (1,5% vs. zero), disfagia7
(1,0% vs. zero) e distensão abdominal (1,0% vs. 0,8%).
Raramente, ocorreram erupções cutâneas8 e eritema9.
Além disso, as seguintes experiências adversas também foram relatadas
pelos pesquisadores como possíveis, prováveis ou definitivamente
relacionadas à medicação em 1% das pacientes tratadas com alendronato
sódico (10 mg/dia) e com incidência4 maior do que a observada em pacientes
que receberam placebo2: dores musculoesqueléticas (ossos, músculos10
ou articulações11) (4,1% com alendronato sódico vs. 2,5% com placebo2);
constipação12 (3,1% vs. 1,8%), diarréia13 (3,1% vs. 1,8%), flatulência (2,6%
vs. 0,5%) e cefaléia14 (2,6% vs. 1,5%).
Na extensão desses estudos, com dois anos de duração (4° e 5° anos),
os perfis globais de segurança de alendronato sódico (10 mg/dia)
foram similares aos observados durante o período de três anos
controlado com placebo2. Além disso, a proporção de pacientes
que descontinuou o alendronato sódico por causa de experiência
clínica adversa foi similar àquela dos três primeiros anos do estudo.
Em um estudo com duração de um ano, duplo-cego, multicêntrico,
os perfis globais de segurança e tolerabilidade e do uso diário de 10 mg
de alendronato sódico (n= 370) foram similares. As seguintes
experiências adversas foram relatadas pelos pesquisadores como
possíveis, prováveis ou definitivamente relacionadas à medicação
em 1% das pacientes tratadas com 10 mg diários de alendronato
sódico: dor abdominal; dores musculoesqueléticas (ossos, músculos10
ou articulações11) (3,2%); dispepsia5 (2,2%), regurgitação15 ácida (2,4%);
naúseas (2,4%); distensão abdominal (1,4%); constipação12 (1,6%);
flatulência (1,6%); cãibras musculares (1,1%); gastrite16 (1,1%),
e úlcera gástrica17 (1,1%).
Experiência após a comercialização
As seguintes reações adversas foram relatadas após o início da comercialização
de alendronato sódico:
Gerais: reações de hipersensibilidade, incluindo urticária18 e, raramente, angioedema19.
Gastrintestinais: náuseas20, vômitos21, esofagite22, erosões e úlceras23 esofágicas;
raramente estenose24 esofageana ou perfuração e ulcerações25 orofaríngeas;
ainda raramente, úlceras23 gástricas e duodenais, algumas graves e com
complicações, embora a relação de causalidade não tenha sido estabelecida
(vide itens Advertências e Posologia).
Pele26: erupções cutâneas8 (ocasionalmente com fotossensibilidade). Sentidos especiais: raramente uveíte27.
Achados laboratoriais
Em um estudo duplo-cego28, multicêntrico, controlado, reduções assintomáticas,
leves e transitórias do cálcio e fosfato séricos, em cerca de 18% e 10%,
respectivamente, dos pacientes que estavam recebendo alendronato sódico,
versus cerca de 12% e 3% daqueles que estavam recebendo placebo2.
Entretanto, a incidência4 das reduções do cálcio sérico < 8,0 mg/dL29 (2,0 mM)
e do fosfato sérico < 2,0 mg P/dL (0,65 mM) foram similares em ambos
os grupos de tratamento.
Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Osteoporose: Doença óssea caracterizada pela diminuição da formação de matriz óssea que predispõe a pessoa a sofrer fraturas com traumatismos mínimos ou mesmo na ausência deles. É influenciada por hormônios, sendo comum nas mulheres pós-menopausa. A terapia de reposição hormonal, que administra estrógenos a mulheres que não mais o produzem, tem como um dos seus objetivos minimizar esta doença.
2 Placebo: Preparação neutra quanto a efeitos farmacológicos, ministrada em substituição a um medicamento, com a finalidade de suscitar ou controlar as reações, geralmente de natureza psicológica, que acompanham tal procedimento terapêutico.
3 Trato Gastrintestinal Superior: O segmento do TRATO GASTROINTESTINAL que inclui o ESÔFAGO, o ESTÔMAGO e o DUODENO.
4 Incidência: Medida da freqüência em que uma doença ocorre. Número de casos novos de uma doença em um certo grupo de pessoas por um certo período de tempo.
5 Dispepsia: Dor ou mal-estar localizado no abdome superior. O mal-estar pode caracterizar-se por saciedade precoce, sensação de plenitude, distensão ou náuseas. A dispepsia pode ser intermitente ou contínua, podendo estar relacionada com os alimentos.
6 Úlcera: Ferida superficial em tecido cutâneo ou mucoso que pode ocorrer em diversas partes do organismo. Uma afta é, por exemplo, uma úlcera na boca. A úlcera péptica ocorre no estômago ou no duodeno (mais freqüente). Pessoas que sofrem de estresse são mais susceptíveis a úlcera.
7 Disfagia: Sensação consciente da passagem dos alimentos através do esôfago. Pode estar associado a doenças motoras, inflamatórias ou tumorais deste órgão.
8 Cutâneas: Que dizem respeito à pele, à cútis.
9 Eritema: Vermelhidão da pele, difusa ou salpicada, que desaparece à pressão.
10 Músculos: Tecidos contráteis que produzem movimentos nos animais.
11 Articulações:
12 Constipação: Retardo ou dificuldade nas defecações, suficiente para causar desconforto significativo para a pessoa. Pode significar que as fezes são duras, difíceis de serem expelidas ou infreqüentes (evacuações inferiores a três vezes por semana), ou ainda a sensação de esvaziamento retal incompleto, após as defecações.
13 Diarréia: Aumento do volume, freqüência ou quantidade de líquido nas evacuações.Deve ser a manifestação mais freqüente de alteração da absorção ou transporte intestinal de substâncias, alterações estas que em geral são devidas a uma infecção bacteriana ou viral, a toxinas alimentares, etc.
14 Cefaleia: Sinônimo de dor de cabeça. Este termo engloba todas as dores de cabeça existentes, ou seja, enxaqueca ou migrânea, cefaleia ou dor de cabeça tensional, cefaleia cervicogênica, cefaleia em pontada, cefaleia secundária a sinusite, etc... são tipos dentro do grupo das cefaleias ou dores de cabeça. A cefaleia tipo tensional é a mais comum (acomete 78% da população), seguida da enxaqueca ou migrânea (16% da população).
15 Regurgitação: Presença de conteúdo gástrico na cavidade oral, na ausência do reflexo de vômito. É muito freqüente em lactentes.
16 Gastrite: Inflamação aguda ou crônica da mucosa do estômago. Manifesta-se por dor na região superior do abdome, acidez, ardor, náuseas, vômitos, etc. Pode ser produzida por infecções, consumo de medicamentos (aspirina), estresse, etc.
17 Úlcera gástrica: Lesão na mucosa do estômago. Pode ser provocada por excesso de ácido clorídrico produzido pelo próprio estômago ou por medicamentos como antiinflamatórios ou aspirina. É uma doença infecciosa, causada pela bactéria Helicobacter pylori em quase 100 % dos casos.
18 Urticária: Reação alérgica manifestada na pele como elevações pruriginosas, acompanhadas de vermelhidão da mesma. Pode afetar uma parte ou a totalidade da pele. Em geral é autolimitada e cede em pouco tempo, podendo apresentar períodos de melhora e piora ao longo de vários dias.
19 Angioedema: Caracteriza-se por áreas circunscritas de edema indolor e não-pruriginoso decorrente de aumento da permeabilidade vascular. Os locais mais acometidos são a cabeça e o pescoço, incluindo os lábios, assoalho da boca, língua e laringe, mas o edema pode acometer qualquer parte do corpo. Nos casos mais avançados, o angioedema pode causar obstrução das vias aéreas. A complicação mais grave é o inchaço na garganta (edema de glote).
20 Náuseas: Vontade de vomitar. Forma parte do mecanismo complexo do vômito e pode ser acompanhada de sudorese, sialorréia (salivação excessiva), vertigem, etc .
21 Vômitos: São a expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca. Podem ser classificados em: alimentar, fecalóide, biliar, em jato, pós-prandial. Sinônimo de êmese. Os medicamentos que agem neste sintoma são chamados de antieméticos.
22 Esofagite: Inflamação da mucosa esofágica. Pode ser produzida pelo refluxo do conteúdo ácido estomacal (esofagite de refluxo), por ingestão acidental ou intencional de uma substância tóxica (esofagite cáustica), etc.
23 Úlceras: Feridas superficiais em tecido cutâneo ou mucoso que podem ocorrer em diversas partes do organismo. Uma afta é, por exemplo, uma úlcera na boca. A úlcera péptica ocorre no estômago ou no duodeno (mais freqüente). Pessoas que sofrem de estresse são mais susceptíveis a úlcera.
24 Estenose: Estreitamento patológico de um conduto, canal ou orifício.
25 Ulcerações: 1. Processo patológico de formação de uma úlcera. 2. A úlcera ou um grupo de úlceras.
26 Pele: Camada externa do corpo, que o protege do meio ambiente. Composta por DERME e EPIDERME.
27 Uveíte: Uveíte é uma inflamação intraocular que compromete total ou parcialmente a íris, o corpo ciliar e a coroide (o conjunto dos três forma a úvea), com envolvimento frequente do vítreo, retina e vasos sanguíneos.
28 Estudo duplo-cego: Denominamos um estudo clínico “duplo cego†quando tanto voluntários quanto pesquisadores desconhecem a qual grupo de tratamento do estudo os voluntários foram designados. Denominamos um estudo clínico de “simples cego†quando apenas os voluntários desconhecem o grupo ao qual pertencem no estudo.
29 Mg/dL: Miligramas por decilitro, unidade de medida que mostra a concentração de uma substância em uma quantidade específica de fluido.

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