CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS VENAESCULUS
Suas propriedades se devem principalmente ao saponosídeos, hidroxicumarinas e derivados flavônicos que atuam sobre a fragilidade capilar1 e como vasoconstritores periféricos.Desta forma, ativa a circulação2 sanguínea e favorece o retorno venoso3, prevenindo acidentes vasculares4, estase5 venosa, espasmos6 vasculares4 e tromboflebites7.
Dentre os principais ativos da Castanha da Índia estão: cumarinas (esculetina, fraxetin glucosídeo, escopoletina glucosídeo);
flavonóides (kaempferol, quercetina, astragalin, isoquercetina, rutina, leucocianidina); saponinas triterpênicas (escina, alfa e beta escina); taninos; polissacarídeos (amido); outros constituintes (alantoína, aminoácidos como adenina, adenosina e guanina, colina, ácido cítrico, fitosterol).
Diversos estudos in vitro e in vivo foram realizados com a Castanha da Índia, confirmando seus efeitos terapêuticos e elucidando os mecanismos de ação.
A Castanha da Índia reduz a atividade das enzimas lisossomais, que estão aumentadas durante as patologias venosas crônicas, esta inibição reduz a degradação de proteoglicanas.
Com isso a filtração de proteínas8 de alto peso molecular, eletrólitos9 e água no interstício10 são inibidas, através de uma redução na permeabilidade11 vascular12.
A escina aumentou o tônus venoso, em experimentos com veia safena humana, isto pode ser explicado pela capacidade da escina em aumentar a PGF2a nas veias13, que é responsável pela regulação da contração vascular12.
Diversos estudos clínicos foram realizados com o extrato seco padronizado de Castanha da Índia em pacientes portadores de insuficiência14 venosa crônica ou varicose, todos obtiveram resultados satisfatórios e observou-se uma significante diminuição dos sintomas15 como edema16, inflamação17,
dor e pigmentação.
Após a administração intravenosa em humanos de uma dose de 5 mg de escina (velocidade de 718 mg/min), o tempo de meia-vida alfa de eliminação foi de 6,6 min, a meia-vida beta foi de 1,74 horas e a meia-vida gama foi de 14,36 horas. O volume de distribuição no estágio estacionário
foi de 100,9 litros, o clearance total do plasma18 foi de 21,8 mL/min e clearance renal19 foi de 1,7 mL/min. A excreção urinária de 0 a 120 horas após injeção20 foi relativa a 8,2% da dose.
Após a administração oral em humanos de uma solução de escina a biodisponibilidade absoluta foi determinada em somente 1,5%. Esta baixa disponibilidade ocorre devido a um pronunciado efeito de primeira passagem (metabolismo21 e excreção biliar). A biodisponibilidade da escina presente
no extrato seco padronizado de Castanha da Índia é de 100%, comparada a uma solução de escina.
A DL50 do extrato de Castanha da Índia padronizado foi determinado em diversos animais, na dose oral em coelhos é de 1530 mg/Kg de peso corporal, em camundongos é de 990 mg/kg, em ratos é de 2150 mg/Kg e em cobaias é de 1120 mg/Kg.
Quanto à toxicidade22 oral crônica, nenhum efeito tóxico foi observado após 34 semanas de administração oral do extrato em cães a doses de 20,40 ou 80 mg/Kg corporal diariamente.
Em camundongos, as doses foram de 100, 200 e 400 mg/Kg corporal diariamente. A dose utilizada nos cães corresponde a 8 vezes e a usada em ratos a 40 vezes a dose terapêutica23 utilizada em humanos.