POSOLOGIA E ADMINISTRAÇÃO BIOMETROX

Atualizado em 28/05/2016
Doenças Neoplásicas1: A injeção2 de BIOMETROX (Metotrexato
Sódico) não contém conservantes em sua fórmula, podendo
ser administrada pelas vias intramuscular (IM), intravenosa (IV),
intra-arterial ou intratecal. Os produtos parenterais devem ser
inspecionados visualmente quanto à presença de partículas e
descoloração antes da administração, sempre que o frasco e a
solução o permitirem. As doses individuais ou personalizadas
e as suas freqüências devem ser definidas pelo médico especialista.
O objetivo do esquema posológico aqui apresentado
é indicar uma orientação geral para a farmacoterapia.
Regime de altas doses de Metotrexato Sódico necessitam
de resgate com folinato cálcico (ácido folínico).
Coriocarcinoma e Doenças Trofoblásticas Similares:
BIOMETROX
(Metotrexato Sódico) deve ser administrado por via
IM em doses de 15 a 30 mg/dia durante 5 dias, repetidas de
3 a 5 vezes, com intervalo de 1 semana ou mais, até que cedam
quaisquer sintomas3 tóxicos que se manifestem.
A eficácia do tratamento pode ser avaliada através da análise
quantitativa de 24 horas do hormônio4 gonadotrofina coriônica
(hCG) na urina5, que deve normalizar ou apresentar níveis
menores que 50 UI/24 horas em geral após o 3º ou 4º ciclo, e
freqüentemente vem seguida por uma resolução completa
das lesões6 mensuráveis em 4 a 6 semanas. É recomendado
um ou dois ciclos de BIOMETROX (Metotrexato Sódico) após
a normalização do hCG. Antes de cada ciclo, recomenda-se
avaliação clínica cuidadosa.
Tem sido útil a terapia de BIOMETROX (Metotrexato Sódico)
em combinação cíclica com outros medicamentos.
Como a Mola Hidatiforme7 pode preceder o coriocarcinoma, a
quimioterapia8 profilática com BIOMETROX (Metotrexato Sódico)
tem sido recomendada.
O corioadenoma destruens é considerado como sendo uma
Mola Hidatiforme7 invasiva. As doses recomendadas são semelhantes
às doses para o tratamento do coriocarcinoma.
Leucemia9 Finfoblástica Aguda: Em pacientes pediátricos e
adolescentes jovens é a mais responsiva à quimioterapia8 atual.
Em pacientes adultos jovens e pacientes idosos, a remissão
clínica é mais difícil de ser obtida e a recidiva10 precoce é mais
comum.
BIOMETROX (Metotrexato Sódico) isolado ou em combinação
com esteróides foi utilizado inicialmente para indução de remissão
nas leucemias linfoblásticas agudas. Mais recentemente,
a terapia corticosteróide, em combinação com outras drogas
antileucêmicas ou em combinação cíclica com BIOMETROX
(Metotrexato Sódico) incluído, parecem produzir remissões
rápidas e efetivas. Quando utilizado para indução, BIOMETROX
(Metotrexato Sódico) em doses de 3,3 mg/m2 em combinação
com 60 mg/m2 de prednisona, diários, provocou remissão em
50% dos pacientes tratados, geralmente num período de 4 a 6
semanas. O BIOMETROX (Metotrexato Sódico) em combinação
com outros agentes parece ser a droga de escolha para
assegurar a manutenção das remissões induzidas por droga.
Após a remissão ter sido alcançada e medidas de suporte
terem provocado melhora clínica geral, inicia-se a seguinte
terapia de manutenção:
Administrar 2 vezes por semana, via IM, num total semanal de
30 mg/m2. Também pode ser administrado em doses de 2,5
mg/kg IV a cada 14 dias. Quando e se ocorrer recidiva10, a reindução
da remissão pode ser atingida, repetindo-se o regime
de indução inicial.
Leucemia9 Meníngea11: No tratamento ou na profilaxia da leucemia9
meníngea11, BIOMETROX (Metotrexato Sódico) deve ser
administrado intratecalmente. Para tanto, BIOMETROX (Metotrexato
Sódico) deve ser diluído numa concentração de 1 mg/
ml em solução de cloreto de sódio 0,9% estéril. O volume do
fluido cerebroespinhal depende da idade e não da superfície
corporal.
As doses sugeridas a seguir baseiam-se na idade e não na
superfície corporal:
Idade Dose (mg)
Menos de 1 ano 6 mg
1 ano 8 mg
2 anos 10 mg
3 anos ou mais 12 mg
Pode ser administrado em intervalos de 2 a 5 dias. Porém, a
administração em intervalos menores que 1 semana pode
resultar em aumento da toxicidade12 subaguda13.
BIOMETROX (Metotrexato Sódico) deve ser administrado até
que a contagem celular do fluido cerebroespinhal volte ao
normal. Neste ponto, recomenda-se uma dose adicional. Para
a profilaxia contra a leucemia9 meníngea11, a dose é a mesma
que para o tratamento, exceto para os intervalos da administração.
É aconselhável que o médico consulte a literatura.
Reações adversas podem ocorrer com qualquer injeção2 intratecal
e são comumente neurológicas. Altas doses podem provocar
convulsões.
Micose14 Fungóide: A terapia com BIOMETROX (Metotrexato
Sódico) parece produzir remissão clínica em cerca de 50%
dos casos tratados. A dose IM recomendada é de 50 mg uma
vez por semana, ou 25 mg 2 vezes por semana.
Osteossarcoma: Um regime quimioterápico adjuvante efetivo
necessita da administração de vários agentes quimioterápicos
citotóxicos15. Além das altas doses de BIOMETROX (Metotrexato
Sódico) com resgate de folinato cálcico, podem ser incluídos
os seguintes agentes: doxorrubicina, cisplatina e a combinação
da bleomicina, ciclofosfamida e dactinomicina. A dose inicial
para tratamentos com altas doses de BIOMETROX (Metotrexato
Sódico) é de 12 g/m2. Se esta dose não for suficiente
para produzir picos séricos da concentração plasmática de
1 micromolar ao fim da infusão de BIOMETROX (Metotrexato
Sódico), a dose pode se elevar até 15 g/m2 em tratamentos
subseqüentes. Se o paciente estiver vomitando, ou não tolerar
medicação oral, deve-se administrar folinato cálcico IV ou IM.
NÃO ADMINISTRAR FOLINATO CÁLCICO INTRATECALMENTE.
As doses iniciais recomendadas no tratamento da psoríase16 são:
10 a 25 mg/semana, IM ou IV, em dose única, até que se atinja
uma resposta adequada. A dose pode ser gradualmente ajustada
para alcançar resposta clínica ótima. Uma vez atingida
esta resposta, cada dose deve ser reduzida a menor quantidade
possível e o período de repouso ao mais longo possível. O uso
do BIOMETROX (Metotrexato Sódico) pode permitir a volta à
terapia tópica convencional, que deve ser estimulada.
Artrite Reumatóide17: Pode ser administrado por via IM (intramuscular)
na dose de 7,5 a 15 mg/semana.
Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Neoplásicas: Que apresentam neoplasias, ou seja, que apresentam processo patológico que resulta no desenvolvimento de neoplasma ou tumor. Um neoplasma é uma neoformação de crescimento anormal, incontrolado e progressivo de tecido, mediante proliferação celular.
2 Injeção: Infiltração de medicação ou nutrientes líquidos no corpo através de uma agulha e seringa.
3 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
4 Hormônio: Substância química produzida por uma parte do corpo e liberada no sangue para desencadear ou regular funções particulares do organismo. Por exemplo, a insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas que diz a outras células quando usar a glicose para energia. Hormônios sintéticos, usados como medicamentos, podem ser semelhantes ou diferentes daqueles produzidos pelo organismo.
5 Urina: Resíduo líquido produzido pela filtração renal no organismo, estocado na bexiga e expelido pelo ato de urinar.
6 Lesões: 1. Ato ou efeito de lesar (-se). 2. Em medicina, ferimento ou traumatismo. 3. Em patologia, qualquer alteração patológica ou traumática de um tecido, especialmente quando acarreta perda de função de uma parte do corpo. Ou também, um dos pontos de manifestação de uma doença sistêmica. 4. Em termos jurídicos, prejuízo sofrido por uma das partes contratantes que dá mais do que recebe, em virtude de erros de apreciação ou devido a elementos circunstanciais. Ou também, em direito penal, ofensa, dano à integridade física de alguém.
7 Mola hidatiforme: Tumor benigno que se desenvolve a partir de tecido placentário em fases precoces de uma gravidez em que o embrião não se desenvolve normalmente. Causada por uma degenerescência das vilosidades coriônicas (projeções minúsculas, semelhantes a dedos, existentes na placenta). A causa é desconhecida.
8 Quimioterapia: Método que utiliza compostos químicos, chamados quimioterápicos, no tratamento de doenças causadas por agentes biológicos. Quando aplicada ao câncer, a quimioterapia é chamada de quimioterapia antineoplásica ou quimioterapia antiblástica.
9 Leucemia: Doença maligna caracterizada pela proliferação anormal de elementos celulares que originam os glóbulos brancos (leucócitos). Como resultado, produz-se a substituição do tecido normal por células cancerosas, com conseqüente diminuição da capacidade imunológica, anemia, distúrbios da função plaquetária, etc.
10 Recidiva: 1. Em medicina, é o reaparecimento de uma doença ou de um sintoma, após período de cura mais ou menos longo; recorrência. 2. Em direito penal, significa recaída na mesma falta, no mesmo crime; reincidência.
11 Meníngea: Relativa ou própria da meninge.
12 Toxicidade: Capacidade de uma substância produzir efeitos prejudiciais ao organismo vivo.
13 Subaguda: Levemente aguda ou que apresenta sintomas pouco intensos, mas que só se atenuam muito lentamente (diz-se de afecção ou doença).
14 Micose: Infecção produzida por fungos. Pode ser superficial, quando afeta apenas pele, mucosas e seus anexos, ou profunda, quando acomete órgãos profundos como pulmões, intestinos, etc.
15 Citotóxicos: Diz-se das substâncias que são tóxicas às células ou que impedem o crescimento de um tecido celular.
16 Psoríase: Doença imunológica caracterizada por lesões avermelhadas com descamação aumentada da pele dos cotovelos, joelhos, couro cabeludo e costas juntamente com alterações das unhas (unhas em dedal). Evolui através do tempo com melhoras e pioras, podendo afetar também diferentes articulações.
17 Artrite reumatóide: Doença auto-imune de etiologia desconhecida, caracterizada por poliartrite periférica, simétrica, que leva à deformidade e à destruição das articulações por erosão do osso e cartilagem. Afeta mulheres duas vezes mais do que os homens e sua incidência aumenta com a idade. Em geral, acomete grandes e pequenas articulações em associação com manifestações sistêmicas como rigidez matinal, fadiga e perda de peso. Quando envolve outros órgãos, a morbidade e a gravidade da doença são maiores, podendo diminuir a expectativa de vida em cinco a dez anos.

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