PRECAUÇÕES CLOPSINA

Atualizado em 28/05/2016
Pacientes em tratamento com antidiabéticos e que utilizam doses elevadas de clorpromazina (100 mg ao dia) devem ser informados sobre a possibilidade de elevação da glicemia1. Nestes casos recomenda-se a medição (leitura visual com fitas reagentes) diária da glicose2 sangüínea e avaliação laboratorial hematológica e urinária periodicamente. Se necessário, ajustar a posologia do antidiabético. Em caso de hipertermia deve-se suspender o tratamento, pois este sinal3 pode ser um dos elementos da síndrome4 maligna (palidez, hipertermia e distúrbios vegetativos) que tem sido descrita com o uso de neurolépticos5.
Nos primeiros dias de tratamento, principalmente em hipertensos e hipotensos, recomenda-se que os pacientes deitem-se meia hora em posição horizontal, sem travesseiro, logo após a administração do medicamento.
Devido à ação epileptogênica da clorpromazina, não é recomendada a administração do fármaco6 em pacientes com epilepsia7 instável ou história de convulsões. A clorpromazina somente deve ser utilizada em pacientes com epilepsia7 controlada após receberem criteriosa avaliação médica, mantendo estrito acompanhamento durante a terapia.
O cloridrato de clorpromazina também deve ser utilizado com precaução em pacientes parkinsonianos, pois, geralmente, devido à idade avançada, o neuroléptico8 pode causar ou acentuar a hipotensão9 e/ou sedação10.
A clorpromazina deve ser utilizada com cautela em pacientes com distúrbios cardiovasculares, especialmente portadores de insuficiência11 cardiovascular, distúrbios de condução, como bloqueio atrioventricular graus I a III ou arritmias12. Monitorização da função cardíaca e a realização de eletrocardiograma13 são indicadas em tais pacientes, assim como nos pacientes idosos em terapia com clorpromazina.
Recomenda-se controle oftalmológico e hematológico regular nos pacientes em tratamento prolongado com clorpromazina.
Durante o tratamento com a clorpromazina os reflexos do paciente podem ser diminuídos. Por isso, é necessária cautela na condução de veículos, na operação de máquinas e outras atividades que requerem atenção.
Não é recomendada a ingestão de bebidas alcoólicas durante o tratamento com CLOPSINA® .
Insuficiência hepática14: devido a clorpromazina ter intensa biotransformação hepática15, deve ser administrada com cautela e acompanhamento médico em pacientes com insuficiência hepática14, recomendando-se uma dose menor ou menos freqüente e monitorização periódica dos níveis das enzimas hepáticas16 neste grupo de pacientes.
Insuficiência renal17: a eliminação da clorpromazina sob forma inalterada pela urina18 não é significativa. O risco/benefício do tratamento com a clorpromazina deve ser avaliado criteriosamente pelo médico em situações clínicas como predisposição à retenção urinária19, obstrução do colo20 da bexiga21, hipertrofia22 prostática sintomática23 e insuficiência renal17.
Pediatria: não está estabelecida a segurança e a eficácia do uso da clorpromazina em crianças menores de 2 anos de idade.
Idosos: em função da depuração metabólica reduzida, as concentrações da clorpromazina são maiores em pacientes idosos que em jovens. Recomenda-se iniciar o tratamento com doses menores de clorpromazina e ajustar gradualmente até obtenção da resposta terapêutica24 adequada. Pacientes idosos, que tenham retenção urinária19 por problemas de próstata25 ou uretra26, não devem utilizar a clorpromazina
Gravidez27 e lactação28: não há estudos clínicos adequados ou bem controlados com a utilização do fármaco6 na gestação humana, a clorpromazina somente deve ser administrada durante a gravidez27 se os benefícios para a mãe justificarem os potenciais riscos para o feto29. O tratamento deve ser realizado sob criteriosa avaliação e estrito acompanhamento médico.
Conseqüentemente, o risco teratogênico30, se existente, parece pequeno. Deve-se limitar a duração do tratamento durante a gestação, reduzindo-se, se possível, gradualmente as doses ao final da gestação. Recomenda-se, observar as funções neurológicas e digestivas do recém-nascido.
Nos recém-nascidos de mães tratadas durante a gestação com doses elevadas de neurolépticos5 raramente foram descritos os seguintes problemas: síndromes extrapiramidais e sinais31 digestivos ligados às propriedades atropínicas dos neurolépticos5 fenotiazínicos, como distensão abdominal.
Devido à clorpromazina e seus metabólitos32 serem eliminados no leite materno, a administração do medicamento deve ser gradualmente descontinuada no período de lactação28 ou a amamentação33 interrompida.
Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Glicemia: Valor de concentração da glicose do sangue. Seus valores normais oscilam entre 70 e 110 miligramas por decilitro de sangue (mg/dl).
2 Glicose: Uma das formas mais simples de açúcar.
3 Sinal: 1. É uma alteração percebida ou medida por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida. 2. Som ou gesto que indica algo, indício. 3. Dinheiro que se dá para garantir um contrato.
4 Síndrome: Conjunto de sinais e sintomas que se encontram associados a uma entidade conhecida ou não.
5 Neurolépticos: Medicamento que exerce ação calmante sobre o sistema nervoso, tranquilizante, psicoléptico.
6 Fármaco: Qualquer produto ou preparado farmacêutico; medicamento.
7 Epilepsia: Alteração temporária e reversível do funcionamento cerebral, que não tenha sido causada por febre, drogas ou distúrbios metabólicos. Durante alguns segundos ou minutos, uma parte do cérebro emite sinais incorretos, que podem ficar restritos a esse local ou espalhar-se. Quando restritos, a crise será chamada crise epiléptica parcial; quando envolverem os dois hemisférios cerebrais, será uma crise epiléptica generalizada. O paciente pode ter distorções de percepção, movimentos descontrolados de uma parte do corpo, medo repentino, desconforto no estômago, ver ou ouvir de maneira diferente e até perder a consciência - neste caso é chamada de crise complexa. Depois do episódio, enquanto se recupera, a pessoa pode sentir-se confusa e ter déficits de memória. Existem outros tipos de crises epilépticas.
8 Neuroléptico: Medicamento que exerce ação calmante sobre o sistema nervoso, tranquilizante, psicoléptico.
9 Hipotensão: Pressão sanguínea baixa ou queda repentina na pressão sanguínea. A hipotensão pode ocorrer quando uma pessoa muda rapidamente de uma posição sentada ou deitada para a posição de pé, causando vertigem ou desmaio.
10 Sedação: 1. Ato ou efeito de sedar. 2. Aplicação de sedativo visando aliviar sensação física, por exemplo, de dor. 3. Diminuição de irritabilidade, de nervosismo, como efeito de sedativo. 4. Moderação de hiperatividade orgânica.
11 Insuficiência: Incapacidade de um órgão ou sistema para realizar adequadamente suas funções.Manifesta-se de diferentes formas segundo o órgão comprometido. Exemplos: insuficiência renal, hepática, cardíaca, respiratória.
12 Arritmias: Arritmia cardíaca é o nome dado a diversas perturbações que alteram a frequência ou o ritmo dos batimentos cardíacos.
13 Eletrocardiograma: Registro da atividade elétrica produzida pelo coração através da captação e amplificação dos pequenos potenciais gerados por este durante o ciclo cardíaco.
14 Insuficiência hepática: Deterioração grave da função hepática. Pode ser decorrente de hepatite viral, cirrose e hepatopatia alcoólica (lesão hepática devido ao consumo de álcool) ou medicamentosa (causada por medicamentos como, por exemplo, o acetaminofeno). Para que uma insuficiência hepática ocorra, deve haver uma lesão de grande porção do fígado.
15 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
16 Enzimas hepáticas: São duas categorias principais de enzimas hepáticas. A primeira inclui as enzimas transaminasas alaninoaminotransferase (ALT ou TGP) e a aspartato aminotransferase (AST ou TOG). Estas são enzimas indicadoras do dano às células hepáticas. A segunda categoria inclui certas enzimas hepáticas como a fosfatase alcalina (FA) e a gamaglutamiltranspeptidase (GGT) as quais indicam obstrução do sistema biliar, quer seja no fígado ou nos canais maiores da bile que se encontram fora deste órgão.
17 Insuficiência renal: Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal necessita de diálise ou transplante renal.
18 Urina: Resíduo líquido produzido pela filtração renal no organismo, estocado na bexiga e expelido pelo ato de urinar.
19 Retenção urinária: É um problema de esvaziamento da bexiga causado por diferentes condições. Normalmente, o ato miccional pode ser iniciado voluntariamente e a bexiga se esvazia por completo. Retenção urinária é a retenção anormal de urina na bexiga.
20 Colo: O segmento do INTESTINO GROSSO entre o CECO e o RETO. Inclui o COLO ASCENDENTE; o COLO TRANSVERSO; o COLO DESCENDENTE e o COLO SIGMÓIDE.
21 Bexiga: Órgão cavitário, situado na cavidade pélvica, no qual é armazenada a urina, que é produzida pelos rins. É uma víscera oca caracterizada por sua distensibilidade. Tem a forma de pêra quando está vazia e a forma de bola quando está cheia.
22 Hipertrofia: 1. Desenvolvimento ou crescimento excessivo de um órgão ou de parte dele devido a um aumento do tamanho de suas células constituintes. 2. Desenvolvimento ou crescimento excessivo, em tamanho ou em complexidade (de alguma coisa). 3. Em medicina, é aumento do tamanho (mas não da quantidade) de células que compõem um tecido. Pode ser acompanhada pelo aumento do tamanho do órgão do qual faz parte.
23 Sintomática: 1. Relativo a ou que constitui sintoma. 2. Que é efeito de alguma doença. 3. Por extensão de sentido, é o que indica um particular estado de coisas, de espírito; revelador, significativo.
24 Terapêutica: Terapia, tratamento de doentes.
25 Próstata: Glândula que (nos machos) circunda o colo da BEXIGA e da URETRA. Secreta uma substância que liquefaz o sêmem coagulado. Está situada na cavidade pélvica (atrás da parte inferior da SÍNFISE PÚBICA, acima da camada profunda do ligamento triangular) e está assentada sobre o RETO.
26 Uretra: É um órgão túbulo-muscular que serve para eliminação da urina.
27 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
28 Lactação: Fenômeno fisiológico neuro-endócrino (hormonal) de produção de leite materno pela puérpera no pós-parto; independente dela estar ou não amamentando.Toda mulher após o parto tem produção de leite - lactação; mas, infelizmente nem todas amamentam.
29 Feto: Filhote por nascer de um mamífero vivíparo no período pós-embrionário, depois que as principais estruturas foram delineadas. Em humanos, do filhote por nascer vai do final da oitava semana após a CONCEPÇÃO até o NASCIMENTO, diferente do EMBRIÃO DE MAMÍFERO prematuro.
30 Teratogênico: Agente teratogênico ou teratógeno é tudo aquilo capaz de produzir dano ao embrião ou feto durante a gravidez. Estes danos podem se refletir como perda da gestação, malformações ou alterações funcionais ou ainda distúrbios neurocomportamentais, como retardo mental.
31 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
32 Metabólitos: Qualquer composto intermediário das reações enzimáticas do metabolismo.
33 Amamentação: Ato da nutriz dar o peito e o lactente mamá-lo diretamente. É um fenômeno psico-sócio-cultural. Dar de mamar a; criar ao peito; aleitar; lactar... A amamentação é uma forma de aleitamento, mas há outras formas.

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