PRECAUÇÕES E ADVERTÊNCIAS AMICILON
O sulfato de amicacina deve ser reservado para os casos severos nos quais outros antibióticos menos tóxicos não sejam eficazes. O sulfato de amicacina é excretado primariamente por filtração glomerular sob a forma inalterada; nos casos de função renal1 deficiente, os níveis séricos do medicamento serão aumentados com conseqüente aumento do seu potencial de toxicidade2. Pacientes com disfunção renal1 conhecida ou suspeita devem receber dosagens reduzidas (vide POSOLOGIA) e ter monitorizadas as funções renais e do oitavo nervo craniano. Se durante o tratamento aparecerem sinais3 de irritação renal1 (presença de cilindros, hemácias4, células5 brancas ou albumina6 na urina7) deve-se aumentar a hidratação do paciente; caso ocorram outros sintomas8 de disfunção renal1 como oligúria9, diminuição da depuração de creatinina10, redução da gravidade específica da urina7 ou evidência de retenção de nitrogênio (aumento de nitrogênio uréico ou creatinina10 no sangue11), deve-se diminuir a dosagem prescrita. Estes sintomas8 geralmente desaparecem com o final da terapia. O tratamento deve ser interrompido se ocorrer azotemia ou diminuição progressiva da diurese12. A desidratação13 aumenta a ocorrência de efeitos tóxicos do sulfato de amicacina. Para todos os casos, recomenda-se manter o paciente bem hidratado a fim de evitar altas concentrações do medicamento no sistema renal1. Pacientes com função renal1 normal, quando mantidos com hidratação adequada, apresentam baixo risco de desenvolver reações neurotóxicas com as doses usuais.
Deve-se evitar o uso conjunto de outros medicamentos nefrotóxicos, ototóxicos ou neurotóxicos. A incidência14 de toxicidade2 auditiva (coclear) e vestibular15 é diretamente proporcional à duração do tratamento e à quantidade administrada; o risco é maior nos pacientes com disfunção renal1 ou deficiência auditiva pré-existente.
A perda de audição para altas freqüências em geral manifesta-se primeiro e pode ser detectada por testes audiométricos; se possível realizar audiogramas seriados durante o tratamento.
O desenvolvimento de lesão16 coclear pode ocorrer sem sintomas8 clínicos. Vertigens17 e zumbidos podem manifestar-se e são sinais3 de lesão16 vestibular15 e iminência de surdez bilateral irreversível. O processo de deficiência auditiva pode ocorrer várias semanas após a interrupção da terapia e pode levar à perda total da audição.
Pode ocorrer alergenicidade cruzada entre os aminoglicosídeos. O uso de antibióticos pode resultar em crescimento de microorganismos não susceptíveis; se ocorrerem outras infecções18 durante o tratamento, adotar as medidas apropriadas. Os aminoglicosídeos podem agravar a debilidade muscular devido ao seu potencial de efeito curarizante; usar com precaução em pacientes com distúrbios neuromusculares como: miastenia19 grave, parkinsonismo e botulismo20 infantil. Foi relatado bloqueio neuromuscular levando à parada respiratória, principalmente com associação de aminoglicosídeos e anestésicos ou relaxantes musculares. A utilização de aminoglicosídeos em recém-nascidos de mães que receberam sulfato de magnésio deve ser cuidadosa.
Os aminoglicosídeos em geral atravessam a barreira placentária e podem causar efeitos adversos para o feto21. Alguns aminoglicosídeos são excretados em pequenas quantidades no leite materno.
A utilização do sulfato de amicacina durante a gravidez22 e lactação23 só deve ser feita quando estritamente necessária.
Usar com precaução em crianças prematuras e neonatos24 devido à sua imaturidade renal1 e conseqüente prolongamento
da meia vida do medicamento.