PRECAUÇÕES E ADVERTÊNCIAS ACINIC
Gerais - Antes de iniciar a terapia com Acinic®, deve-se dar atenção para o controle da hiperlipidemia1 com uma dieta apropriada, exercícios e redução de peso em pacientes obesos e para tratar outros problemas médicos subjacentes.
Pacientes com histórico de icterícia2, doenças hepatobiliares3 ou úlcera péptica4 devem ser observados com atenção durante a terapia com Acinic®. Monitorização freqüente dos testes de função hepática5 e glicose6 sangüínea deve ser realizada para assegurar que a droga não está produzindo efeitos adversos nesses órgãos. Pacientes diabéticos podem experimentar um aumento de intolerância à glicose6 relacionado à dose. A significância clínica deste dado não foi elucidada. Pacientes diabéticos ou potencialmente diabéticos devem ser observados atentamente. O ajuste da dieta e/ou terapia pode ser necessária.
Deve ser usado com cautela em pacientes com angina7 instável ou na fase aguda do infarto do miocárdio8, particularmente quando esses pacientes também recebem drogas vasoativas como nitratos, bloqueadores de canais de cálcio ou agentes bloqueadores adrenérgicos9.
Níveis elevados de ácido úrico têm ocorrido em terapia com ácido nicotínico, embora seja usado com cautela em pacientes predispostos à gota10.
O ácido nicotínico tem sido associado a reduções pequenas relacionadas à dose, mas estatisticamente significantes, da contagem de plaquetas11 (média de 11% com 2000 mg). Além disso, o ácido nicotínico tem sido associado a aumentos pequenos, mas estatisticamente significantes, do tempo de protrombina12 (média de aproximadamente + 4%); conseqüentemente, pacientes submetidos à cirurgia devem ser cuidadosamente avaliados. Recomenda-se cautela na administração concomitante de Acinic® com anticoagulantes13; o tempo de protrombina12 e a contagem de plaquetas11 deve ser monitorizado nesses pacientes.
Em estudos controlados com placebo14, o ácido nicotínico foi associado a reduções pequenas, mas estatisticamente significantes, dos níveis de fósforo relacionados à dose (média de 13% com 2000 mg). Embora essas reduções tenham sido transitórias, os níveis de fósforo devem ser monitorizados periodicamente em pacientes com risco de hipofosfatemia.
Acinic® não deve ser substituído por doses equivalentes de formas de liberação imediata (cristalina) de ácido nicotínico. Pacientes que estejam substituindo o ácido nicotínico de liberação imediata por Acinic® devem iniciar a terapia com baixas doses (por exemplo: 500 mg à noite, antes de deitar), a dose de Acinic® deve ser titulada até atingir a resposta terapêutica15 desejada.
Disfunção hepática5: Casos graves de toxicidade16 hepática5, incluindo necrose17 hepática5 fulminante, têm ocorrido em pacientes que substituíram ácido nicotínico na forma de liberação controlada (liberação modificada, tempo de liberação) pelas formas de liberação imediata (cristalina) em doses equivalentes.
Acinic® deve ser usado com cautela em pacientes que consomem quantidades substanciais de álcool e/ou com histórico de doença hepática5. Doenças hepáticas18 ativas ou elevações de transaminases inexplicadas são contra-indicações para o uso de Acinic®.
Preparações de ácido nicotínico, assim como outras terapias de redução de lipídios, foram associadas a alterações de testes hepáticos como elevações nos níveis de transaminases. Em estudos clínicos controlados por placebo14 e estudos de longa duração, as elevações nas transaminases não mostraram estar associadas à duração do tratamento. Elevações dos níveis de transaminases séricas (AST) não pareceram estar relacionadas à dose. Elevações nas transaminases foram reversíveis com a descontinuação do medicamento.
Testes hepáticos devem ser realizados em todos os pacientes durante a terapia com Acinic®. Os níveis de transaminases séricas, incluindo TGO e TGP, devem ser monitorizados antes do início do tratamento, a cada 6 a 12 semanas no primeiro ano e periodicamente posteriormente (por exemplo: Em intervalos de cerca de 6 meses). Atenção especial deve ser dada a pacientes que apresentarem níveis elevados de transaminases séricas. Nesses pacientes, a determinação deve ser feita prontamente e freqüentemente. Se os níveis de transaminases mostrarem evidências de progressão, particularmente se houver aumento de 3 vezes acima do limite normal, que seja persistente, ou se estes sinais19 estiverem associados a sintomas20 de náusea21, febre22 e/ou mal-estar, o medicamento deve ser descontinuado.
Músculo esquelético23: Casos raros de rabdomiólise24 foram associados à administração concomitante de ácido nicotínico em doses reguladoras de lipídios (>1g/dia) e inibidores da HMG-CoA redutase. Em caso de terapia combinada25 de Acinic® com inibidores da HMG-CoA redutase, o médico deverá avaliar cuidadosamente a relação risco/benefício e monitorizar os pacientes, observando os sinais19 e sintomas20 de dor muscular ou fraqueza, particularmente durante os meses iniciais de terapia e durante qualquer período de titulação para aumento de dose de ambos os medicamentos. Determinações periódicas de creatina fosfoquinase sérica (CPK) e potássio devem ser consideradas nessas situações, mas não é possível garantir que essa monitorização previna a ocorrência de miopatias graves.
Gravidez26 - Não há estudos de reprodução27 em animais com o ácido nicotínico. Em caso de gravidez26 durante o tratamento de hipercolesterolemia28 primária (tipo IIa ou IIb), o uso de ácido nicotínico deve ser descontinuado. Em caso de tratamento de mulheres com hipertrigliceridemia (tipo IV ou V), deve-se avaliar individualmente a relação risco/benefício para a continuação do tratamento.
Lactação29 - Embora não existam estudos de Acinic® em lactantes30, sabe-se que o ácido nicotínico é excretado no leite materno. Devido ao potencial risco do ácido nicotínico, em doses reguladoras de lipídios, causar reações adversas sérias em lactentes31, deve-se avaliar a descontinuação da amamentação32 ou da droga, levando em consideração a importância do tratamento para a mãe.
Pediatria - A segurança e eficácia da terapia com ácido nicotínico não foi estabelecida em crianças menores de 16 anos.
Geriatria (idosos) - Não há restrições específicas para pacientes33 idosos.
Insuficiência renal34/hepática5 - O uso de Acinic® em pacientes com insuficiência renal34 ou hepática5 não foi estudado. O ácido nicotínico é rapidamente metabolizado pelo fígado35 e excretado pelos rins36. Acinic® é contra-indicado para pacientes33 com disfunções hepáticas18 inexplicadas ou significantes e deve ser usado com cautela em pacientes com insuficiência renal34.