CUIDADOS E ADVERTÊNCIAS OXAPEN
Gerais - a oxacilina deve ser administrada com precaução em pacientes com: história de alergia1 em geral (asma2, eczema3, febre do feno4 e urticária5), insuficiência renal6, em enfermidades gastrointestinais, especialmente colite7 ulcerosa, enterocolite localizada ou colite7 associada a antibióticos (as penicilinas podem produzir colite7 pseudomembranosa), mononucleose infecciosa8, fibrose cística9 e insuficiência cardíaca congestiva10 ou hipertensão11. O uso prolongado pode levar ao desenvolvimento de candidíase12 oral (monilíase).
Superinfecções13: o uso de antibióticos (especialmente em terapias prolongadas ou repetitivas) pode resultar num maior crescimento bacteriano ou fúngico14 de microrganismos não suscetíveis. Alguns desses crescimentos podem provocar uma infecção15 secundária. No caso de ocorrer superinfecção16, medidas apropriadas devem ser tomadas.
Monitorização do paciente: exames de urina17, uréia18 e determinação da creatinina19 devem ser feitos periodicamente durante a terapia com penicilinas resistentes à penicilinase, revendo-se as dosagens caso os valores obtidos nestes exames elevarem-se. Se houver conhecimento ou suspeita de insuficiência renal6, a dosagem total deve ser reduzida e os níveis de sangue20 devem ser monitorizados para prevenir possíveis variações neurotóxicas. A monitorização é particularmente importante em recém-nascidos, crianças, e também quando altas doses são utilizadas.
Colite7 associada a antibióticos: em pacientes com sintomas21 persistentes de colite7 pseudomembranosa associada a antibióticos, pode ser necessária a reto22-sigmoidoscopia ou a colonoscopia23, antes de iniciar o tratamento com a oxacilina. Pacientes com colite7 pseudomembranosa podem necessitar de exame de fezes para detectar a presença do Clostridium difficile e de sua citotoxina, antes do tratamento. Nos casos brandos de pacientes que desenvolveram colite7 membranosa associada a antibióticos, produzida pela toxina24 do Clostridium difficile, durante ou após a administração de penicilinas, os sintomas21 desaparecem com a interrupção do medicamento. Os casos moderados a severos podem requerer a reposição de líquidos, eletrólitos25 e proteínas26. No caso de não responderem às medidas indicadas, pode ser utilizado metronidazol (250 a 500 mg, via oral a cada 8 horas), vancomicina (125 mg, via oral a cada 6 horas, por 5 a 10 dias) ou colestiramina ( 4g, via oral, 4 vezes ao dia). As recidivas27 podem ser tratadas com um segundo ciclo destes medicamentos.
Reações anafiláticas28: o tratamento emergencial consiste no uso de epinefrina por via parenteral, oxigênio, corticosteróides por via EV e em manter as vias aéreas desobstruídas (intubação, se necessário).
Gravidez29 - a oxacilina atravessa a barreira placentária, porém não se conhecem problemas provocados no ser humano. Seu uso durante a gravidez29 deve ser avaliado pelo médico quanto ao risco/benefício.
Lactação30 - a oxacilina é excretada no leite materno em baixas concentrações. Mesmo não tendo sido relatados problemas significativos em humanos, o uso de oxacilina em lactantes31 pode dar lugar à sensibilização, diarréia32, candidíase12 e rash33 cutâneo34 no lactente35.
Pediatria - não existem relatos de problemas específicos causados pelo uso de oxacilina em crianças e recém-nascidos, porém a capacidade desses pacientes em metabolizar e eliminar fármacos está diminuída, devido ao incompleto desenvolvimento da função renal36 nesta idade.
Geriatria (idosos) - pacientes idosos são mais sensíveis aos efeitos da oxacilina, devido à diminuição da capacidade da função renal36, portanto a dosagem deve ser ajustada de acordo com a resposta clínica do paciente.
Insuficiência renal6 - hematúria37, proteinúria38 e azotemia passageiras podem ocorrer em recém-nascidos e crianças recebendo altas doses (150 a 175 mg/kg/dia) de oxacilina.