INFORMAÇÕES TÉCNICAS ANFORICIN

Atualizado em 28/05/2016
O Anfocin B é indicado no tratamento de pacientes com infecções1 fúngicas2 progressivas potencialmente graves.
Conservar a embalagem do produto fechada, sob refrigeração, entre 2 e 8ºC, protegido da luz.
O prazo de validade é de 36 meses a partir da data de fabricação impressa na embalagem. Não utilize medicamento com o prazo de validade vencido.
Química e Ensaio Biológico: A anfotericina B é um antibiótico poliênico; a metade básica é a aminodesoxi-hexose (micosamina), uma aminometilpentose. A fórmula estrutural não é conhecida; a anfotericina B é insolúvel em água; é instável a 37ºC. Os efeitos antifúngicos do antibiótico são máximos e constantes entre o pH de 6,0 e 7,5, decrescendo em pH mais baixo. Uma dosagem microbiótica, que utiliza Candida albicans como organismo-teste, foi realizada.
Atividade antifúngica: Histoplasma capsulatum, Cryptococcus neoformans, Coccidioides immitis, espécies de Candida, Rhodotorula, Blastomyces dermatitidis e Sporotrichum schencki são sensíveis a concentrações variando entre 0,003 e 1,0 (g/ml in vitro. O antibiótico é tanto fungistático quanto fungicida.
A anfotericina B não tem efeito sobre bactérias, rickettsias e vírus3.
Resistência: Cepas4 de Candida albicans e de Coccidioides immitis cultivadas seriamente em concentrações crescentes de anfotericina B tornam-se resistentes ao medicamento; não se desenvolve resistência cruzada com a nistatina.
Sugeriu-se a possibilidade de que fungos poderiam tornar-se resistentes in vivo (Sorensen et al., 1959).
Mecanismo de Ação: O mecanismo de ação da anfotericina B é provavelmente semelhante ao de outro antibiótico poliênico, a nistatina .
Absorção, Distribuição e Eliminação: A anfotericina B é muito pouco absorvida no tubo digestivo. A administração oral é de cerca de 3 g por dia e produz níveis sangüíneos variando entre menos de 0,12 a cerca de 0,5 (g/ml.
A injeção5 venosa de 1 a5 mg de anfotericina B por dia, inicialmente, seguida de um aumento gradual da dose diária até 0,65 mg/kg da preparação solúvel, produz taxas sangüíneas máximas de 0,5 a 3,5 (g/ml.
Estes duram, pelo menos, 6 a 8 horas. A vida média plasmática é de 24 horas. Só 2 a 5% de uma dose é excretada na forma biologicamente ativa na urina6; quando o tratamento é interrompido, o medicamento pode ser ainda identificado na urina6 por várias semanas.
Sugeriu-se que a anfotericina B se une às lipoproteínas plasmáticas ou à certos tecidos e então liberada lentamente à medida que os níveis plasmáticos caem. A insuficiência renal7 não parece ter efeito apreciável na excreção ou na concentração plasmática. Os níveis no líquido cefalorraquidiano8 são aproximadamente 1/40 do plasmático.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
NÃO TOME REMÉDIO SEM O CONHECIMENTO DO SEU MÉDICO, PODE SER PERIGOSO PARA A SAÚDE9.
INDICAÇÕES
O Anfocin B, uso intravenoso, é indicado no tratamento de pacientes com infecções1 fúngicas2 progressivas potencialmente graves, como: aspergilose; blastomicose; candidíase10 disseminada; coccidiomicose; criptococose11; endocardite12 fúngica13; endoftalmite candidiásica; infecções1 intra-abdominais, incluindo peritonites relacionadas e não relacionadas com o processo de diálise14; leishmaniose mucocutânea, embora não seja uma droga de tratamento primário; meningite15 criptocócica; meningite15 fúngica13 de outras origens; mucormicose (ficomicose); septicemia16 fúngica13; esporotricose disseminada; infecções1 fúngicas2 das vias urinárias; meningoencefalite17 amebiana primária; paracoccidioidomicose. Esta potente droga não deve ser usada no tratamento de infecções1 fúngicas2 não invasivas. O Anfocin B não é eficaz contra bactérias, rickettsias e vírus3.
Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Infecções: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
2 Fúngicas: Relativas à ou produzidas por fungo.
3 Vírus: Pequeno microorganismo capaz de infectar uma célula de um organismo superior e replicar-se utilizando os elementos celulares do hospedeiro. São capazes de causar múltiplas doenças, desde um resfriado comum até a AIDS.
4 Cepas: Cepa ou estirpe é um termo da biologia e da genética que se refere a um grupo de descendentes com um ancestral comum que compartilham semelhanças morfológicas e/ou fisiológicas.
5 Injeção: Infiltração de medicação ou nutrientes líquidos no corpo através de uma agulha e seringa.
6 Urina: Resíduo líquido produzido pela filtração renal no organismo, estocado na bexiga e expelido pelo ato de urinar.
7 Insuficiência renal: Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal necessita de diálise ou transplante renal.
8 Líquido cefalorraquidiano: Líquido cefalorraquidiano (LCR), também conhecido como líquor ou fluido cérebro espinhal, é definido como um fluido corporal estéril, incolor, encontrado no espaço subaracnoideo no cérebro e na medula espinhal (entre as meninges aracnoide e pia-máter). Caracteriza-se por ser uma solução salina pura, com baixo teor de proteínas e células, atuando como um amortecedor para o córtex cerebral e a medula espinhal. Possui também a função de fornecer nutrientes para o tecido nervoso e remover resíduos metabólicos do mesmo. É sintetizado pelos plexos coroidais, epitélio ventricular e espaço subaracnoideo em uma taxa de aproximadamente 20 mL/hora. Em recém-nascidos, este líquido é encontrado em um volume que varia entre 10 a 60 mL, enquanto que no adulto fica entre 100 a 150 mL.
9 Saúde: 1. Estado de equilíbrio dinâmico entre o organismo e o seu ambiente, o qual mantém as características estruturais e funcionais do organismo dentro dos limites normais para sua forma de vida e para a sua fase do ciclo vital. 2. Estado de boa disposição física e psíquica; bem-estar. 3. Brinde, saudação que se faz bebendo à saúde de alguém. 4. Força física; robustez, vigor, energia.
10 Candidíase: É o nome da infecção produzida pela Candida albicans, um fungo que produz doença em mucosas, na pele ou em órgãos profundos (candidíase sistêmica).As infecções profundas podem ser mais freqüentes em pessoas com deficiência no sistema imunológico (pacientes com câncer, SIDA, etc.).
11 Criptococose: É uma doença infecciosa (micose sistêmica) que afeta o homem e outros animais, provocada por um fungo conhecido como Cryptococcus neoformans. Ela é caracterizada por lesões nodulares ou abscessos em pulmões, tecidos subcutâneos, articulações e especialmente cérebro e meninges.
12 Endocardite: Inflamação aguda ou crônica do endocárdio. Ela pode estar preferencialmente localizada nas válvulas cardíacas (endocardite valvular) ou nas paredes cardíacas (endocardite parietal). Pode ter causa infecciosa ou não infecciosa.
13 Fúngica: Relativa à ou produzida por fungo.
14 Diálise: Quando os rins estão muito doentes, eles deixam de realizar suas funções, o que pode levar a risco de vida. Nesta situação, é preciso substituir as funções dos rins de alguma maneira, o que pode ser feito realizando-se um transplante renal, ou através da diálise. A diálise é um tipo de tratamento que visa repor as funções dos rins, retirando as substâncias tóxicas e o excesso de água e sais minerais do organismo, estabelecendo assim uma nova situação de equilíbrio. Existem dois tipos de diálise: a hemodiálise e a diálise peritoneal.
15 Meningite: Inflamação das meninges, aguda ou crônica, quase sempre de origem infecciosa, com ou sem reação purulenta do líquido cefalorraquidiano. As meninges são três membranas superpostas (dura-máter, aracnoide e pia-máter) que envolvem o encéfalo e a medula espinhal.
16 Septicemia: Septicemia ou sepse é uma infecção generalizada grave que ocorre devido à presença de micro-organismos patogênicos e suas toxinas na corrente sanguínea. Geralmente ela ocorre a partir de outra infecção já existente.
17 Meningoencefalite: Processo inflamatório que envolve o cérebro e as meninges, produzido por organismos patogênicos que invadem o sistema nervoso central e, ocasionalmente, por toxinas, problemas autoimunes ou outras condições.

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