FARMACOCINÉTICA ZITROMAX
Após a administração oral em humanos, a Azitromicina é amplamente distribuída pelo corpo; a sua biodisponibilidade é de aproximadamente 37%. O tempo necessário para alcançar os picos de concentrações plamáticas é de 2-3 horas. A meia-vida plasmática terminal reflete bem a meia vida de depleção1 tecidual de 2 a 4 dias. Em voluntários idosos (> 65 anos) foi observado um leve aumento nos valores da área sob a curva (AUC2) após um regime de 5 dias quando comparado com o de voluntários jovens (< 40 anos), mas este aumento não foi considerado clinicamente significante, sendo que neste caso ajuste de dose não é recomendado.
A administração de azitromicina na forma de cápsulas após uma refeição substanciosa reduz a biodisponibilidade no mínimo em 50 %. Portanto, assim como com muitos outros antibióticos, cada dose deverá ser administrada no mínimo 1 hora antes ou 2 horas após a refeição. Não foi observada qualquer diminuição significante na biodisponibilidade quando azitromicina comprimidos revestidos ou suspensão oral (formas pó e sachê) foram administrados concomitantemente a uma refeição rica em gorduras, podendo assim ser administrados a qualquer hora do dia, inclusive com as refeições.
Os estudos de farmacocinética têm demonstrado níveis acentuadamente maiores de Azitromicina nos tecidos do que no plasma3 (até 50 vezes à concentração máxima observada no plasma3), indicando que a droga é fortemente ligada aos tecidos. As concentrações nos tecidos alvos, assim como os pulmões4, amídalas e próstata5 excedem a CIM90 para a maioria dos patógenos após dose única de 500 mg.
Aproximadamente 12% da dose administrada intravenosamente é excretada na urina6 em até 3 dias como droga inalterada, sendo a maioria nas primeiras 24 horas. Altíssimas concentrações da droga inalterada têm sido encontradas na bile7 humana acompanhadas por 10 metabólitos8.
Comparações nas análises microbiológicas9 e HPLC nos tecidos sugerem que os metabólitos8 não participam da atividade microbiológica10 da Azitromicina.
Em estudos animais têm sido observadas altas concentrações de Azitromicina nos fagócitos11. Em modelos experimentais, maiores concentrações de Azitromicina são liberadas durante a fagocitose12 ativa do que pelos fagócitos11 não estimulados. Isto resulta em altas concentrações de Azitromicina liberadas para os locais de infecção13.
Em estudos animais com doses altas, após administração da droga com concentração 40 vezes maior do que a utilizada na prática clínica, observa-se que a Azitromicina causa fosfolipidose reversível, geralmente sem consequências toxicológicas visíveis. Não há evidência de que isto seja relevante para uso normal da Azitromicina em humanos.