
PRECAUÇÕES GARAMICINA INJETÁVEL
Os pacientes tratados com aminoglicosídeos deverão estar sob observação clínica, devido a possível toxicidade1 associada ao seu uso.Se recomenda vigilância das funções renal2 e do oitavo par craniano principalmente em pacientes com insuficiência renal3 prévia. Na urina4 deve-se pesquisar se há diminuição da gravidade específica, aumento da excreção de proteina ou presença de células5 ou cilindros. Os sinais6 de ototoxicidade7 (náuseas8, vertigens9, tinnitus10, zumbidos e diminuição da audição) ou de nefrotoxidade requerem modificação de dose ou suspensão do antibiótico.
Deve-se evitar o uso tópico11 concomitante e/ou sequencial de outros antibióticos potencialmente neurotóxicos e/ou nefrotóxicos tais como: cisplatina, cefaloridina, kanamicina, amicacina, neomicina, polimixina B, colistina, paromomicina, estreptomicina, tobramicina, vancomicina e viomicina. Também aumentam o risco de toxicidade1 a idade avançada e desidratação12.
Os antibióticos neuro e nefrotóxicos podem ser absorvidos através da pele13 e irrigações tópicas. Deve-se avaliar o efeito tóxico potencial quando estes antibióticos são administrados concomitantemente.
Na disfunção renal2 pode haver maior risco de ototoxicidade7, devido a vagarosa excreção de gentamicina, resultando no aumento da concentração no soro14 . Em tais pacientes, a frequência da administração deverá ser reduzida, ou as doses adaptadas às condições renais do paciente.
Em pacientes que tenham sido previamente tratados com drogas que afetam a função do oitavo par craniano, deverá ser usada com cautela e com conhecimento de que a toxicidade1 daqueles agentes pode ter ação cumulativa com a da gentamicina.
GARAMICINA não deve ser administrada em combinação com outras substâncias potencialmente ototóxicas ou nefrotóxicas.
O uso concomitante de GARAMICINA com potentes diuréticos15 como o ácido etacrínico ou furosemida, deve ser evitado, já que os diuréticos15 por si só podem provocar ototoxicidade7. Em adição, quando administrados por via endovenosa, os diuréticos15 podem aumentar a toxicidade1 dos aminoglicosídeos, alterando sua concentração no soro14 e tecidos.
Foram reportados bloqueio muscular e paralisia16 respiratória em animais que receberam altas doses de gentamicina. A possibilidade de ocorrerem tais fenômenos no homem deve ser considerada quando aminoglicosídeos são administrados a pacientes que receberam anestésicos, agentes bloqueadores neuromusculares, tais como succinilcolina, tubocurarina ou decametônio, ou transfusões volumosas de sangue17 citratado. Se ocorrer bloqueio neuromuscular, este efeito é antagonizado pelos sais de cálcio.
Apesar de in vitro, a mistura de gentamicina e carbenicilina resultar em uma rápida e significante inativação da gentamicina, esta interação não ocorre em pacientes com função renal2 normal e que recebem ambas as drogas separadamente.
Nos pacientes com queimaduras extensas, alteração na farmacocinética podem dar lugar à diminuição das concentrações séricas dos aminoglicosídeos. Nestes pacientes tratados com gentamicina, deverão ser determinadas as concentrações séricas como base para o ajuste da dose.
Há relatos de alergia18 cruzada entre os aminoglicosídeos.
Os pacientes devem estar bem hidratados durante o tratamento.
Há relatos de casos de uma síndrome19 similar à síndrome19 de Fanconi, com acidose metabólica20 e aminoaciduria, em alguns adultos e lactentes21 tratados com gentamicina.
Há casos de aumento de nefrotoxicidade22, após o uso concomitante dos aminoglicosídeos e certas cefalosporinas.
Antibióticos aminoglicosídeos devem ser usados com precaução em pacientes com distúrbios neuromusculares, como miastenia23 grave, doença de Parkinson24 ou botulismo25 infantil, uma vez que, teoricamente, estes agentes podem agravar a debilidade muscular devido a seus potentes efeitos do tipo curare26 sobre a junção neuromuscular27.
Os pacientes idosos podem apresentar um certo grau de insuficiência renal3 verificada através dos exames laboratoriais de rotina. A observação da função renal2 durante tratamento com gentamicina, como com outros aminoglicosídeos, é particularmente importante nesses pacientes.
A associação in vitro de um aminoglicosídeo com antibióticos betalactâmicos (penicilinas ou cefalosporinas) pode ocasionar inativação mútua. Ao administrar-se o aminoglicosídeo e o composto penicilínico separado e através de vias distintas, há relatos de reduções nos níveis séricos e na meia-vida sérica do aminoglicosídeo em pacientes com insuficiência renal3 e em alguns com função renal2 normal. Geralmente, tal inativação do aminoglicosídeo é clinicamente significativa somente nos indivíduos com insuficiência renal3 grave.
O tratamento com gentamicina pode resultar na proliferação de germes não susceptíveis. Caso isto ocorra, iniciar o tratamento apropriado.
A quantidade de gentamicina administrada nas inalações pode variar de acordo com o tipo de equipamento utilizado e as condições sob as quais se opera. O emprego da via inalatória concomitante com a via sistêmica de um aminoglicosídeo, pode resultar em concentrações séricas mais altas, especialmente quando se emprega a via endotraqueal direta.
GARAMICINA Injetável contém bisulfito de sódio, um composto que pode causar reações alérgicas, inclusive anafiláticas, que ameacem a vida, ou crises de asma28 de menor gravidade.