PRECAUÇÕES E ADVERTÊNCIAS FORTOVASE

Atualizado em 28/05/2016
Os pacientes devem ser informados que saquinavir não é a cura da infecção1 pelo HIV2 e que podem continuar adquirindo doenças associadas à infecção1 avançada pelo HIV2, incluindo as infecções3 oportunistas. Os pacientes também devem saber que podem experimentar toxicidade4 associada à medicamentos administrados concomitantemente.Diabetes mellitus5 e hiperglicemia6: Diabetes mellitus5 de início recente, hiperglicemia6 ou exacerbação de diabetes mellitus5 existente foram relatados em pacientes recebendo inibidores de protease. Em alguns destes a hiperglicemia6 foi severa e em alguns casos foi também associada com cetoacidose. Muitos pacientes tinham condições clínicas complexas, algumas das quais requeriam terapia com agentes que tinham sido associadas com o desenvolvimento de diabetes mellitus5 ou hiperglicemia6. Uma relação causal entre terapia com inibidores de protease e desenvolvimento de hiperglicemia6 não foi estabelecida.
Pacientes com Hemofilia7: Foram descritos casos de aumento das hemorragias8, incluindo hematomas9 cutâneos espontâneos e hemartrose, em hemofílicos do tipo A e B tratados com inibidores da protease10. Em alguns pacientes, fator VIII adicional foi administrado. Em mais da metade dos casos relatados, o tratamento com os inibidores da protease10 foi continuado ou reintroduzido caso o tratamento tinha sido descontinuado. Uma relação causal não foi claramente estabelecida. Desta maneira, os pacientes hemofílicos devem estar cientes da possibilidade de um aumento de sangramento.
Interação com Ritonavir: As concentrações plasmáticas de saquinavir aumentam quando administrado simultaneamente com o ritonavir. Em alguns casos, a administração concomitante de saquinavir e ritonavir levou a eventos adversos severos, principalmente cetoacidose diabética11 e distúrbios hepáticos, especialmente em pacientes com doença hepática12 preexistente. Portanto, terapia combinada13 de saquinavir e ritonavir deve ser usada com cautela. (vide "Interações medicamentosas")
Interação com rifampicina e rifabutina: Fortovase® (Saquinavir) não deve ser administrado concomitante à rifampicina ou rifabutina pois essa associação resulta numa significativa redução da concentração plasmática de saquinavir (vide "Interações medicamentosas").
Interação com inibidores da HMG-CoA redutase: As concentrações plasmáticas de inibidores da HMG-CoA redutase, principalmente os que são metabolizados pelo citocromo P450 3A4 tais como a sinvastatina e a lovastatina, podem potencialmente aumentar se co-administrados ao saquinavir (vide "Interações medicamentosas"). Visto que concentrações elevadas de sinvastatina e lovastatina podem causar, em casos raros, eventos adversos graves tais como mialgia14 e rabdomiólise15, a associação de saquinavir a essas duas drogas deve ser evitada.
Insuficiência hepática16: Em casos de insuficiência hepática16 leve, nenhum ajuste prévio da dose recomendada é necessário. O uso de Fortovase® (Saquinavir) por pacientes com insuficiência hepática16 moderada não foi estudado. Na ausência destes estudos, cuidados devem ser tomados, pois podem ocorrer aumentos nos níveis de saquinavir. Embora uma relação causal não tenha sido estabelecida, há relatos de exacerbação de disfunção hepática12 crônica, incluindo hipertensão17 portal, em pacientes com hepatite18 B ou C, cirrose19 ou outras anormalidades hepáticas20 subjacentes (vide "Contra-indicações").
Insuficiência renal21: O clearance renal22 constitui apenas uma via de eliminação secundária. Portanto, nenhum ajuste na dose inicial é necessário para pacientes23 com insuficiência renal21. Entretanto, pacientes com insuficiência renal21 severa não foram estudados, e cuidados devem ser tomados quando prescreve-se saquinavir para esta população.
Pacientes idosos e jovens: A segurança e eficácia do saquinavir em pacientes infectados pelo HIV2 menores do que 16 anos não foi estabelecida. Da mesma forma, também não foi estabelecida em pacientes maiores que 60 anos infectados pelo HIV2.
Efeitos na habilidade de dirigir e usar máquinas: Não é conhecido se o saquinavir tem um efeito na habilidade de dirigir e usar máquinas.
Interação com midazolam: As concentrações plasmáticas de midazolam aumentam quando co-administrado ao saquinavir. Portanto, a associação de saquinavir e midazolam ou outro sedativo potente metabolizado pelo CYP3A4 (por ex. triazolam) deve ser usada com cautela.
Gravidez24 e lactação25
Avaliações de estudos experimentais em animais não indicou efeitos nocivos diretos ou indiretos com respeito ao desenvolvimento do embrião ou do feto26, o curso da gravidez24 e sobre o desenvolvimento peri e pós-natal. A experiência clínica em mulheres grávidas é limitada. O saquinavir deverá ser administrado durante a gravidez24 somente se os benefícios potenciais justifiquem os possíveis riscos ao feto26.
Não existem dados disponíveis em humanos ou em animais de laboratório quanto à secreção do saquinavir no leite materno. O potencial para reações adversas ao saquinavir em lactentes27 não pode ser medido e, portanto, a amamentação28 deve ser descontinuada previamente ao recebimento do saquinavir. Especialistas recomendam que mulheres infectadas pelo HIV2 não amamentem seus filhos em nenhuma circunstância, a fim de evitar a transmissão do HIV2.
Interações medicamentosas
O metabolismo29 do saquinavir é mediado pelo citocromo P450, com a enzima30 específica, CYP 3A4, responsável por 90% do metabolismo29 hepático. Além disso, saquinavir é um substrato da glicoproteína-p (P-gp). Portanto, drogas que compartilham esta via metabólica ou modificam a atividade da CYP 3A4 e/ou P-gp, podem modificar a farmacocinética do saquinavir. Da mesma maneira, saquinavir também pode modificar a farmacocinética de outras drogas que sejam substrato do CYP3A4 ou da P-gp.
Estudos de interações de várias drogas foram completados com Fortovase® (Saquinavir) e Invirase® (Mesilato de saquinavir). Os resultados estão apresentados primeiramente para estudos com Fortovase® (Saquinavir) e então para estudos com Invirase® (Mesilato de saquinavir). Observações a partir de estudos de interações de drogas com Invirase® (Mesilato de saquinavir) podem não ser preditivos para Fortovase® (Saquinavir).
Estudos de interação realizados com Fortovase® (Saquinavir)
Indinavir: Administração concomitante de indinavir com Fortovase® (Saquinavir) (800 mg ou 1200 mg em dose única) resultaram em um aumento de 620% ou 364% na AUC31 plasmática do saquinavir, respectivamente. Atualmente, não há nenhum dado de segurança e eficácia disponível a partir do uso desta combinação.
Nelfinavir: A administração concomitante de uma única dose de 1200 mg de saquinavir no quarto dia de doses múltiplas de nelfinavir (750 mg, três vezes ao dia) a 14 pacientes infectados pelo HIV2, resultou em valores de AUC31 e Cmáx de saquinavir que foram 392% e 179% maiores do que aqueles vistos com saquinavir isoladamente. Administração concomitante de uma única dose de 750 mg de nelfinavir no quarto dia de múltiplas doses de saquinavir (1200 mg, três vezes ao dia) aos mesmos pacientes resultou em valores da AUC31 do nelfinavir que foram 18% maiores do que aqueles vistos com nelfinavir sozinho, os valores da Cmáx permaneceram inalterados.
Ritonavir: Em grupos de 8 voluntários sadios, a administração concomitante de ritonavir (200 mg, duas vezes ao dia; 300 mg, duas vezes ao dia; 400 mg, duas vezes ao dia) e Fortovase® (Saquinavir) 800 mg, duas vezes ao dia resultou em respectivos 1589%, 1981% e 2158% de aumento na AUC31 em estado de equilíbrio do saquinavir comparado com monoterapia com Fortovase® (Saquinavir) (800 mg, duas vezes ao dia). A farmacocinética do ritonavir não foi afetada pela administração concomitante do Fortovase® (Saquinavir). Num estudo comparativo cruzado demonstrou que as exposições plasmáticas alcançadas com InviraseÒ (Mesilato de saquinavir) (400 mg, duas vezes ao dia) e ritonavir (400 mg, duas vezes ao dia) são similares àquelas atingidas com Fortovase® (Saquinavir) (400 mg, duas vezes ao dia) e ritonavir (400 mg, duas vezes ao dia). Num estudo em que saquinavir e ritonavir foram usados em terapia combinada13 por até 24 semanas, doses de ritonavir maiores do que 400 mg, duas vezes ao dia ou doses de ritonavir e saquinavir maiores do que 400 mg, duas vezes ao dia foram associadas com aumento dos efeitos adversos.
Claritromicina: Administração concomitante de claritromicina (500 mg, duas vezes ao dia) e Fortovase® (Saquinavir) 1200 mg, três vezes ao dia, a voluntários sadios resultou em valores da AUC31 e Cmáx do saquinavir em estado de equilíbrio que foram 177% e 187% maiores do que aqueles observados com saquinavir isoladamente. Os valores do AUC31 e Cmáx da claritromicina foram aproximadamente 40% maiores do que aqueles observados com claritromicina isoladamente. Nenhum ajuste de dose é necessário quando os dois fármacos são administrados simultaneamente nas doses estudadas.
Cetoconazol: A co-administração de cetoconazol 400 mg, uma vez ao dia, e Fortovase® (Saquinavir) 1200 mg, três vezes ao dia, a 12 voluntários sadios do sexo masculino, aumentou a exposição do saquinavir no estado de equilíbrio (7º. dia do tratamento) em 190% e 171% baseado na AUC31(0-8) e na Cmáx(0-8) respectivamente. A exposição de cetoconazol praticamente não se alterou (redução de 6% na AUC31(0-8) e aumento de 1% na Cmáx(0-8)). Não é necessário um ajuste de dose quando as duas drogas são associadas nas doses estudadas e por tempo limitado.
Sildenafil: A co-administração de Fortovase® (Saquinavir) (1200 mg, 3 vezes ao dia) ao sildenafil (100 mg dose única), que é um substrato do CYP3A4, resultou num aumento de 140% na Cmáx de sildenafil e de 210% na AUC31. Sildenafil não interferiu na farmacocinética do saquinavir. Quando co-administrados deve-se considerar uma redução na dose inicial de sildenafil.
Terfenadina: Administração concomitante de terfenadina e Fortovase® (Saquinavir) resultaram em aumento dos valores da AUC31 da terfenadina que foram associados ao prolongamento do intervalo QTc. Fortovase® (Saquinavir) não deve ser administrado simultaneamente com a terfenadina, cisaprida ou astemizol.
Midazolam: A co-administração de uma dose única de midazolam de 7,5 mg após 5 dias de uso de Fortovase® (Saquinavir) 1200 mg, 3 vezes ao dia para 6 voluntários sadios, aumentou em 41 a 90% a biodisponibilidade do midazolam, a Cmáx em 235% e a AUC31 em 514%. Os voluntários tiveram prejuízo nas funções psicomotoras e um aumento nos efeitos sedativos. Conseqüentemente, a dose oral de midazolam deve ser bastante reduzida quando administrado em conjunto com Fortovase® (Saquinavir) e essa combinação deve ser usada com precaução. Quando combinado com midazolam por via intravenosa (0,05 mg/kg), o saquinavir reduziu a depuração plasmática do midazolam em 56% e aumentou sua meia-vida de eliminação de 4,1 para 9,5 horas. No entanto, midazolam por via intravenosa pode ser administrado em combinação com o InviraseÒ (Mesilato de saquinavir) sendo recomendada uma redução de 50% na dose (vide "Precauções e advertências").
Rifabutina: A co-administração de rifabutina 300 mg, uma vez ao dia, e Fortovase® (Saquinavir) 1200 mg, três vezes ao dia, a 14 pacientes infectados pelo HIV2, reduziu a concentração de equilíbrio do saquinavir (no 10º dia de tratamento) em 47% e 31% baseado na AUC31(0-8) e na Cmáx(0-8), respectivamente. A concentração de rifabutina aumentou em 44% baseada na AUC31(0-24) e em 45% baseada na Cmáx(0-24) no mesmo grupo de pacientes. Devido a esses resultados, saquinavir e rifabutina não devem ser administrados concomitantemente (vide "Precauções e advertências").
Rifampicina: A co-administração de rifampicina 600 mg, uma vez ao dia e Fortovase® (Saquinavir) 1200 mg, três vezes ao dia, para 14 voluntários sadios do sexo masculino, reduziu a concentração de saquinavir no estado de equilíbrio (14º dia de tratamento) em 70% e 65% baseado na AUC31(0-8) e na Cmáx(0-8), respectivamente. Devido a esses resultados, saquinavir e rifampicina não devem ser administrados concomitantemente (vide "Precauções e advertências").
Efavirenz: A co-administração de efavirenz (600 mg) e Fortovase® (Saquinavir), 1200 mg três vezes ao dia, para 12 indivíduos reduziu a AUC31 de saquinavir em 62% e a Cmáx em 50%. As concentrações de efavirenz também foram levemente reduzidas (aproximadamente 12%). Devido a esses resultados, saquinavir não deve ser administrado como único inibidor de protease associado ao efavirenz.
Suco de grapefruit: Administração concomitante de 600 mg de saquinavir e o suco à base de grapefruit em concentração quadruplicada em administração única em voluntários sadios resultou num aumento de 54% na exposição ao saquinavir. Este aumento não parece ser clinicamente relevante e nenhum ajuste na dose de saquinavir é recomendada.
Estudos de interação realizados com Invirase® (Mesilato de saquinavir)
Zalcitabina e zidovudina: O uso concomitante de Invirase® (Mesilato de saquinavir) com zalcitabina e/ou zidovudina foi pesquisado em adultos. A absorção, distribuição e eliminação de cada uma das drogas foi inalterada quando elas foram usadas conjuntamente.
Ranitidina: Há um aumento na exposição quando o Invirase® (Mesilato de saquinavir) foi dosado na presença de ranitidina e alimento, em relação ao Invirase® (Mesilato de saquinavir) administrado isoladamente com alimento. Isto resultou em valores 67% maiores da AUC31.
Delavirdina: A co-administração de delavirdina e Invirase® (Mesilato de saquinavir) resultou num aumento de 348% na AUC31 de Invirase® (Mesilato de saquinavir). Atualmente há poucos dados de segurança e nenhum dado de eficácia dessa combinação. Num estudo preliminar e pequeno, houve um aumento nos níveis das enzimas hepatocelulares em 13% dos indivíduos nas primeiras semanas de uso dessas drogas associadas (6% grau 3 ou 4). Alterações hepáticas20 devem ser monitoradas com freqüência quando essa associação for utilizada.
Nevirapina: Administração concomitante de nevirapina com Invirase® (Mesilato de saquinavir) resultou em uma redução de 24% na AUC31 plasmática do saquinavir.
Outras interações potenciais: Embora estudos específicos não tenham sido realizados, administração concomitante de drogas metabolizadas pelo CYP3A4 (por ex.: bloqueadores de canais de cálcio, dapsona, disopiramida, quinina, amiodarona, quinidina, warfarina, tacrolimus, ciclosporina, derivados do Ergot, pimozida, carbamazepina, fentanil, alfentanil, alprazolam e triazolam) podem ter sua concentração plasmática elevada quando co-administrados ao Invirase® (Mesilato de saquinavir). Portanto, essas drogas devem ser usadas com precaução. Os inibidores da HMG-CoA redutase sinvastatina, lovastatina, atorvastatina e cerivastatina também são metabolizados pelo CYP3A4 e uma interação clinicamente relevante do Invirase® (Mesilato de saquinavir) com essas drogas não pode ser excluída. Inversamente, a administração concomitante com componentes que são potenciais indutores do CYP3A4 (por ex.: fenobarbital, fenitoína, dexametasona, carbamazepina) podem resultar em uma diminuição dos níveis plasmáticos de Invirase® (Mesilato de saquinavir).
Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Infecção: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
2 HIV: Abreviatura em inglês do vírus da imunodeficiência humana. É o agente causador da AIDS.
3 Infecções: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
4 Toxicidade: Capacidade de uma substância produzir efeitos prejudiciais ao organismo vivo.
5 Diabetes mellitus: Distúrbio metabólico originado da incapacidade das células de incorporar glicose. De forma secundária, podem estar afetados o metabolismo de gorduras e proteínas.Este distúrbio é produzido por um déficit absoluto ou relativo de insulina. Suas principais características são aumento da glicose sangüínea (glicemia), poliúria, polidipsia (aumento da ingestão de líquidos) e polifagia (aumento da fome).
6 Hiperglicemia: Excesso de glicose no sangue. Hiperglicemia de jejum é o nível de glicose acima dos níveis considerados normais após jejum de 8 horas. Hiperglicemia pós-prandial acima de níveis considerados normais após 1 ou 2 horas após alimentação.
7 Hemofilia: Doença transmitida de forma hereditária na qual existe uma menor produção de fatores de coagulação. Como conseqüência são produzidos sangramentos por traumatismos mínimos, sobretudo em articulações (hemartrose). Sua gravidade depende da concentração de fatores de coagulação no sangue.
8 Hemorragias: Saída de sangue dos vasos sanguíneos ou do coração para o exterior, para o interstício ou para cavidades pré-formadas do organismo.
9 Hematomas: Acúmulo de sangue em um órgão ou tecido após uma hemorragia.
10 Inibidores da protease: Alguns vírus como o HIV e o vírus da hepatite C dependem de proteases (enzimas que quebram ligações peptídicas entre os aminoácidos das proteínas) no seu ciclo reprodutivo, pois algumas proteínas virais são codificadas em uma longa cadeia peptídica, sendo libertadas por proteases para assumir sua conformação ideal e sua função. Os inibidores da protease são desenvolvidos como meios antivirais, pois impedem a correta estruturação do RNA viral.
11 Cetoacidose diabética: Complicação aguda comum do diabetes melito, é caracterizada pela tríade de hiperglicemia, cetose e acidose. Laboratorialmente se caracteriza por pH arterial 250 mg/dl, com moderado grau de cetonemia e cetonúria. Esta condição pode ser precipitada principalmente por infecções, infarto agudo do miocárdio, acidente vascular encefálico, trauma e tratamento inadequado do diabetes. Os sinais clínicos da cetoacidose são náuseas, vômitos, dor epigástrica (no estômago), hálito cetônico e respiração rápida. O não-tratamento desta condição pode levar ao coma e à morte.
12 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
13 Terapia combinada: Uso de medicações diferentes ao mesmo tempo (agentes hipoglicemiantes orais ou um agente hipoglicemiante oral e insulina, por exemplo) para administrar os níveis de glicose sangüínea em pessoas com diabetes tipo 2.
14 Mialgia: Dor que se origina nos músculos. Pode acompanhar outros sintomas como queda no estado geral, febre e dor de cabeça nas doenças infecciosas. Também pode estar associada a diferentes doenças imunológicas.
15 Rabdomiólise: Síndrome caracterizada por destruição muscular, com liberação de conteúdo intracelular na circulação sanguínea. Atualmente, a rabdomiólise é considerada quando há dano secundário em algum órgão associado ao aumento das enzimas musculares. A gravidade da doença é variável, indo de casos de elevações assintomáticas de enzimas musculares até situações ameaçadoras à vida, com insuficiência renal aguda ou distúrbios hidroeletrolíticos. As causas da rabdomiólise podem ser classificadas em quatro grandes grupos: trauma ou lesão muscular direta, excesso de atividade muscular, defeitos enzimáticos hereditários ou outras condições clínicas.
16 Insuficiência hepática: Deterioração grave da função hepática. Pode ser decorrente de hepatite viral, cirrose e hepatopatia alcoólica (lesão hepática devido ao consumo de álcool) ou medicamentosa (causada por medicamentos como, por exemplo, o acetaminofeno). Para que uma insuficiência hepática ocorra, deve haver uma lesão de grande porção do fígado.
17 Hipertensão: Condição presente quando o sangue flui através dos vasos com força maior que a normal. Também chamada de pressão alta. Hipertensão pode causar esforço cardíaco, dano aos vasos sangüíneos e aumento do risco de um ataque cardíaco, derrame ou acidente vascular cerebral, além de problemas renais e morte.
18 Hepatite: Inflamação do fígado, caracterizada por coloração amarela da pele e mucosas (icterícia), dor na região superior direita do abdome, cansaço generalizado, aumento do tamanho do fígado, etc. Pode ser produzida por múltiplas causas como infecções virais, toxicidade por drogas, doenças imunológicas, etc.
19 Cirrose: Substituição do tecido normal de um órgão (freqüentemente do fígado) por um tecido cicatricial fibroso. Deve-se a uma agressão persistente, infecciosa, tóxica ou metabólica, que produz perda progressiva das células funcionalmente ativas. Leva progressivamente à perda funcional do órgão.
20 Hepáticas: Relativas a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
21 Insuficiência renal: Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal necessita de diálise ou transplante renal.
22 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
23 Para pacientes: Você pode utilizar este texto livremente com seus pacientes, inclusive alterando-o, de acordo com a sua prática e experiência. Conheça todos os materiais Para Pacientes disponíveis para auxiliar, educar e esclarecer seus pacientes, colaborando para a melhoria da relação médico-paciente, reunidos no canal Para Pacientes . As informações contidas neste texto são baseadas em uma compilação feita pela equipe médica da Centralx. Você deve checar e confirmar as informações e divulgá-las para seus pacientes de acordo com seus conhecimentos médicos.
24 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
25 Lactação: Fenômeno fisiológico neuro-endócrino (hormonal) de produção de leite materno pela puérpera no pós-parto; independente dela estar ou não amamentando.Toda mulher após o parto tem produção de leite - lactação; mas, infelizmente nem todas amamentam.
26 Feto: Filhote por nascer de um mamífero vivíparo no período pós-embrionário, depois que as principais estruturas foram delineadas. Em humanos, do filhote por nascer vai do final da oitava semana após a CONCEPÇÃO até o NASCIMENTO, diferente do EMBRIÃO DE MAMÍFERO prematuro.
27 Lactentes: Que ou aqueles que mamam, bebês. Inclui o período neonatal e se estende até 1 ano de idade (12 meses).
28 Amamentação: Ato da nutriz dar o peito e o lactente mamá-lo diretamente. É um fenômeno psico-sócio-cultural. Dar de mamar a; criar ao peito; aleitar; lactar... A amamentação é uma forma de aleitamento, mas há outras formas.
29 Metabolismo: É o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos. São essas reações que permitem a uma célula ou um sistema transformar os alimentos em energia, que será ultilizada pelas células para que as mesmas se multipliquem, cresçam e movimentem-se. O metabolismo divide-se em duas etapas: catabolismo e anabolismo.
30 Enzima: Proteína produzida pelo organismo que gera uma reação química. Por exemplo, as enzimas produzidas pelo intestino que ajudam no processo digestivo.
31 AUC: A área sob a curva ROC (Receiver Operator Characteristic Curve ou Curva Característica de Operação do Receptor), também chamada de AUC, representa a acurácia ou performance global do teste, pois leva em consideração todos os valores de sensibilidade e especificidade para cada valor da variável do teste. Quanto maior o poder do teste em discriminar os indivíduos doentes e não doentes, mais a curva se aproxima do canto superior esquerdo, no ponto que representa a sensibilidade e 1-especificidade do melhor valor de corte. Quanto melhor o teste, mais a área sob a curva ROC se aproxima de 1.

Pergunte diretamente a um especialista

Sua pergunta será enviada aos especialistas do CatalogoMed, veja as dúvidas já respondidas.